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Violência Colonial em Frantz Fanon, James Baldwin e Spike Lee
A temática deste artigo surgiu a partir da repercussão mundial que teve o assassinato do afro-americano George Floyd cometido por policiais brancos em Minneapolis (Estados Unidos), no contexto da pandemia do COVID-19 de 2020. O seu objetivo é analisar a violência colonial embutida nos conflitos étnicos-raciaisglobais à luz da teoria de Fanon (1968), na sua obra “Os Condenados da Terra”, dialogando com dois “artivistas” (ativistas e artistas) afro-americanos: o escritor James Baldwin no documentário “Eu não sou seu negro” (Peck, 2016) e o cineasta Spike Lee, com seu filme “Faça a Coisa Certa” (1988), realizado em memória de outros afro-americanos que acabaram como George Floyd. Também nos servimos do documentário “A 13a Emenda” (DuVernay, 2016), para compreender a cruel realidade de que ainda existam leis nos Estados Unidos que abrem brechas para continuar estigmatizando e condenando o negro. O trabalho está ancorado numa análise bibliográfica, cinematográfica e documental, estabelecendo um diálogo entre os mencionados autores que, desde a psiquiatria, a literatura e o cinema, denunciam a violência colonial e convidam a refletir sobre caminhos para combatê-la.