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A partir das contribuicoes da Teoria Critica, podemos nos aproximar de uma razao critica inerente e possivel a subjetividade que se apresenta a sociedade e ao Estado: a subjetividade campesina. Essa subjetividade carrega consigo potenciais emancipatorios justamente por estar propensa ou exposta a uma racionalidade critica que pode ser materializada em virtude de sua negatividade, experimentada como corporeidade transpassada pela objetividade da luta – que aqui nao figura como mero conceito, mas se expressa como horizonte cotidiano dessa subjetividade. Percorre-se um caminho que parte da compreensao de alguns elementos pertinentes a Teoria Critica, centrada na primeira geracao da Escola de Frankfurt, como desvelamento de uma razao critica. A critica a razao instrumental revela nova possibilidade de rompimento com a vida administrada, com o dado, o ordenado, que caracterizam as sociedades tardocapitalistas, e, tambem, expoe, no âmbito do individuo, o processo ou mecanismo de irrupcao dessa razao critica a partir da dor da compreensao da exclusao, experimentada pelo sujeito. 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Razão crítica e emancipação no contexto da Educação do Campo: contribuições filosóficas
O conceito de emancipacao e central a praxis formativa da Licenciatura em Educacao do Campo (LEDOC) e expresso em seus documentos fundacionais, ainda no marco das exigencias dos movimentos sociais. A Educacao possui potenciais emancipatorios que apresentam dificuldades nas sociedades contemporâneas devido a uma reificacao gradativa da propria Educacao, porem, aqui defendemos que, no âmbito da Educacao do Campo, esses potenciais permanecem nao reificados e latentes, dadas a condicao de irrupcao de uma subjetividade campesina e a relacao intrinseca entre uma razao critica e o proprio conceito de emancipacao. Nosso objetivo e tematizar, nesse contexto, o conceito de emancipacao e sua relacao com a razao critica e suas ressonâncias e potencialidades, fornecendo elementos para uma reflexao sobre as bases filosoficas da Educacao do Campo. A partir das contribuicoes da Teoria Critica, podemos nos aproximar de uma razao critica inerente e possivel a subjetividade que se apresenta a sociedade e ao Estado: a subjetividade campesina. Essa subjetividade carrega consigo potenciais emancipatorios justamente por estar propensa ou exposta a uma racionalidade critica que pode ser materializada em virtude de sua negatividade, experimentada como corporeidade transpassada pela objetividade da luta – que aqui nao figura como mero conceito, mas se expressa como horizonte cotidiano dessa subjetividade. Percorre-se um caminho que parte da compreensao de alguns elementos pertinentes a Teoria Critica, centrada na primeira geracao da Escola de Frankfurt, como desvelamento de uma razao critica. A critica a razao instrumental revela nova possibilidade de rompimento com a vida administrada, com o dado, o ordenado, que caracterizam as sociedades tardocapitalistas, e, tambem, expoe, no âmbito do individuo, o processo ou mecanismo de irrupcao dessa razao critica a partir da dor da compreensao da exclusao, experimentada pelo sujeito. Em seguida, passa-se a algumas consideracoes sobre a Educacao do Campo e sua condicao expressa pela negatividade, que carrega os elementos necessarios a uma razao critica e, portanto, deixa claro um posicionamento marcado pela dor, pela resistencia e pela luta.