{"title":"科学中的女性——女性STEM的未来","authors":"L. Paulino","doi":"10.32640/tasj.2022.1.3","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Em uma breve pesquisa a respeito dos maiores cientistas e pesquisadores do mundo, 14 homens e apenas 3 mulheres, sendo elas Marie Curie, Ada Lovelace e Rosalind Franklin, são mencionados por seus trabalhos revolucionários e inovadores. A proporção de aproximadamente 17% de representatividade feminina na história da ciência mundial não difere tanto da porcentagem atual de mulheres atuantes nas áreas de tecnologia e ciências exatas, que hoje é de aproximadamente 26%. Contudo, no meio acadêmico, o interesse feminino em cursos de STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics) tem crescido ano após ano e, segundo o CGEE (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos), as mulheres felizmente já representam 60% das cadeiras ocupadas nessas salas de aula ao redor do mundo. Por séculos, mulheres de todo o mundo foram impedidas de estudar sob o pretexto de que deveriam ser boas domésticas, mães e esposas. Além disso, a crença no mito perpetuado de que o cérebro feminino era mais limitado (imbecillitas sexus) acorrentou mulheres em arquétipos que não as serviam e as fizeram sufocar suas capacidades cognitivas e ideias inovadoras dentro de si. Quando alguma se arriscava a ir além, seja para publicar um livro ou um estudo científico de sua autoria, rapidamente atribuía o crédito a um pseudônimo masculino ou ao nome de seu marido a fim de que o conteúdo não fosse desprezado apenas por levar um nome feminino à frente. Pouco a pouco, as leis e diretrizes a respeito da educação foram mudando e estudar já se tornava um verbo possível para vozes femininas, mesmo que a princípio somente com conteúdos limitados ao que homens julgavam como possível de uma mulher aprender. E por muitos anos, esse padrão se repetiu para corroborar o ideal da inteligência submissa, já que apenas meninos jogavam videogame e brincavam de construir cidades enquanto meninas tinham de se contentar em brincar de “casinha” e cuidar de bonecas, uma aparição sutil do que cada gênero deveria gostar e ater-se logo na infância. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em uma pesquisa intitulada como “Estatísticas de Gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil” de março de 2021, as mulheres brasileiras compõem a maior parte dos universitários do país porém ainda são minoria em STEM, que conta com a ínfima presença feminina de apenas 26% de seu número total. Porém, em comparação às pesquisas similares de anos anteriores, esse número mostra um grande avanço e crescimento da população brasileira feminina interessada por STEM. O gráfico positivo e a projeção otimista são derivados dos inúmeros projetos de apoio às meninas e mulheres na ciência que mostram o papel significativo do feminino científico, além de desmasculinizar cursos e caminhos que nunca deveriam ter tido definição de gênero. Ser mulher em STEM é estar entre flores e ferramentas. É enfrentar preconceitos e ofensas sem se intimidar ou inferiorizar. É ter plena consciência de suas capacidades e estar sempre pronta para aprimorá-las e ir além. Ser uma mulher em STEM é ser um exemplo para as pequenas futuras cientistas e engenheiras, mostrando que elas têm o poder de seguir o caminho que seus corações mandam sem medo do que irão encontrar, pois você estará lá para guiá-las. A escritora francesa Simone de Beauvoir cita que “é pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem, somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência concreta”. Ser mulher em STEM é lutar por essa independência, por seus sonhos e pelo futuro das milhares mulheres que virão depois enquanto honramos as que vieram antes de nós e abriram os mares do conhecimento científico. Se antes estávamos escondidas às sombras de pseudônimos masculinos, hoje somos orgulhosamente estudantes, cientistas, pesquisadoras e, sobretudo, mulheres. A ciência é feminina e igualitária e o futuro do STEM também. “Nenhuma luta pode ter sucesso sem mulheres participando lado a lado com os homens. Há dois poderes no mundo: um é a espada e o outro a caneta. 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引用次数: 1
摘要
在对世界上最伟大的科学家和研究人员的简短调查中,14名男性和只有3名女性——玛丽·居里、阿达·洛芙莱斯和罗莎琳德·富兰克林——因其开创性和开创性的工作而被提及。在世界科学史上,女性代表的比例约为17%,与目前在技术和精确科学领域工作的女性比例(目前约为26%)相差不大。然而,在学术界,女性对STEM(科学、技术、工程和数学)课程的兴趣逐年增长,根据CGEE(管理和战略研究中心)的数据,幸运的是,女性已经占了全球这些教室60%的椅子。几个世纪以来,世界各地的妇女都被禁止学习,借口是她们应该成为好管家、好母亲和好妻子。此外,女性大脑更有限(性白痴)这一永恒神话的信念将女性束缚在不利于她们的原型中,并使她们窒息了自己的认知能力和创新思想。当有人冒险走得更远时,无论是出版一本书还是一项科学研究,她很快就会把荣誉归于一个男性笔名或她丈夫的名字,这样内容就不会因为前面有一个女性名字而被忽视。渐渐地,关于教育的法律和指导方针发生了变化,“学习”已经成为女性声音的一个可能的动词,尽管最初的内容仅限于男性认为女性可以学习的内容。很多年来,重复的模式来证实理想的顺民,智慧已经只是孩子们玩的游戏,在建造城市的女孩们只在玩“小房子”,照顾娃娃,反思性的出现,各种流派应该喜欢和只讲童年。根据巴西的地理和统计数据(数据库)在一项名为“性别统计:在巴西的女性社会指标”2021年3月,巴西女性只占大多数的国家的大学生,但仍是少数民族在女人的茎,小到只有26%的总数。然而,与前几年的类似研究相比,这个数字显示了对STEM感兴趣的巴西女性人口的巨大进步和增长。积极的图表和乐观的预测来自于无数支持科学领域女孩和妇女的项目,这些项目显示了女性科学家的重要作用,以及去男性化的课程和路径,这些课程和路径本不应该有性别定义。作为一名STEM领域的女性,你必须置身于鲜花和工具之间。它是在不恐吓或贬低自己的情况下面对偏见和冒犯。它是充分意识到自己的能力,并随时准备改进和超越它们。作为一名STEM领域的女性,就是要成为未来年轻科学家和工程师的榜样,表明她们有能力走自己内心指示的道路,而不必担心她们会发现什么,因为你会在那里指导她们。法国作家西蒙娜·德·波伏娃(Simone de Beauvoir)说:“正是通过工作,女人缩小了她与男人之间的距离,只有工作才能保证她真正的独立。”作为一名STEM领域的女性,就是要为这种独立而战,为她的梦想而战,为成千上万未来女性的未来而战,同时我们要向那些在我们之前打开科学知识海洋的女性致敬。如果以前我们躲在男性化名的阴影下,今天我们自豪地成为学生、科学家、研究人员,尤其是女性。科学是女性化的、平等化的,STEM的未来也是如此。“没有女性和男性并肩作战,任何战斗都不可能成功。世界上有两种力量:一种是剑,另一种是笔。还有第三个能比两个女人。”即第九。
Em uma breve pesquisa a respeito dos maiores cientistas e pesquisadores do mundo, 14 homens e apenas 3 mulheres, sendo elas Marie Curie, Ada Lovelace e Rosalind Franklin, são mencionados por seus trabalhos revolucionários e inovadores. A proporção de aproximadamente 17% de representatividade feminina na história da ciência mundial não difere tanto da porcentagem atual de mulheres atuantes nas áreas de tecnologia e ciências exatas, que hoje é de aproximadamente 26%. Contudo, no meio acadêmico, o interesse feminino em cursos de STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics) tem crescido ano após ano e, segundo o CGEE (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos), as mulheres felizmente já representam 60% das cadeiras ocupadas nessas salas de aula ao redor do mundo. Por séculos, mulheres de todo o mundo foram impedidas de estudar sob o pretexto de que deveriam ser boas domésticas, mães e esposas. Além disso, a crença no mito perpetuado de que o cérebro feminino era mais limitado (imbecillitas sexus) acorrentou mulheres em arquétipos que não as serviam e as fizeram sufocar suas capacidades cognitivas e ideias inovadoras dentro de si. Quando alguma se arriscava a ir além, seja para publicar um livro ou um estudo científico de sua autoria, rapidamente atribuía o crédito a um pseudônimo masculino ou ao nome de seu marido a fim de que o conteúdo não fosse desprezado apenas por levar um nome feminino à frente. Pouco a pouco, as leis e diretrizes a respeito da educação foram mudando e estudar já se tornava um verbo possível para vozes femininas, mesmo que a princípio somente com conteúdos limitados ao que homens julgavam como possível de uma mulher aprender. E por muitos anos, esse padrão se repetiu para corroborar o ideal da inteligência submissa, já que apenas meninos jogavam videogame e brincavam de construir cidades enquanto meninas tinham de se contentar em brincar de “casinha” e cuidar de bonecas, uma aparição sutil do que cada gênero deveria gostar e ater-se logo na infância. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em uma pesquisa intitulada como “Estatísticas de Gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil” de março de 2021, as mulheres brasileiras compõem a maior parte dos universitários do país porém ainda são minoria em STEM, que conta com a ínfima presença feminina de apenas 26% de seu número total. Porém, em comparação às pesquisas similares de anos anteriores, esse número mostra um grande avanço e crescimento da população brasileira feminina interessada por STEM. O gráfico positivo e a projeção otimista são derivados dos inúmeros projetos de apoio às meninas e mulheres na ciência que mostram o papel significativo do feminino científico, além de desmasculinizar cursos e caminhos que nunca deveriam ter tido definição de gênero. Ser mulher em STEM é estar entre flores e ferramentas. É enfrentar preconceitos e ofensas sem se intimidar ou inferiorizar. É ter plena consciência de suas capacidades e estar sempre pronta para aprimorá-las e ir além. Ser uma mulher em STEM é ser um exemplo para as pequenas futuras cientistas e engenheiras, mostrando que elas têm o poder de seguir o caminho que seus corações mandam sem medo do que irão encontrar, pois você estará lá para guiá-las. A escritora francesa Simone de Beauvoir cita que “é pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem, somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência concreta”. Ser mulher em STEM é lutar por essa independência, por seus sonhos e pelo futuro das milhares mulheres que virão depois enquanto honramos as que vieram antes de nós e abriram os mares do conhecimento científico. Se antes estávamos escondidas às sombras de pseudônimos masculinos, hoje somos orgulhosamente estudantes, cientistas, pesquisadoras e, sobretudo, mulheres. A ciência é feminina e igualitária e o futuro do STEM também. “Nenhuma luta pode ter sucesso sem mulheres participando lado a lado com os homens. Há dois poderes no mundo: um é a espada e o outro a caneta. Há um terceiro poder mais forte que os dois: o das mulheres.” Malala Yousafzai.