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Políticas públicas, gênese e evolução institucional: o caso do porto digital
O presente artigo tem como objetivo analisar os determinantes da evolução e desenvolvimento do porto digital, tanto em termos institucionais como em termos econômicos. Para tanto se ancorou, do ponto de vista teórico, no neoinstitucionalismo. Com ele parte-se do pressuposto de que as instituições e a história importam quando se trata de analisar a relação entre políticas públicas e desenvolvimento. Para tanto, foi realizado um levantamento bibliográfico e foram coletadas informações de fontes secundárias. O termo Hélice Tríplice criado por Henry Etzkovitz na década de 90 com o objetivo de descrever o modelo de inovação com base na relação entre as instituições Governo-Universidade-Empresa também foi utilizado. Foram analisados quatro marcos: polinização, fecundação, propagação e germinação. O marco da polinização compreende o período em que os agentes se movimentaram para ter tanto em termos econômicos quanto institucionais, um ecossistema de inovação. A fecundação foi o período em que as ações desenvolvidas na década de 60 contribuíram para a expansão tecnológica e a transformação econômica. Na terceira fase, a propagação, surgem negócios privados de maior porte e complexidade. Na última fase, a germinação, a ideia do Porto Digital, mesmo que em estágio rudimentar, ganhava força e se estruturava através das ações realizadas, observadas e analisadas nas décadas de 60, 70, 80, e mais intensamente na década de 90.