{"title":"全球反恐战争的政治建构","authors":"M. Bernussi","doi":"10.34019/2594-8296.2021.v27.33716","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo argumenta que a guerra global ao terror, que caracterizou os últimos 20 anos desde o 11 de setembro, não pode ser analisada como um fenômeno único, excepcional e desconectado de um processo histórico mais amplo. Nesse sentido, o estudo procura compreender como se deu historicamente a inserção do terrorismo na agenda de segurança internacional, além de analisar a construção política do terrorismo enquanto uma ameaça e do contraterrorismo como uma resposta urgente, atentando para os atores interessados e embates políticos acerca do tema, em especial desde os anos 1970. Parte-se do entendimento que terrorismo e contraterrorismo não são fenômenos naturais, mas construções simbólicas, e como tal devem ser compreendidas como resultado de forças institucionais, ideias e capacidades materiais em determinado tempo e espaço. Os resultados apontam que a permanente redefinição de limites que caracteriza o terrorismo e o contraterrorismo teria menos ligação com os eventos do 11 de setembro, mas está diretamente relacionada ao processo de construção de ameaças e da prática de criminalização do “outro”, contra o qual se legitima o emprego de todo tipo de violência. ","PeriodicalId":359107,"journal":{"name":"Locus: Revista de História","volume":"2013 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-09-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"construção política da guerra global ao terror\",\"authors\":\"M. Bernussi\",\"doi\":\"10.34019/2594-8296.2021.v27.33716\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O presente artigo argumenta que a guerra global ao terror, que caracterizou os últimos 20 anos desde o 11 de setembro, não pode ser analisada como um fenômeno único, excepcional e desconectado de um processo histórico mais amplo. Nesse sentido, o estudo procura compreender como se deu historicamente a inserção do terrorismo na agenda de segurança internacional, além de analisar a construção política do terrorismo enquanto uma ameaça e do contraterrorismo como uma resposta urgente, atentando para os atores interessados e embates políticos acerca do tema, em especial desde os anos 1970. Parte-se do entendimento que terrorismo e contraterrorismo não são fenômenos naturais, mas construções simbólicas, e como tal devem ser compreendidas como resultado de forças institucionais, ideias e capacidades materiais em determinado tempo e espaço. Os resultados apontam que a permanente redefinição de limites que caracteriza o terrorismo e o contraterrorismo teria menos ligação com os eventos do 11 de setembro, mas está diretamente relacionada ao processo de construção de ameaças e da prática de criminalização do “outro”, contra o qual se legitima o emprego de todo tipo de violência. \",\"PeriodicalId\":359107,\"journal\":{\"name\":\"Locus: Revista de História\",\"volume\":\"2013 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2021-09-10\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Locus: Revista de História\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.34019/2594-8296.2021.v27.33716\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Locus: Revista de História","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34019/2594-8296.2021.v27.33716","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
O presente artigo argumenta que a guerra global ao terror, que caracterizou os últimos 20 anos desde o 11 de setembro, não pode ser analisada como um fenômeno único, excepcional e desconectado de um processo histórico mais amplo. Nesse sentido, o estudo procura compreender como se deu historicamente a inserção do terrorismo na agenda de segurança internacional, além de analisar a construção política do terrorismo enquanto uma ameaça e do contraterrorismo como uma resposta urgente, atentando para os atores interessados e embates políticos acerca do tema, em especial desde os anos 1970. Parte-se do entendimento que terrorismo e contraterrorismo não são fenômenos naturais, mas construções simbólicas, e como tal devem ser compreendidas como resultado de forças institucionais, ideias e capacidades materiais em determinado tempo e espaço. Os resultados apontam que a permanente redefinição de limites que caracteriza o terrorismo e o contraterrorismo teria menos ligação com os eventos do 11 de setembro, mas está diretamente relacionada ao processo de construção de ameaças e da prática de criminalização do “outro”, contra o qual se legitima o emprego de todo tipo de violência.