L. Corrêa, Dimas Soares Junior, Giovanna Gomes Previdello, Angelita Bazotti
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A análise comparativa entre os anos estudados aponta um quadro de estabilidade na estrutura agrária, quando consideradas a condição legal das terras, os grupos de área total e os grupos de área de lavoura, ou de alterações pontuais em aspectos como a forma de obtenção das terras e participação no total estadual dos diferentes grupos de utilização. Os aspectos tecnológicos indicam um ligeiro aumento na oferta de assistência técnica, ainda que com estabilidade daquela ofertada pelo setor público, e crescimento da ocorrência de práticas como o uso de agrotóxicos e adubos químicos. Observa-se também um pequeno avanço da presença, ainda limitada a 14% em 2017, de mulheres como responsáveis pelos estabelecimentos e o envelhecimento dos responsáveis pela direção das unidades produtivas, com o avanço da classe de idade acima dos 55 anos, a qual passa de pouco mais de um terço a quase metade dos estabelecimentos. Constata-se ainda que o nível de educação formal, ainda insuficiente e predominantemente restrito ao ensino fundamental, apresenta mudanças importantes nas classes intermediárias. Finalmente, verifica-se que mais do que dobra a ocorrência de estabelecimentos com rendas advindas de aposentadorias e pensões, principal fator responsável para que outras rendas não agrícolas estejam presentes, em 2017, em mais de 61% dos estabelecimentos agropecuários familiares paranaenses.","PeriodicalId":197135,"journal":{"name":"Revista Grifos","volume":"695 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-03-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"CARACTERIZAÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR NO PARANÁ: ASPECTOS AGRÁRIOS, TECNOLÓGICOS E SOCIAIS - 2006 e 2017\",\"authors\":\"L. 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CARACTERIZAÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR NO PARANÁ: ASPECTOS AGRÁRIOS, TECNOLÓGICOS E SOCIAIS - 2006 e 2017
O texto objetivou apresentar uma caracterização da agricultura familiar no Estado do Paraná, região Sul do Brasil, nos anos de 2006 e 2017. A pesquisa utilizou a análise comparativa e os dados foram extraídos das bases dos Censos Agropecuários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseando-se nas características dos estabelecimentos e do perfil dos agricultores familiares, ocorrência de práticas agrícolas e de outras rendas não agrícolas. A análise comparativa entre os anos estudados aponta um quadro de estabilidade na estrutura agrária, quando consideradas a condição legal das terras, os grupos de área total e os grupos de área de lavoura, ou de alterações pontuais em aspectos como a forma de obtenção das terras e participação no total estadual dos diferentes grupos de utilização. Os aspectos tecnológicos indicam um ligeiro aumento na oferta de assistência técnica, ainda que com estabilidade daquela ofertada pelo setor público, e crescimento da ocorrência de práticas como o uso de agrotóxicos e adubos químicos. Observa-se também um pequeno avanço da presença, ainda limitada a 14% em 2017, de mulheres como responsáveis pelos estabelecimentos e o envelhecimento dos responsáveis pela direção das unidades produtivas, com o avanço da classe de idade acima dos 55 anos, a qual passa de pouco mais de um terço a quase metade dos estabelecimentos. Constata-se ainda que o nível de educação formal, ainda insuficiente e predominantemente restrito ao ensino fundamental, apresenta mudanças importantes nas classes intermediárias. Finalmente, verifica-se que mais do que dobra a ocorrência de estabelecimentos com rendas advindas de aposentadorias e pensões, principal fator responsável para que outras rendas não agrícolas estejam presentes, em 2017, em mais de 61% dos estabelecimentos agropecuários familiares paranaenses.