文本和辩论第22号

Revista Completa
{"title":"文本和辩论第22号","authors":"Revista Completa","doi":"10.18227/2217-1448TED.V2I22.3452","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O dossiê Sociedade e Fronteiras, publicado pela Revista Textos & Debates é o resultado do esforço conjunto da coordenação do Programa de Pós-Graduação Sociedade e Fronteiras (PPGSOF) e do Comitê Editorial da referida Revista com o intuído de difundir, no âmbito institucional e nas sociedades regional, nacional e global, as pesquisas e os estudos associados às linhas de pesquisa do PPGSOF. Pretende-se, ainda, iniciar, de forma mais sistemática os diálogos sobre Interdisciplinaridade, Fronteiras e Sociedades Amazônicas em publicações que discutam a produção, reprodução e socialização do conhecimento no campo das ciências humanas e sociais e, ao mesmo tempo dar visibilidade ao mestrado Sociedade e Fronteiras, de caráter interdisciplinar, criado em 2011, no âmbito do Centro de Ciências Humanas. \nEste dossiê, ademais do exposto acima, sintetiza os debates apresentados no I Seminário Internacional Sociedade e Fronteiras, realizado entre os dias 03 e 07 de dezembro de 2012, no Campus do Paricarana, em Boa Vista-Roraima-Brasil. \nO I Seminário Internacional: As Fronteiras da Interdisciplinaridade e a Interdisciplinaridade das Fronteiras visava articular o debate em torno de categorias complexas como sociedades e fronteiras na Amazônia, daí a centralidade nos temas fronteira e interdisciplinaridade. As complexas relações societárias na Amazônia e, em particular, no estado de Roraima, permitem perceber com clareza que o conceito de fronteira ultrapassa os traços cartográficos dos Estados Nacionais. As fronteiras podem ser soerguidas em função da diversidade de línguas, de etnias, de imaginários coletivos. Existem mesmo territórios que não compartilham a floresta tropical amazônica, como é o caso das savanas, dos cerrados, das bordas litorâneas caribenhas, mas que são compreendidos dentro das fronteiras simbólicas amazônicas em virtude de traços identitários comuns. A riqueza de significações destes dois temas permitiu que as conferências, mesas redondas e grupos de trabalho pudessem abranger os mais diversos campos das ciências humanas, as mais diversas instituições de ensino superior no estado, os profissionais e egressos do estado de Roraima, das Amazônias e fora dela. \nSendo assim, o I Seminário Internacional organizou-se, ademais dos grupos de trabalho, a partir de uma Conferência de Abertura, cujo titulo foi “As fronteiras da Interdisciplinaridade e a interdisciplinaridade das Fronteiras”, proferida pelo professor Dr. Carlos G. Zárate Botía, da Universidade Nacional da Colômbia; de três Mesas Redondas, a primeira com o tema: “Os sentidos das fronteiras”, em que participaram os professores Dr. Jose Lindomar Coelho de Albuquerque, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o Dr. Maxim Repetto e o Dr. Américo Alves de Lyra Junior, ambos do PPGSOF/UFRR; a segunda Mesa Redonda intitulada “Sociedade, ambiente e política em regiões de fronteira”, contou com a participação dos professores Dr. Ivo Dittich, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOSTE- Campus de Foz de Iguaçu, Dr. Nelvio Paulo Dutra Santos e Isaias Montanari Junior, do PPGSOF/UFRR e do NECAR/UFRR, respectivamente; a terceira Mesa Redonda intitulada “A interdisciplinaridade nos Programas de Pós-graduação: Desafios e limites” contou com a participação dos coordenadores dos programas Prof. Dr. Marcos Vital Salgado (Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais-PRONAT/UFRR); Prof. Dr. Ivo Dittich (Programa de Pós-graduação: Sociedade, Fronteira e Cultura Universidade Estadual do Oeste do Paraná/Campus de Foz do Iguaçu); Profa. Dra. Marilene Correa (Programa de Pós-graduação Sociedade e Cultura na Amazônia- PPGSCA/UFAM); Profa. Dra. Francilene dos Santos Rodrigues (Programa de Pós-graduação em Sociedade e Fronteiras- PPGSOF/UFRR). \nA centralidade do debate aqui proposto é a interdisciplinaridade e as fronteiras. Penso que há consenso em considerar, que tanto a palavra interdisciplinaridade como a palavra fronteira são polissêmicas e recobrem um conjunto heterogêneo de experiências, realidades, hipóteses e projetos distintos. No entanto, o debate está posto e não há como dele fugir. Sendo assim, compartilho com Frigotto (2008) a idéia de que é necessário apreender a interdisciplinaridade como uma necessidade e, ao mesmo tempo como problema, seja no plano material histórico-cultural, seja no plano epistemológico. \nDesta forma, o dossiê Sociedade e Fronteiras apresenta vários textos sobre esses temas, considerando, principalmente, a necessidade do trabalho interdisciplinar na produção e na socialização do conhecimento no campo das ciências humanas e sociais como decorrente do caráter dialético da realidade social e da natureza intersubjetiva de sua apreensão. \nSendo assim, temos em primeiro lugar, o texto do antropólogo e professor Dr. Maxim Repetto, intitulado Os Sentidos das Fronteiras na Transdisciplinaridade e na Interculturalidade. Neste texto, Maxim Repetto se propõe a falar do sentido das fronteiras, a partir de dois campos de conhecimentos. O primeiro campo refere-se aos sentidos das fronteiras entre os conhecimentos organizados de forma disciplinar, na ciência ocidental, e o outro, aos sentidos das fronteiras que existem e são construídos entre os povos e seus respectivos conhecimentos. O autor faz, ainda, um debate político sobre o papel da universidade pública em proporcionar não só uma reflexão, mas a prática e o exercício transdisciplinar, bem como a produção de um conhecimento descolonizado ou a descolonização do conhecimento e da mente (PRATT, 1999) que não é uma tarefa fácil, uma vez que “a crítica anticolonial exige uma prática anticolonial” (CUSICANQUI, 2006 apud REPETTO). Assim sendo, o autor se propõe a discutir os sentidos das fronteiras implícitos no conceito de transdisciplinaridade e o de interculturalidade. Um dos aspectos interessantes do texto de Repetto é o uso do termo transdisciplinaridade e não interdisciplinaridade para marcar a idéia de superação dos limites disciplinares. Para ele, a interdisciplinaridade, marcada pela preposição “inter”, denota relação entre campos de conhecimentos, enquanto transdisciplinaridade, ou melhor, a preposição “trans” denota um sentido de ir para “além dos limites” das disciplinas. Ele apresenta a sua experiência no Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena, cuja proposta pedagógica do Curso Licenciatura Intercultural é, assumidamente, transdisciplinar e intercultural. Repetto chama a atenção para o fato dos trabalhos acadêmicos (monografias, dissertações, teses) serem, em geral, bem formalistas e disfarçados de interdisciplinaridade, sem uma reflexão de fundo sobre o conhecimento, a forma de construir temas de estudos transdisciplinares e mesmo sobre o que são esses sujeitos transdisciplinares. Para o autor, interculturalidade é definida como um “processo de diálogo entre culturas”, no entanto, requer que se aprofunde e amplie essa definição. Isso porque, se, por um lado, “o diálogo entre culturas não se refere apenas à capacidade de ouvir e falar, mas, sobretudo, de refletir e pensar, por outro lado, não garante a construção de novas formas de convívio numa sociedade mais justa”, ao mesmo tempo em que a utilização do termo “intercultural” não garante um processo educativo mais participativo e menos alienante que supere os conflitos sociais. Por fim, para Repetto, a “universidade tem a obrigação de construir uma perspectiva intercultural e transdisciplinar que permita desconstruir as relações de discriminação”, para assim, gerar espaços de reconhecimento em contextos assimétricos. \nJá o texto do lingüista professor Ivo Jose Dittrich, como ele mesmo diz, “não se inscreve nas configurações convencionais das publicações, mas situa-se nas fronteiras entre artigo científico, ensaio, relato de experiência e similares”. Daí a riqueza do seu texto que nos obriga a pensar a produção e divulgação do conhecimento a partir de uma mescla de vários métodos e gêneros literários. “Apresentação, representação e metaforização das fronteiras: reflexões interdisciplinares” trata das dimensões antropológicas, históricas, econômicas, políticas e jurídicas das fronteiras, bem como as razões que as tornam cenários tão complexos, quer por sua configuração multifacetada, quer pelos modos como é representada e metaforizada. As metáforas “da” e “sobre” a fronteira, segundo Dittrich, “constituem expressão das representações incorporadas a partir de apresentações mediatas e mediadas, portanto, mostram-se metodologicamente relevantes como pontos de partida para compreender a complexidade das fronteiras”. Desta forma, o autor aborda algumas dimensões da fronteira. Uma delas é o aspecto ontológico da fronteira, ou seja, “aquelas características que se situam na materialidade comum às diferentes fronteiras”. Ou melhor, a apresentação ou o conjunto dos aspectos que a fronteira apresentaria em sua existência própria ou em como é editada pelos interlocutores na interação social. Outra dimensão abordada pelo autor diz respeito às “diferentes concepções ou representações que os sujeitos sociais constroem sobre elas com base nas suas expectativas, experiências ou interações sociais”. Por fim, as metáforas como expressão das duas instâncias ou dimensões (apresentação-representação) do processo de construção do conhecimento e, por conseguinte, das bases para a comunicação social. É evidente que essas dimensões não estão separadas, a não ser por razões de ordem didática, visto que se sobrepõem, integram e, mesmo, retroalimentam, ou seja, as próprias metáforas alimentam as apresentações e representações. \nO texto do sociólogo José Lindomar C. Albuquerque Fronteiras múltiplas e paradoxais, explora não só os aspectos da polissemia da palavra fronteira, mas as distintas e paradoxais narrativas sobre as fronteiras. Para o autor, a pluralidade destas narrativas decorre, em parte, das diferentes perspectivas e posicionamentos nacionais, que constroem “olhares cruzados para os vários lados das fronteiras”. 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Pretende-se, ainda, iniciar, de forma mais sistemática os diálogos sobre Interdisciplinaridade, Fronteiras e Sociedades Amazônicas em publicações que discutam a produção, reprodução e socialização do conhecimento no campo das ciências humanas e sociais e, ao mesmo tempo dar visibilidade ao mestrado Sociedade e Fronteiras, de caráter interdisciplinar, criado em 2011, no âmbito do Centro de Ciências Humanas. \\nEste dossiê, ademais do exposto acima, sintetiza os debates apresentados no I Seminário Internacional Sociedade e Fronteiras, realizado entre os dias 03 e 07 de dezembro de 2012, no Campus do Paricarana, em Boa Vista-Roraima-Brasil. \\nO I Seminário Internacional: As Fronteiras da Interdisciplinaridade e a Interdisciplinaridade das Fronteiras visava articular o debate em torno de categorias complexas como sociedades e fronteiras na Amazônia, daí a centralidade nos temas fronteira e interdisciplinaridade. 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A riqueza de significações destes dois temas permitiu que as conferências, mesas redondas e grupos de trabalho pudessem abranger os mais diversos campos das ciências humanas, as mais diversas instituições de ensino superior no estado, os profissionais e egressos do estado de Roraima, das Amazônias e fora dela. \\nSendo assim, o I Seminário Internacional organizou-se, ademais dos grupos de trabalho, a partir de uma Conferência de Abertura, cujo titulo foi “As fronteiras da Interdisciplinaridade e a interdisciplinaridade das Fronteiras”, proferida pelo professor Dr. Carlos G. Zárate Botía, da Universidade Nacional da Colômbia; de três Mesas Redondas, a primeira com o tema: “Os sentidos das fronteiras”, em que participaram os professores Dr. Jose Lindomar Coelho de Albuquerque, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o Dr. Maxim Repetto e o Dr. Américo Alves de Lyra Junior, ambos do PPGSOF/UFRR; a segunda Mesa Redonda intitulada “Sociedade, ambiente e política em regiões de fronteira”, contou com a participação dos professores Dr. Ivo Dittich, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOSTE- Campus de Foz de Iguaçu, Dr. Nelvio Paulo Dutra Santos e Isaias Montanari Junior, do PPGSOF/UFRR e do NECAR/UFRR, respectivamente; a terceira Mesa Redonda intitulada “A interdisciplinaridade nos Programas de Pós-graduação: Desafios e limites” contou com a participação dos coordenadores dos programas Prof. Dr. Marcos Vital Salgado (Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais-PRONAT/UFRR); Prof. Dr. Ivo Dittich (Programa de Pós-graduação: Sociedade, Fronteira e Cultura Universidade Estadual do Oeste do Paraná/Campus de Foz do Iguaçu); Profa. Dra. Marilene Correa (Programa de Pós-graduação Sociedade e Cultura na Amazônia- PPGSCA/UFAM); Profa. Dra. Francilene dos Santos Rodrigues (Programa de Pós-graduação em Sociedade e Fronteiras- PPGSOF/UFRR). \\nA centralidade do debate aqui proposto é a interdisciplinaridade e as fronteiras. Penso que há consenso em considerar, que tanto a palavra interdisciplinaridade como a palavra fronteira são polissêmicas e recobrem um conjunto heterogêneo de experiências, realidades, hipóteses e projetos distintos. No entanto, o debate está posto e não há como dele fugir. Sendo assim, compartilho com Frigotto (2008) a idéia de que é necessário apreender a interdisciplinaridade como uma necessidade e, ao mesmo tempo como problema, seja no plano material histórico-cultural, seja no plano epistemológico. \\nDesta forma, o dossiê Sociedade e Fronteiras apresenta vários textos sobre esses temas, considerando, principalmente, a necessidade do trabalho interdisciplinar na produção e na socialização do conhecimento no campo das ciências humanas e sociais como decorrente do caráter dialético da realidade social e da natureza intersubjetiva de sua apreensão. \\nSendo assim, temos em primeiro lugar, o texto do antropólogo e professor Dr. Maxim Repetto, intitulado Os Sentidos das Fronteiras na Transdisciplinaridade e na Interculturalidade. Neste texto, Maxim Repetto se propõe a falar do sentido das fronteiras, a partir de dois campos de conhecimentos. O primeiro campo refere-se aos sentidos das fronteiras entre os conhecimentos organizados de forma disciplinar, na ciência ocidental, e o outro, aos sentidos das fronteiras que existem e são construídos entre os povos e seus respectivos conhecimentos. O autor faz, ainda, um debate político sobre o papel da universidade pública em proporcionar não só uma reflexão, mas a prática e o exercício transdisciplinar, bem como a produção de um conhecimento descolonizado ou a descolonização do conhecimento e da mente (PRATT, 1999) que não é uma tarefa fácil, uma vez que “a crítica anticolonial exige uma prática anticolonial” (CUSICANQUI, 2006 apud REPETTO). Assim sendo, o autor se propõe a discutir os sentidos das fronteiras implícitos no conceito de transdisciplinaridade e o de interculturalidade. Um dos aspectos interessantes do texto de Repetto é o uso do termo transdisciplinaridade e não interdisciplinaridade para marcar a idéia de superação dos limites disciplinares. 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Isso porque, se, por um lado, “o diálogo entre culturas não se refere apenas à capacidade de ouvir e falar, mas, sobretudo, de refletir e pensar, por outro lado, não garante a construção de novas formas de convívio numa sociedade mais justa”, ao mesmo tempo em que a utilização do termo “intercultural” não garante um processo educativo mais participativo e menos alienante que supere os conflitos sociais. Por fim, para Repetto, a “universidade tem a obrigação de construir uma perspectiva intercultural e transdisciplinar que permita desconstruir as relações de discriminação”, para assim, gerar espaços de reconhecimento em contextos assimétricos. \\nJá o texto do lingüista professor Ivo Jose Dittrich, como ele mesmo diz, “não se inscreve nas configurações convencionais das publicações, mas situa-se nas fronteiras entre artigo científico, ensaio, relato de experiência e similares”. 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摘要

的文件和限制,发表杂志文本与社会争论的结果是研究生项目的协调社会的共同努力和限制(PPGSOF)和杂志的编委会的intuído传播,在地区、国家和全球社会制度框架和相关的调查和研究PPGSOF线条的研究的。是,更加系统的启动,学科交叉对话、边境和亚马逊公司在享用的发表、复制和社会化生产在人文和社会科学知识,同时对社会宏伟的硕士学位和限制,跨学科的中心,成立于2011年,在人文科学。除了上述内容外,这份档案还总结了2012年12月3日至7日在巴西罗赖马博阿维斯塔Paricarana校区举行的第一届社会与边界国际研讨会上的讨论。第一届国际研讨会:跨学科的边界和跨学科的边界旨在阐明围绕复杂类别的辩论,如亚马逊的社会和边界,因此边界和跨学科主题的中心地位。亚马逊地区,特别是罗赖马州复杂的企业关系,使人们清楚地认识到边界的概念超越了民族国家的制图特征。边界可以根据语言、种族和集体想象的多样性来划定。甚至有一些领土并不共享亚马逊雨林,如大草原、塞拉多和加勒比海岸边缘,但由于共同的身份特征,它们被理解在亚马逊的象征性边界内。这两个主题的丰富意义使会议、圆桌会议和工作组能够涵盖人文科学的各个领域、该州最多样化的高等教育机构、罗赖马州、亚马逊州和其他地区的专业人员和毕业生。因此,除了工作组之外,第一届国际研讨会还以题为“跨学科的边界和边界的跨学科”的开幕会议为基础,由哥伦比亚国立大学Carlos G. zarate botia教授主持;三次圆桌会议,第一次会议的主题是:“边界的意义”,来自sao保罗联邦大学(UNIFESP)的Jose Lindomar Coelho de Albuquerque教授、来自PPGSOF/UFRR的Maxim Repetto博士和americo Alves de Lyra Junior博士参加了会议;第二个圆桌会议主题为“在边境地区的社会、环境和政治”,依赖于教师的比重博士Ivo Dittich巴拉州西部大学的博士-伊瓜苏,校园UNIOSTE Nelvio保罗·马杜圣人和以赛亚书Montanari小詹姆斯的PPGSOF / UFRR NECAR / UFRR分别;第三次圆桌会议题为“研究生项目的跨学科性:挑战和限制”,项目协调员Marcos Vital Salgado教授(自然资源研究生项目-PRONAT/UFRR)参加了会议;Ivo Dittich教授(研究生项目:西部州立大学社会、边境与文化parana / Foz do iguacu校区);老师。博士。Marilene Correa(亚马逊社会与文化研究生项目- PPGSCA/UFAM);老师。博士。Francilene dos Santos Rodrigues(社会与边界研究生项目- PPGSOF/UFRR)。这里提出的辩论的中心是跨学科和边界。我认为大家一致认为,跨学科这个词和边界这个词都是多义词,涵盖了一系列不同的经验、现实、假设和项目。然而,辩论已经开始,没有办法逃避。因此,我同意Frigotto(2008)的观点,即无论是在物质、历史和文化层面,还是在认识论层面,都有必要将跨学科理解为一种需要,同时也是一种问题。这样的文件和限制社会呈现出许多文献对这些问题考虑,尤其是跨学科工作的需要生产和在社交领域的人文知识和社会所面临的社会现实的辩证性质与自然互为主体的忧虑。因此,我们首先有人类学家和教授马克西姆·雷佩托博士的文本,题为《跨学科和跨文化中的边界意义》。在本文中,马克西姆·雷佩托建议从两个知识领域来讨论边界的意义。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
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Textos e Debates n°22
O dossiê Sociedade e Fronteiras, publicado pela Revista Textos & Debates é o resultado do esforço conjunto da coordenação do Programa de Pós-Graduação Sociedade e Fronteiras (PPGSOF) e do Comitê Editorial da referida Revista com o intuído de difundir, no âmbito institucional e nas sociedades regional, nacional e global, as pesquisas e os estudos associados às linhas de pesquisa do PPGSOF. Pretende-se, ainda, iniciar, de forma mais sistemática os diálogos sobre Interdisciplinaridade, Fronteiras e Sociedades Amazônicas em publicações que discutam a produção, reprodução e socialização do conhecimento no campo das ciências humanas e sociais e, ao mesmo tempo dar visibilidade ao mestrado Sociedade e Fronteiras, de caráter interdisciplinar, criado em 2011, no âmbito do Centro de Ciências Humanas. Este dossiê, ademais do exposto acima, sintetiza os debates apresentados no I Seminário Internacional Sociedade e Fronteiras, realizado entre os dias 03 e 07 de dezembro de 2012, no Campus do Paricarana, em Boa Vista-Roraima-Brasil. O I Seminário Internacional: As Fronteiras da Interdisciplinaridade e a Interdisciplinaridade das Fronteiras visava articular o debate em torno de categorias complexas como sociedades e fronteiras na Amazônia, daí a centralidade nos temas fronteira e interdisciplinaridade. As complexas relações societárias na Amazônia e, em particular, no estado de Roraima, permitem perceber com clareza que o conceito de fronteira ultrapassa os traços cartográficos dos Estados Nacionais. As fronteiras podem ser soerguidas em função da diversidade de línguas, de etnias, de imaginários coletivos. Existem mesmo territórios que não compartilham a floresta tropical amazônica, como é o caso das savanas, dos cerrados, das bordas litorâneas caribenhas, mas que são compreendidos dentro das fronteiras simbólicas amazônicas em virtude de traços identitários comuns. A riqueza de significações destes dois temas permitiu que as conferências, mesas redondas e grupos de trabalho pudessem abranger os mais diversos campos das ciências humanas, as mais diversas instituições de ensino superior no estado, os profissionais e egressos do estado de Roraima, das Amazônias e fora dela. Sendo assim, o I Seminário Internacional organizou-se, ademais dos grupos de trabalho, a partir de uma Conferência de Abertura, cujo titulo foi “As fronteiras da Interdisciplinaridade e a interdisciplinaridade das Fronteiras”, proferida pelo professor Dr. Carlos G. Zárate Botía, da Universidade Nacional da Colômbia; de três Mesas Redondas, a primeira com o tema: “Os sentidos das fronteiras”, em que participaram os professores Dr. Jose Lindomar Coelho de Albuquerque, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o Dr. Maxim Repetto e o Dr. Américo Alves de Lyra Junior, ambos do PPGSOF/UFRR; a segunda Mesa Redonda intitulada “Sociedade, ambiente e política em regiões de fronteira”, contou com a participação dos professores Dr. Ivo Dittich, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOSTE- Campus de Foz de Iguaçu, Dr. Nelvio Paulo Dutra Santos e Isaias Montanari Junior, do PPGSOF/UFRR e do NECAR/UFRR, respectivamente; a terceira Mesa Redonda intitulada “A interdisciplinaridade nos Programas de Pós-graduação: Desafios e limites” contou com a participação dos coordenadores dos programas Prof. Dr. Marcos Vital Salgado (Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais-PRONAT/UFRR); Prof. Dr. Ivo Dittich (Programa de Pós-graduação: Sociedade, Fronteira e Cultura Universidade Estadual do Oeste do Paraná/Campus de Foz do Iguaçu); Profa. Dra. Marilene Correa (Programa de Pós-graduação Sociedade e Cultura na Amazônia- PPGSCA/UFAM); Profa. Dra. Francilene dos Santos Rodrigues (Programa de Pós-graduação em Sociedade e Fronteiras- PPGSOF/UFRR). A centralidade do debate aqui proposto é a interdisciplinaridade e as fronteiras. Penso que há consenso em considerar, que tanto a palavra interdisciplinaridade como a palavra fronteira são polissêmicas e recobrem um conjunto heterogêneo de experiências, realidades, hipóteses e projetos distintos. No entanto, o debate está posto e não há como dele fugir. Sendo assim, compartilho com Frigotto (2008) a idéia de que é necessário apreender a interdisciplinaridade como uma necessidade e, ao mesmo tempo como problema, seja no plano material histórico-cultural, seja no plano epistemológico. Desta forma, o dossiê Sociedade e Fronteiras apresenta vários textos sobre esses temas, considerando, principalmente, a necessidade do trabalho interdisciplinar na produção e na socialização do conhecimento no campo das ciências humanas e sociais como decorrente do caráter dialético da realidade social e da natureza intersubjetiva de sua apreensão. Sendo assim, temos em primeiro lugar, o texto do antropólogo e professor Dr. Maxim Repetto, intitulado Os Sentidos das Fronteiras na Transdisciplinaridade e na Interculturalidade. Neste texto, Maxim Repetto se propõe a falar do sentido das fronteiras, a partir de dois campos de conhecimentos. O primeiro campo refere-se aos sentidos das fronteiras entre os conhecimentos organizados de forma disciplinar, na ciência ocidental, e o outro, aos sentidos das fronteiras que existem e são construídos entre os povos e seus respectivos conhecimentos. O autor faz, ainda, um debate político sobre o papel da universidade pública em proporcionar não só uma reflexão, mas a prática e o exercício transdisciplinar, bem como a produção de um conhecimento descolonizado ou a descolonização do conhecimento e da mente (PRATT, 1999) que não é uma tarefa fácil, uma vez que “a crítica anticolonial exige uma prática anticolonial” (CUSICANQUI, 2006 apud REPETTO). Assim sendo, o autor se propõe a discutir os sentidos das fronteiras implícitos no conceito de transdisciplinaridade e o de interculturalidade. Um dos aspectos interessantes do texto de Repetto é o uso do termo transdisciplinaridade e não interdisciplinaridade para marcar a idéia de superação dos limites disciplinares. Para ele, a interdisciplinaridade, marcada pela preposição “inter”, denota relação entre campos de conhecimentos, enquanto transdisciplinaridade, ou melhor, a preposição “trans” denota um sentido de ir para “além dos limites” das disciplinas. Ele apresenta a sua experiência no Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena, cuja proposta pedagógica do Curso Licenciatura Intercultural é, assumidamente, transdisciplinar e intercultural. Repetto chama a atenção para o fato dos trabalhos acadêmicos (monografias, dissertações, teses) serem, em geral, bem formalistas e disfarçados de interdisciplinaridade, sem uma reflexão de fundo sobre o conhecimento, a forma de construir temas de estudos transdisciplinares e mesmo sobre o que são esses sujeitos transdisciplinares. Para o autor, interculturalidade é definida como um “processo de diálogo entre culturas”, no entanto, requer que se aprofunde e amplie essa definição. Isso porque, se, por um lado, “o diálogo entre culturas não se refere apenas à capacidade de ouvir e falar, mas, sobretudo, de refletir e pensar, por outro lado, não garante a construção de novas formas de convívio numa sociedade mais justa”, ao mesmo tempo em que a utilização do termo “intercultural” não garante um processo educativo mais participativo e menos alienante que supere os conflitos sociais. Por fim, para Repetto, a “universidade tem a obrigação de construir uma perspectiva intercultural e transdisciplinar que permita desconstruir as relações de discriminação”, para assim, gerar espaços de reconhecimento em contextos assimétricos. Já o texto do lingüista professor Ivo Jose Dittrich, como ele mesmo diz, “não se inscreve nas configurações convencionais das publicações, mas situa-se nas fronteiras entre artigo científico, ensaio, relato de experiência e similares”. Daí a riqueza do seu texto que nos obriga a pensar a produção e divulgação do conhecimento a partir de uma mescla de vários métodos e gêneros literários. “Apresentação, representação e metaforização das fronteiras: reflexões interdisciplinares” trata das dimensões antropológicas, históricas, econômicas, políticas e jurídicas das fronteiras, bem como as razões que as tornam cenários tão complexos, quer por sua configuração multifacetada, quer pelos modos como é representada e metaforizada. As metáforas “da” e “sobre” a fronteira, segundo Dittrich, “constituem expressão das representações incorporadas a partir de apresentações mediatas e mediadas, portanto, mostram-se metodologicamente relevantes como pontos de partida para compreender a complexidade das fronteiras”. Desta forma, o autor aborda algumas dimensões da fronteira. Uma delas é o aspecto ontológico da fronteira, ou seja, “aquelas características que se situam na materialidade comum às diferentes fronteiras”. Ou melhor, a apresentação ou o conjunto dos aspectos que a fronteira apresentaria em sua existência própria ou em como é editada pelos interlocutores na interação social. Outra dimensão abordada pelo autor diz respeito às “diferentes concepções ou representações que os sujeitos sociais constroem sobre elas com base nas suas expectativas, experiências ou interações sociais”. Por fim, as metáforas como expressão das duas instâncias ou dimensões (apresentação-representação) do processo de construção do conhecimento e, por conseguinte, das bases para a comunicação social. É evidente que essas dimensões não estão separadas, a não ser por razões de ordem didática, visto que se sobrepõem, integram e, mesmo, retroalimentam, ou seja, as próprias metáforas alimentam as apresentações e representações. O texto do sociólogo José Lindomar C. Albuquerque Fronteiras múltiplas e paradoxais, explora não só os aspectos da polissemia da palavra fronteira, mas as distintas e paradoxais narrativas sobre as fronteiras. Para o autor, a pluralidade destas narrativas decorre, em parte, das diferentes perspectivas e posicionamentos nacionais, que constroem “olhares cruzados para os vários lados das fronteiras”. Um segundo aspecto diz r
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