{"title":"未来的必要(重新)建设:","authors":"Raquel Anterio Crispim Silva, F. Azevedo","doi":"10.21680/2177-8396.2022v34n1id27968","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"As últimas décadas do século XX e os primeiros vinte anos do século XXI têm sido marcados por transformações sociais, políticas, culturais e econômicas que repercutiram diretamentesobre o mundo do trabalho e na dinâmica dos lugares, expondo os trabalhadores a condições laborais degradantes. Todavia, face as perversidades sistemáticas e estruturais do modo deprodução capitalista emergem nas periferias outras lógicas de organização do trabalho e sociabilidade, pautadas na práxis e em princípios mais humanos e solidários. Este artigo seapresenta como um ensaio teórico, a partir do qual se objetiva apresentar reflexões sobre a precarização do trabalho no período histórico atual e sua interface com a consolidação daseconomias sociais e solidárias. O esforço realizado visa evidenciar a relação direta entre os movimentos contra hegemônicos e os lugares, estes devendo ser pensados a partir das dinâmicas e processos associados a reprodução social dos homens pobres e lentos. Para construção das reflexões propostas foi basilar a aproximação e interlocução com as ideias de Marx (2004), Lipietz (1991), Antunes e Alves (2004), Harvey (2011; 2018) e Santos (2009; 2010). Com base nas assertivas construídas sugere-se que a construção, presente e futura, de uma outra forma de relação com o trabalho e com os indivíduos, perpassa essencialmente pelos lugares e vem sendo tecida cotidianamente pelos homens mais simples a partir da criatividade, comunicabilidade, fraternidade e solidariedade.","PeriodicalId":437785,"journal":{"name":"Sociedade e Território","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-02-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"A NECESSÁRIA (RE)CONSTRUÇÃO DO FUTURO:\",\"authors\":\"Raquel Anterio Crispim Silva, F. Azevedo\",\"doi\":\"10.21680/2177-8396.2022v34n1id27968\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"As últimas décadas do século XX e os primeiros vinte anos do século XXI têm sido marcados por transformações sociais, políticas, culturais e econômicas que repercutiram diretamentesobre o mundo do trabalho e na dinâmica dos lugares, expondo os trabalhadores a condições laborais degradantes. Todavia, face as perversidades sistemáticas e estruturais do modo deprodução capitalista emergem nas periferias outras lógicas de organização do trabalho e sociabilidade, pautadas na práxis e em princípios mais humanos e solidários. Este artigo seapresenta como um ensaio teórico, a partir do qual se objetiva apresentar reflexões sobre a precarização do trabalho no período histórico atual e sua interface com a consolidação daseconomias sociais e solidárias. O esforço realizado visa evidenciar a relação direta entre os movimentos contra hegemônicos e os lugares, estes devendo ser pensados a partir das dinâmicas e processos associados a reprodução social dos homens pobres e lentos. Para construção das reflexões propostas foi basilar a aproximação e interlocução com as ideias de Marx (2004), Lipietz (1991), Antunes e Alves (2004), Harvey (2011; 2018) e Santos (2009; 2010). Com base nas assertivas construídas sugere-se que a construção, presente e futura, de uma outra forma de relação com o trabalho e com os indivíduos, perpassa essencialmente pelos lugares e vem sendo tecida cotidianamente pelos homens mais simples a partir da criatividade, comunicabilidade, fraternidade e solidariedade.\",\"PeriodicalId\":437785,\"journal\":{\"name\":\"Sociedade e Território\",\"volume\":\"9 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-02-05\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Sociedade e Território\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.21680/2177-8396.2022v34n1id27968\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Sociedade e Território","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21680/2177-8396.2022v34n1id27968","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
As últimas décadas do século XX e os primeiros vinte anos do século XXI têm sido marcados por transformações sociais, políticas, culturais e econômicas que repercutiram diretamentesobre o mundo do trabalho e na dinâmica dos lugares, expondo os trabalhadores a condições laborais degradantes. Todavia, face as perversidades sistemáticas e estruturais do modo deprodução capitalista emergem nas periferias outras lógicas de organização do trabalho e sociabilidade, pautadas na práxis e em princípios mais humanos e solidários. Este artigo seapresenta como um ensaio teórico, a partir do qual se objetiva apresentar reflexões sobre a precarização do trabalho no período histórico atual e sua interface com a consolidação daseconomias sociais e solidárias. O esforço realizado visa evidenciar a relação direta entre os movimentos contra hegemônicos e os lugares, estes devendo ser pensados a partir das dinâmicas e processos associados a reprodução social dos homens pobres e lentos. Para construção das reflexões propostas foi basilar a aproximação e interlocução com as ideias de Marx (2004), Lipietz (1991), Antunes e Alves (2004), Harvey (2011; 2018) e Santos (2009; 2010). Com base nas assertivas construídas sugere-se que a construção, presente e futura, de uma outra forma de relação com o trabalho e com os indivíduos, perpassa essencialmente pelos lugares e vem sendo tecida cotidianamente pelos homens mais simples a partir da criatividade, comunicabilidade, fraternidade e solidariedade.