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{"title":"在medio jurua的社区饲养系统中,利用副产品和残留物为海龟幼崽(膨化足龟)和tracajas (unifilis足龟)制作手工饲料","authors":"Ingrid Campos Castro, P. C. M. Andrade, Midian Salgado Monteiro, João Alfredo Albano Duarte, Paulo Adelino de Medeiros","doi":"10.18542/ragros.v14i2.11604","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A criação de quelônios tem sido estimulada no Amazonas como uma estratégia de conservação e em 2017, o Conselho Estadual de Meio Ambiente regulamentou a criação comunitária de filhotes de tartaruga (Podocnemis expansa) e tracajás (P.unifilis). Este estudo objetivou avaliar a alimentação natural de filhotes dessas espécies, buscar subprodutos e resíduos locais que pudessem ser utilizados em rações artesanais, avaliar seus valores nutricionais, e testá-los na dieta de filhotes em criações comunitárias no Médio rio Juruá. Primeiro, foram coletadas amostras do conteúdo estomacal dos animais na natureza pela técnica de flushing, sendo a captura feita com malhadeiras (100mX3m) para identificação dos itens alimentares. Também foram coletados os alimentos e subprodutos fornecidos nas criações, e analisados bromatologicamente. Foram capturados 61 quelônios e coletadas 19 amostras de conteúdo estomacal. Foram identificados 23 tipos de folhas e frutos com 13,1-17% de proteína bruta (PB) e analisados subprodutos: vísceras de pirarucu (Arapaima gigas), 49-62%PB, torta de muru-muru (Astrocaryum murumuru), 9-13%PB, polpa de macaxeira (Manihot esculenta), 1,9%PB; que foram, posteriormente, usados na elaboração de rações artesanais. Depois, realizou-se ensaio de competição entre filhotes de tracajá e tartarugas alimentados com ração artesanal e com a ração comercial (Nutripiscis TC-45©), e um experimento controle com filhotes alimentados com TC45 e com três diferentes de rações artesanais (variando os ingredientes alternativos e nível proteico 5,8% a 40,1%PB). Verificou-se que, em 5 meses, os filhotes maiores e mais pesados foram os alimentados com TC45 (tartarugas=54,7 ± 4,6g; tracajás=45±2,3g) e ração artesanal T2=35% vísceras pirarucu+35% torta murumuru (tartarugas=42,5 ± 3,1g; tracajás=26,7±1,4g) do que os alimentados com rações artesanais de menor nível proteico (tartarugas=27,3 a 28,1g; tracajás=16,1 a 16,5 g).","PeriodicalId":436248,"journal":{"name":"Revista Agroecossistemas","volume":"52 2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Uso de subprodutos e resíduos na elaboração de ração artesanal para filhotes de tartarugas (Podocnemis expansa) e tracajás (Podocnemis unifilis) em sistemas de criação comunitária no médio Juruá\",\"authors\":\"Ingrid Campos Castro, P. C. M. 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Uso de subprodutos e resíduos na elaboração de ração artesanal para filhotes de tartarugas (Podocnemis expansa) e tracajás (Podocnemis unifilis) em sistemas de criação comunitária no médio Juruá
A criação de quelônios tem sido estimulada no Amazonas como uma estratégia de conservação e em 2017, o Conselho Estadual de Meio Ambiente regulamentou a criação comunitária de filhotes de tartaruga (Podocnemis expansa) e tracajás (P.unifilis). Este estudo objetivou avaliar a alimentação natural de filhotes dessas espécies, buscar subprodutos e resíduos locais que pudessem ser utilizados em rações artesanais, avaliar seus valores nutricionais, e testá-los na dieta de filhotes em criações comunitárias no Médio rio Juruá. Primeiro, foram coletadas amostras do conteúdo estomacal dos animais na natureza pela técnica de flushing, sendo a captura feita com malhadeiras (100mX3m) para identificação dos itens alimentares. Também foram coletados os alimentos e subprodutos fornecidos nas criações, e analisados bromatologicamente. Foram capturados 61 quelônios e coletadas 19 amostras de conteúdo estomacal. Foram identificados 23 tipos de folhas e frutos com 13,1-17% de proteína bruta (PB) e analisados subprodutos: vísceras de pirarucu (Arapaima gigas), 49-62%PB, torta de muru-muru (Astrocaryum murumuru), 9-13%PB, polpa de macaxeira (Manihot esculenta), 1,9%PB; que foram, posteriormente, usados na elaboração de rações artesanais. Depois, realizou-se ensaio de competição entre filhotes de tracajá e tartarugas alimentados com ração artesanal e com a ração comercial (Nutripiscis TC-45©), e um experimento controle com filhotes alimentados com TC45 e com três diferentes de rações artesanais (variando os ingredientes alternativos e nível proteico 5,8% a 40,1%PB). Verificou-se que, em 5 meses, os filhotes maiores e mais pesados foram os alimentados com TC45 (tartarugas=54,7 ± 4,6g; tracajás=45±2,3g) e ração artesanal T2=35% vísceras pirarucu+35% torta murumuru (tartarugas=42,5 ± 3,1g; tracajás=26,7±1,4g) do que os alimentados com rações artesanais de menor nível proteico (tartarugas=27,3 a 28,1g; tracajás=16,1 a 16,5 g).