M. A. Nunes, Sabrina Aparecida Batista, Bianca Reis Cardoso
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Essa mobilidade deve garantir a distribuicao espacial da oferta de servicos e o desenvolvimento socioeconomico das territorialidades, que compreendem tres areas distintas: os centros de emissao, os nucleos receptores e as areas de deslocamento. Por isso, as politicas publicas do setor devem analisar a atividade do ponto de vista do desenvolvimento territorial, ja que (re)produz, seleciona e segrega o espaco. Entretanto, as experiencias de planejamento turistico adotadas ate entao, privilegiam os polos turisticos consolidados, e tem-se mostrado ineficazes para promover efeitos de “arraste”, que resultassem no desenvolvimento das areas perifericas. Esse modelo dominante esta vinculado ao processo de globalizacao e ao fascinio pela insercao competitiva das localidades turisticas, que aparecem desconectadas da realidade regional. E possivel promover o desenvolvimento turistico na regiao de forma mais equânime? A proposta que apresentamos e o desenvolvimento territorial do Turismo a partir das redes de localidades, que pode incrementar a atividade nos diversos nucleos receptores, atraves da alternância de eventos turisticos, da mobilizacao das comunidades, dentre outros. O Jequitinhonha assiste algumas incursoes nesse sentido, como o Festival de Cultura Popular do Vale do Jequitinhonha. Contudo, faz-se necessario adotar modelos de planejamento turistico territorial, que levem em consideracao outras peculiaridades regionais.","PeriodicalId":343575,"journal":{"name":"CADERNOS DO LESTE","volume":"18 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2017-09-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO NO VALE DO JEQUITINHONHA: UMA ANÁLISE SOB A ÓTICA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS\",\"authors\":\"M. A. 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DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO NO VALE DO JEQUITINHONHA: UMA ANÁLISE SOB A ÓTICA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
Esta comunicacao visa analisar as politicas publicas do turismo brasileiro e apresentar alternativas ao desenvolvimento da atividade em regioes pobres, particularmente o Vale do Jequitinhonha. Ao se tratar de area de repulsao demografica e baixo indice de desenvolvimento humano, o senso comum sinaliza a inviabilidade da implantacao da atividade turistica no Vale do Jequitinhonha. Contudo, a densidade de seus atrativos naturais e historico-culturais indica inumeras possibilidades para os segmentos turisticos. O turismo e uma atividade essencialmente espacial, caracterizado pela fluidez, que implica em “mobilidades”, tanto humana, pois determina o traslado do “consumidor” (turista), quanto de veiculos, mercadorias, servicos e informacoes. Essa mobilidade deve garantir a distribuicao espacial da oferta de servicos e o desenvolvimento socioeconomico das territorialidades, que compreendem tres areas distintas: os centros de emissao, os nucleos receptores e as areas de deslocamento. Por isso, as politicas publicas do setor devem analisar a atividade do ponto de vista do desenvolvimento territorial, ja que (re)produz, seleciona e segrega o espaco. Entretanto, as experiencias de planejamento turistico adotadas ate entao, privilegiam os polos turisticos consolidados, e tem-se mostrado ineficazes para promover efeitos de “arraste”, que resultassem no desenvolvimento das areas perifericas. Esse modelo dominante esta vinculado ao processo de globalizacao e ao fascinio pela insercao competitiva das localidades turisticas, que aparecem desconectadas da realidade regional. E possivel promover o desenvolvimento turistico na regiao de forma mais equânime? A proposta que apresentamos e o desenvolvimento territorial do Turismo a partir das redes de localidades, que pode incrementar a atividade nos diversos nucleos receptores, atraves da alternância de eventos turisticos, da mobilizacao das comunidades, dentre outros. O Jequitinhonha assiste algumas incursoes nesse sentido, como o Festival de Cultura Popular do Vale do Jequitinhonha. Contudo, faz-se necessario adotar modelos de planejamento turistico territorial, que levem em consideracao outras peculiaridades regionais.