Andréa Witt, F. Mendes, H. Grillo, Wilson Hoffmeister, Nilton Rossato
{"title":"Diaemus youngi (Jentink, 1893)在巴西大南州的首次记录","authors":"Andréa Witt, F. Mendes, H. Grillo, Wilson Hoffmeister, Nilton Rossato","doi":"10.31687/saremnms.19.0.15","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"In January 2019, the State Department of Agriculture, Livestock and Rural Development investigated a case of aggression to domestic and exotic birds by blood-eating bats in the city of Restinga Seca, within the boundaries of the Atlantic Forest and Pampa biomes. Three male D. youngi individuals were captured on the rural property with mist nets near the trees that served as bird shelter. This study broadens our knowledge of bat diversity in Rio Grande do Sul, being the first record of the species for this State and the southernmost record for Brazil: 447 km away from the southernmost point recorded until today (Iguaçu National Park, Paraná state). Key-words: Atlantic Forest, hematophagous bats, geographic distribution, predation No Brasil ocorrem 182 espécies de morcegos, dentre as quais três são hematófagas: Desmodus rotundus (E. Geoffroy Saint-Hilaire, 1810), Dyphilla ecaudata Spix, 1823 e Diaemus youngi (Jentink, 1893) (Nogueira et al. 2018). No estado do Rio Grande do Sul foram reconhecidas até o momento 40 espécies de morcegos (Passos et al. 2010) e, entre elas, apenas uma espécie hematófaga: D. rotundus. Atualmente, devido à grande importância de D. rotundus no ciclo da raiva dos herbívoros e o risco a saúde humana, a legislação ambiental brasileira permite o Recibido el 7 de febrero de 2019. Aceptado el 21 de octubre de 2019. editor asociado: mariano Sánchez. Versión on-line ISSN 2618-4788 http://doi.org/10.31687/saremNmS.19.0.15 André Alberto Witt; Filippo Cogo Mendes; Hamilton C. Z. Grillo; Jr. Wilson Hoffmeister y Nilton Antônio Rossato N OTAS S O B R E M A M í F E RO S S U DA M E R I C A N O S 3 controle das populações apenas para esta espécie (IBAMA 2006). No Rio Grande do Sul, a competência do atendimento e execução destas normas está a cargo da Divisão de Defesa Sanitária Animal, a qual está inserida na Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR). Em colaboração ao estudo sobre vírus em morcegos hematófagos realizado no Rio Grande do Sul (Licença ICMBio 61537-1) com apoio da SEAPDR, entre os dias 15 a 17 de janeiro de 2019, três exemplares de D. youngi foram capturados em uma propriedade rural no município de Restinga Seca, mesorregião centro ocidental-riograndense (29° 41’ 48,77” S, 53° 18’ 20,66” O). A formação florestal predominante é a floresta estacional decidual aluvial, mas a área encontra-se intensamente antropizada e caracterizada pela presença de lavouras de arroz e criação de bovinos de leite, situando-se nos limites dos biomas de Mata Atlântica e Pampa. As capturas foram realizadas com quatro redes de neblina (12 x 3 m), colocadas próximas ao abrigo das aves durante três noites consecutivas, perfazendo um esforço amostral de 864 m2 hora, conforme proposto por Straube & Bianconi (2002). Para cada exemplar foi registrado o peso, a través do uso de balança Pesola® (100 g ± 0.5), o sexo (por observação direta), e o comprimento do antebraço, utilizando paquímetro Mitutoyo (150 mm ± 0.01). O total dos exemplares foi depositado em via úmida na coleção científica de Zoologia da Universidade de Santa Cruz do Sul (CZSC/ UNISC) sob os números CZSC M-01, CZSC M-02 e CZSC M-03 (Tabela 01). Os morcegos foram identificados com auxílio das chaves propostas por Díaz et al. (2016) e Oliveira et al. (2017). Diaemus youngi apresenta orelhas curtas, não possui calcar nem cauda, e distingue-se das outras espécies por apresentar as pontas das asas brancas e apenas uma única almofada no dedo polegar, enquanto Desmodus apresenta duas; já Diphylla não possui esta estrutura (Aguiar 2007; Kwon & Gardner 2007) (Fig. 1). Quando irritada a espécie emite forte odor por glândulas situadas no interior da boca, junto às bochechas, característica somente encontrada nesta espécie de morcego hematófago (Greenhall & Schutt-Jr 1996). Apesar de ser considerada uma espécie rara, devido ao fato de apresentar uma ampla distribuição geográfica, e a que pouco se conhece sobre a biologia e ecologia da espécie, D. youngi não consta na lista da fauna silvestre brasileira como ameaçada de extinção (Aguiar et al. 2006). O status de conservação da espécie ao longo de sua distribuição geográfica é classificado como de “menor preocupação” pela União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN) (Barquez et al. 2015). Embora a espécie possa alimentar-se do sangue de mamíferos, principalmente em cativeiro (Goodwin & Greenhall 1961; Greenhall & Schutt-Jr 1996), as aves são presas preferenciais de D. youngi (Kwon & Gardner 2007; Costa et al. 2008). No Brasil, um estudo sobre o ataque a aves no Estado do Rio de Janeiro, entre os anos de 2000 e 2006, constatou a predação de inúmeras espécies exóticas, entre as quais foram citadas o pavão azul (Pavo cristatus), perús (Meleagris gallopavo), galinhas d ́angola Diaemus youngi no estado do Rio Grande do Sul, Brasil N OTAS S O B R E M A M í F E RO S S U DA M E R I C A N O S 4 (Numidia meleagris), galinhas d ́angola vulturinas (Acryllium vulturinun) e pavões verdes (Pavo muticus), além de galinhas domésticas (Gallus gallus domesticus) (Costa et al. 2008). Em nosso estudo, mesmo com a presença e abundância de outros tipos de presas disponíveis, como bovinos e suínos, somente aves domésticas (Gallus gallus domesticus) e angolistas (Numida meleagris) foram atacadas. As aves pernoitavam fora dos galinheiros, em árvores nativas, como ingá-macaco (Inga sessilis), timbaúva (Enterolobium contortisiliquum) e introduzidas, como eucaliptos (Eucaliptus sp.), em alturas que variaram entre 3 e 10 metros, concordando com as observações de Costa et al. (2008). A área de distribuição natural D. youngi se estende através dos territórios do México, passando pela América Central, Ilha de Trinidad, Venezuela, Suriname, Guianas Francesas, Bacia Amazônica, Bolívia, Paraguai, leste do Brasil até o norte da Argentina (Greenhall & Schutt-Jr 1996; Kwon & Gardner 2007). No Brasil, até o presente momento, existiam registros somente para os estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo (Aguiar et al. 2006; Falcão 2007; Kwon & Gardner 2007; Pedroso et al. 2018; Hoppe et al. 2019). Mapas da distribuição da espécie elaborados por Kwon & Gardner (2007) e Barquez et al. (2015) já indicavam que a espécie poderia apresentar maior área de distribuição geográfica, apontando como ponto mais austral na América do Sul um registro do norte da Argentina (localidade de Bonpland, Misiones), distante 346 km (SE) do local observado neste estudo. Este estudo contribui para a ampliação da distribuição geográfica conhecida para espécie no sul do Brasil, dado que Restinga Seca se encontra a 477 km (NO) de distância do registro mais austral para este pais, no Paraná (Fig. 2), muito próximo do limite do bioma Pampa. Por outra parte contribui para o conhecimento da diversidade de morcegos no Rio Grande do Sul, elevando o número a 41 espécies existentes. Assim sendo, sugere-se que outros estudos sejam realizados no Rio Grande do Sul, que permitam refinar o conhecimento respeito à distribuição e densidade das populações desta espécie, bem como avaliar o estado de conservação da mesma na","PeriodicalId":117955,"journal":{"name":"Notas sobre Mamíferos Sudamericanos","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":"{\"title\":\"Primeiro registro de Diaemus youngi (Jentink, 1893) no estado do Rio Grande do Sul, Brasil\",\"authors\":\"Andréa Witt, F. Mendes, H. Grillo, Wilson Hoffmeister, Nilton Rossato\",\"doi\":\"10.31687/saremnms.19.0.15\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"In January 2019, the State Department of Agriculture, Livestock and Rural Development investigated a case of aggression to domestic and exotic birds by blood-eating bats in the city of Restinga Seca, within the boundaries of the Atlantic Forest and Pampa biomes. Three male D. youngi individuals were captured on the rural property with mist nets near the trees that served as bird shelter. This study broadens our knowledge of bat diversity in Rio Grande do Sul, being the first record of the species for this State and the southernmost record for Brazil: 447 km away from the southernmost point recorded until today (Iguaçu National Park, Paraná state). Key-words: Atlantic Forest, hematophagous bats, geographic distribution, predation No Brasil ocorrem 182 espécies de morcegos, dentre as quais três são hematófagas: Desmodus rotundus (E. Geoffroy Saint-Hilaire, 1810), Dyphilla ecaudata Spix, 1823 e Diaemus youngi (Jentink, 1893) (Nogueira et al. 2018). No estado do Rio Grande do Sul foram reconhecidas até o momento 40 espécies de morcegos (Passos et al. 2010) e, entre elas, apenas uma espécie hematófaga: D. rotundus. Atualmente, devido à grande importância de D. rotundus no ciclo da raiva dos herbívoros e o risco a saúde humana, a legislação ambiental brasileira permite o Recibido el 7 de febrero de 2019. Aceptado el 21 de octubre de 2019. editor asociado: mariano Sánchez. Versión on-line ISSN 2618-4788 http://doi.org/10.31687/saremNmS.19.0.15 André Alberto Witt; Filippo Cogo Mendes; Hamilton C. Z. Grillo; Jr. Wilson Hoffmeister y Nilton Antônio Rossato N OTAS S O B R E M A M í F E RO S S U DA M E R I C A N O S 3 controle das populações apenas para esta espécie (IBAMA 2006). No Rio Grande do Sul, a competência do atendimento e execução destas normas está a cargo da Divisão de Defesa Sanitária Animal, a qual está inserida na Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR). Em colaboração ao estudo sobre vírus em morcegos hematófagos realizado no Rio Grande do Sul (Licença ICMBio 61537-1) com apoio da SEAPDR, entre os dias 15 a 17 de janeiro de 2019, três exemplares de D. youngi foram capturados em uma propriedade rural no município de Restinga Seca, mesorregião centro ocidental-riograndense (29° 41’ 48,77” S, 53° 18’ 20,66” O). A formação florestal predominante é a floresta estacional decidual aluvial, mas a área encontra-se intensamente antropizada e caracterizada pela presença de lavouras de arroz e criação de bovinos de leite, situando-se nos limites dos biomas de Mata Atlântica e Pampa. As capturas foram realizadas com quatro redes de neblina (12 x 3 m), colocadas próximas ao abrigo das aves durante três noites consecutivas, perfazendo um esforço amostral de 864 m2 hora, conforme proposto por Straube & Bianconi (2002). Para cada exemplar foi registrado o peso, a través do uso de balança Pesola® (100 g ± 0.5), o sexo (por observação direta), e o comprimento do antebraço, utilizando paquímetro Mitutoyo (150 mm ± 0.01). O total dos exemplares foi depositado em via úmida na coleção científica de Zoologia da Universidade de Santa Cruz do Sul (CZSC/ UNISC) sob os números CZSC M-01, CZSC M-02 e CZSC M-03 (Tabela 01). Os morcegos foram identificados com auxílio das chaves propostas por Díaz et al. (2016) e Oliveira et al. (2017). Diaemus youngi apresenta orelhas curtas, não possui calcar nem cauda, e distingue-se das outras espécies por apresentar as pontas das asas brancas e apenas uma única almofada no dedo polegar, enquanto Desmodus apresenta duas; já Diphylla não possui esta estrutura (Aguiar 2007; Kwon & Gardner 2007) (Fig. 1). Quando irritada a espécie emite forte odor por glândulas situadas no interior da boca, junto às bochechas, característica somente encontrada nesta espécie de morcego hematófago (Greenhall & Schutt-Jr 1996). Apesar de ser considerada uma espécie rara, devido ao fato de apresentar uma ampla distribuição geográfica, e a que pouco se conhece sobre a biologia e ecologia da espécie, D. youngi não consta na lista da fauna silvestre brasileira como ameaçada de extinção (Aguiar et al. 2006). O status de conservação da espécie ao longo de sua distribuição geográfica é classificado como de “menor preocupação” pela União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN) (Barquez et al. 2015). Embora a espécie possa alimentar-se do sangue de mamíferos, principalmente em cativeiro (Goodwin & Greenhall 1961; Greenhall & Schutt-Jr 1996), as aves são presas preferenciais de D. youngi (Kwon & Gardner 2007; Costa et al. 2008). No Brasil, um estudo sobre o ataque a aves no Estado do Rio de Janeiro, entre os anos de 2000 e 2006, constatou a predação de inúmeras espécies exóticas, entre as quais foram citadas o pavão azul (Pavo cristatus), perús (Meleagris gallopavo), galinhas d ́angola Diaemus youngi no estado do Rio Grande do Sul, Brasil N OTAS S O B R E M A M í F E RO S S U DA M E R I C A N O S 4 (Numidia meleagris), galinhas d ́angola vulturinas (Acryllium vulturinun) e pavões verdes (Pavo muticus), além de galinhas domésticas (Gallus gallus domesticus) (Costa et al. 2008). Em nosso estudo, mesmo com a presença e abundância de outros tipos de presas disponíveis, como bovinos e suínos, somente aves domésticas (Gallus gallus domesticus) e angolistas (Numida meleagris) foram atacadas. As aves pernoitavam fora dos galinheiros, em árvores nativas, como ingá-macaco (Inga sessilis), timbaúva (Enterolobium contortisiliquum) e introduzidas, como eucaliptos (Eucaliptus sp.), em alturas que variaram entre 3 e 10 metros, concordando com as observações de Costa et al. (2008). A área de distribuição natural D. youngi se estende através dos territórios do México, passando pela América Central, Ilha de Trinidad, Venezuela, Suriname, Guianas Francesas, Bacia Amazônica, Bolívia, Paraguai, leste do Brasil até o norte da Argentina (Greenhall & Schutt-Jr 1996; Kwon & Gardner 2007). No Brasil, até o presente momento, existiam registros somente para os estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo (Aguiar et al. 2006; Falcão 2007; Kwon & Gardner 2007; Pedroso et al. 2018; Hoppe et al. 2019). Mapas da distribuição da espécie elaborados por Kwon & Gardner (2007) e Barquez et al. (2015) já indicavam que a espécie poderia apresentar maior área de distribuição geográfica, apontando como ponto mais austral na América do Sul um registro do norte da Argentina (localidade de Bonpland, Misiones), distante 346 km (SE) do local observado neste estudo. Este estudo contribui para a ampliação da distribuição geográfica conhecida para espécie no sul do Brasil, dado que Restinga Seca se encontra a 477 km (NO) de distância do registro mais austral para este pais, no Paraná (Fig. 2), muito próximo do limite do bioma Pampa. Por outra parte contribui para o conhecimento da diversidade de morcegos no Rio Grande do Sul, elevando o número a 41 espécies existentes. Assim sendo, sugere-se que outros estudos sejam realizados no Rio Grande do Sul, que permitam refinar o conhecimento respeito à distribuição e densidade das populações desta espécie, bem como avaliar o estado de conservação da mesma na\",\"PeriodicalId\":117955,\"journal\":{\"name\":\"Notas sobre Mamíferos Sudamericanos\",\"volume\":null,\"pages\":null},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2019-11-01\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"1\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Notas sobre Mamíferos Sudamericanos\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.31687/saremnms.19.0.15\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Notas sobre Mamíferos Sudamericanos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.31687/saremnms.19.0.15","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 1
摘要
2019年1月,美国农业、牲畜和农村发展部调查了一起在大西洋森林和潘帕草原生物群落边界内的雷斯廷加塞卡市发生的食血蝙蝠攻击家养和外来鸟类的案件。在作为鸟类庇护所的树木附近,用雾网捕获了3只雄性小夜蛾。这项研究拓宽了我们对南里约热内卢Grande do Sul蝙蝠多样性的认识,是该州首次记录该物种,也是巴西最南端的记录:距离迄今为止记录的最南端447公里(帕拉纳<e:1>州igua<s:1>国家公园)。关键词:大西洋森林,食血蝙蝠,地理分布,捕食No Brasil ocorrem 182 espcies de morcegos, dentre as quais três s<e:1> o hematófagas: Desmodus rotundus (e . Geoffroy Saint-Hilaire, 1810), Dyphilla ecaudata Spix, 1823 e Diaemus youngi (Jentink, 1893) (Nogueira et al. 2018)。No estado do bbb10 Grande do esforam reconhecidas atacro - mocegos (Passos等人,2010)e, entre elas, apenas as uma espacencyhematófaga: D. rotundus。2019年2月7日,巴西巴西环境立法委员会通过了一项关于环境保护的立法,并于2019年2月7日通过了《巴西环境保护条例》(以下简称《条例》)。接收日期为2019年10月21日。编辑协会:马里亚诺Sánchez。Versión在线ISSN 2618-4788 http://doi.org/10.31687/saremNmS.19.0.15 andr<e:1> Alberto Witt;菲利普·科戈·门德斯;汉密尔顿C. Z.格里洛;小威尔逊·霍夫迈斯特·尼尔顿Antônio Rossato N OTAS S O B R E MA M í F E O S S S U AM E R I C A N O S 3控制数据populações附录para esta espacei (IBAMA 2006)。No里约热内卢Grande do Sul, a competência do atendimenente e execute<s:1> <s:1> to destas normas estas <s:1> a destas normas estas <s:1> a desdesional desdesdesdesdesdesdesdesdesdesdesdesdesdesdesdesional de Defesa Sanitária Animal, a questinserida a questional desional da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR)。Em colaboracao ao estudo尤其病毒Em morcegos hematofagos realizado没有(里约热内卢Grande do Sul (Licenca ICMBio 61537 - 1) com apoio da SEAPDR, os之间迪亚斯15 17 2019年里约热内卢de非常范例·德·d·youngi有孔虫capturados Em乌玛propriedade农村没有市政厅de浅滩Seca mesorregiao centro ocidental-riograndense(29°41”77年代,53 18°66”O)。formacao florestal predominante e一个每月给estacional蜕膜aluvial,as a área encontrse intensamente antropizada, e carterizada pela prenprena de laouras de arroas a cricria <s:1> de bovinos de leite, as a atlas - ntica和Pampa的生物限制。As capturas foram realizadas com quatro redes de neblina (12 x 3 m), colocadas próximas ao abrigo das durante três noites consecutivas, perfazendo um esfor<s:1> amostral de 864 m2 hora,符合por Straube & Bianconi(2002)的建议。Para cada exemplar foi registrado o peso, a travacos do uso de balana Pesola®(100 g±0.5),o sexo(观察o直接),e o comririto do antebrao, utizando paquímetro Mitutoyo (150 mm±0.01)。O总dos范例信息自由depositado em通过umida na colecao cientifica de Zoologia南达圣克鲁斯大学(CZSC / UNISC)呜咽os是CZSC M-01, CZSC M-02 e CZSC M-03 (Tabela 01)。Os morcegos foram identificados com auxílio das chaves propostas por Díaz et al. (2016) e Oliveira et al.(2017)。雏菊(Diaemus young)现生,雏菊(Diaemus young)现生,雏菊(possui calcar nem cauda)现生,雏菊(disemus young)现生,雏菊(disemus young)现生,雏菊(disemus young)现生,雏菊(disemus young)现生,雏菊(disemus young)现生;植物学报(英文版)2007;Kwon & Gardner, 2007)(图1)。Quando irritada a espacei emite forte odor por glndulas situadas no interior da boca, junto às bochechas, característica somente encontrada nesta espacei de morcego hematófago (Greenhall & Schutt-Jr, 1996)。研究人员在报告中说:“我们的研究对象是人类的<s:1> <s:1> <s:1> <s:1> <s:1> <s:1> <s:1> <s:1>的分布和分布”,“我们的研究对象是人类的<s:1> <s:1> <s:1> <s:1>的分布和生物的分布”,“我们的研究对象是人类的生物的分布和生态的分布”,“我们的研究对象是人类的生物的分布和生态的分布”(Aguiar等人,2006年)。O status de conserva<s:1> O da espacei ao longo de sua distributor <s:1> O geográfica <s:1> classificado como de menor preocupa<s:1> <s:1> O”pela unio international de conserva<s:1> <s:1> O da Natureza (IUCN) (Barquez et al. 2015)。Embora a espendasscie posententi -se do sangue de mamíferos, principalmentmente (Goodwin & Greenhall 1961;Greenhall & Schutt-Jr, 1996年),以及david . youngi (Kwon & Gardner, 2007;Costa et al. 2008)。 巴西研究鸟类的攻击的里约热内卢州的2000年和2006年之间,发现无数物种捕食,包括被孔雀蓝色(孔雀cristatus)鸡,火鸡(火鸡),d́安哥拉Diaemus youngi南里奥格兰德州州,巴西N OTAS B - R和M M F和罗在M - R和C S U N S 4(努米底亚的情形),鸡́安哥拉vulturinas (Acryllium vulturinun)和绿色的孔雀(孔雀muticus),除了家鸡(Gallus Gallus domesticus) (Costa et al. 2008)。在我们的研究中,即使有大量的其他类型的猎物,如牛和猪,只有家禽(Gallus Gallus domesticus)和安哥拉(Numida meleagris)受到攻击。根据Costa等人(2008)的观察,这些鸟在鸡舍外的本地树木中过夜,如Inga -macaco (Inga sessilis)、timbauva (Enterolobium contortisiliquum)和引入的桉树(Eucaliptus sp.),高度从3米到10米不等。D. youngi的自然分布区域横跨墨西哥领土,穿过中美洲、特立尼达岛、委内瑞拉、苏里南、法属圭亚那、亚马逊盆地、玻利维亚、巴拉圭、巴西东部直到阿根廷北部(Greenhall & Schutt-Jr 1996;= =地理= =根据美国人口普查,这个县的总面积为,其中土地和(3.064平方公里)水。在巴西,到目前为止,只有阿克州、阿拉格斯州、亚马逊州、amapa州、巴伊亚州、联邦区、goias、米纳斯吉拉斯州、马托格罗索州、南马托格罗索州、para州、parana州、伯南布哥州、里约热内卢州和sao保罗州有记录(Aguiar et al. 2006;猎鹰2007;他的父亲是一名律师,母亲是一名律师。Pedroso等人2018;霍普等人,2019)。地图权由物种的分布与加德纳(2007),Barquez et al。(2015)已经表明,可以表现出更大的地理范围,指出作为一种南美南端Bonpland的阿根廷(镇北部的记录,很明显),346公里(如果)现场观察这项研究。这项研究有助于扩大该物种在巴西南部的已知地理分布,因为Restinga Seca距离该国最南端的记录parana(图2)477公里,非常接近Pampa生物群落的边界。另一方面,它有助于了解大南州蝙蝠的多样性,使现有蝙蝠的数量达到41种。因此,建议在大南澳进行进一步的研究,以完善对该物种种群分布和密度的认识,并评估该物种在巴西的保护状况
Primeiro registro de Diaemus youngi (Jentink, 1893) no estado do Rio Grande do Sul, Brasil
In January 2019, the State Department of Agriculture, Livestock and Rural Development investigated a case of aggression to domestic and exotic birds by blood-eating bats in the city of Restinga Seca, within the boundaries of the Atlantic Forest and Pampa biomes. Three male D. youngi individuals were captured on the rural property with mist nets near the trees that served as bird shelter. This study broadens our knowledge of bat diversity in Rio Grande do Sul, being the first record of the species for this State and the southernmost record for Brazil: 447 km away from the southernmost point recorded until today (Iguaçu National Park, Paraná state). Key-words: Atlantic Forest, hematophagous bats, geographic distribution, predation No Brasil ocorrem 182 espécies de morcegos, dentre as quais três são hematófagas: Desmodus rotundus (E. Geoffroy Saint-Hilaire, 1810), Dyphilla ecaudata Spix, 1823 e Diaemus youngi (Jentink, 1893) (Nogueira et al. 2018). No estado do Rio Grande do Sul foram reconhecidas até o momento 40 espécies de morcegos (Passos et al. 2010) e, entre elas, apenas uma espécie hematófaga: D. rotundus. Atualmente, devido à grande importância de D. rotundus no ciclo da raiva dos herbívoros e o risco a saúde humana, a legislação ambiental brasileira permite o Recibido el 7 de febrero de 2019. Aceptado el 21 de octubre de 2019. editor asociado: mariano Sánchez. Versión on-line ISSN 2618-4788 http://doi.org/10.31687/saremNmS.19.0.15 André Alberto Witt; Filippo Cogo Mendes; Hamilton C. Z. Grillo; Jr. Wilson Hoffmeister y Nilton Antônio Rossato N OTAS S O B R E M A M í F E RO S S U DA M E R I C A N O S 3 controle das populações apenas para esta espécie (IBAMA 2006). No Rio Grande do Sul, a competência do atendimento e execução destas normas está a cargo da Divisão de Defesa Sanitária Animal, a qual está inserida na Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR). Em colaboração ao estudo sobre vírus em morcegos hematófagos realizado no Rio Grande do Sul (Licença ICMBio 61537-1) com apoio da SEAPDR, entre os dias 15 a 17 de janeiro de 2019, três exemplares de D. youngi foram capturados em uma propriedade rural no município de Restinga Seca, mesorregião centro ocidental-riograndense (29° 41’ 48,77” S, 53° 18’ 20,66” O). A formação florestal predominante é a floresta estacional decidual aluvial, mas a área encontra-se intensamente antropizada e caracterizada pela presença de lavouras de arroz e criação de bovinos de leite, situando-se nos limites dos biomas de Mata Atlântica e Pampa. As capturas foram realizadas com quatro redes de neblina (12 x 3 m), colocadas próximas ao abrigo das aves durante três noites consecutivas, perfazendo um esforço amostral de 864 m2 hora, conforme proposto por Straube & Bianconi (2002). Para cada exemplar foi registrado o peso, a través do uso de balança Pesola® (100 g ± 0.5), o sexo (por observação direta), e o comprimento do antebraço, utilizando paquímetro Mitutoyo (150 mm ± 0.01). O total dos exemplares foi depositado em via úmida na coleção científica de Zoologia da Universidade de Santa Cruz do Sul (CZSC/ UNISC) sob os números CZSC M-01, CZSC M-02 e CZSC M-03 (Tabela 01). Os morcegos foram identificados com auxílio das chaves propostas por Díaz et al. (2016) e Oliveira et al. (2017). Diaemus youngi apresenta orelhas curtas, não possui calcar nem cauda, e distingue-se das outras espécies por apresentar as pontas das asas brancas e apenas uma única almofada no dedo polegar, enquanto Desmodus apresenta duas; já Diphylla não possui esta estrutura (Aguiar 2007; Kwon & Gardner 2007) (Fig. 1). Quando irritada a espécie emite forte odor por glândulas situadas no interior da boca, junto às bochechas, característica somente encontrada nesta espécie de morcego hematófago (Greenhall & Schutt-Jr 1996). Apesar de ser considerada uma espécie rara, devido ao fato de apresentar uma ampla distribuição geográfica, e a que pouco se conhece sobre a biologia e ecologia da espécie, D. youngi não consta na lista da fauna silvestre brasileira como ameaçada de extinção (Aguiar et al. 2006). O status de conservação da espécie ao longo de sua distribuição geográfica é classificado como de “menor preocupação” pela União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN) (Barquez et al. 2015). Embora a espécie possa alimentar-se do sangue de mamíferos, principalmente em cativeiro (Goodwin & Greenhall 1961; Greenhall & Schutt-Jr 1996), as aves são presas preferenciais de D. youngi (Kwon & Gardner 2007; Costa et al. 2008). No Brasil, um estudo sobre o ataque a aves no Estado do Rio de Janeiro, entre os anos de 2000 e 2006, constatou a predação de inúmeras espécies exóticas, entre as quais foram citadas o pavão azul (Pavo cristatus), perús (Meleagris gallopavo), galinhas d ́angola Diaemus youngi no estado do Rio Grande do Sul, Brasil N OTAS S O B R E M A M í F E RO S S U DA M E R I C A N O S 4 (Numidia meleagris), galinhas d ́angola vulturinas (Acryllium vulturinun) e pavões verdes (Pavo muticus), além de galinhas domésticas (Gallus gallus domesticus) (Costa et al. 2008). Em nosso estudo, mesmo com a presença e abundância de outros tipos de presas disponíveis, como bovinos e suínos, somente aves domésticas (Gallus gallus domesticus) e angolistas (Numida meleagris) foram atacadas. As aves pernoitavam fora dos galinheiros, em árvores nativas, como ingá-macaco (Inga sessilis), timbaúva (Enterolobium contortisiliquum) e introduzidas, como eucaliptos (Eucaliptus sp.), em alturas que variaram entre 3 e 10 metros, concordando com as observações de Costa et al. (2008). A área de distribuição natural D. youngi se estende através dos territórios do México, passando pela América Central, Ilha de Trinidad, Venezuela, Suriname, Guianas Francesas, Bacia Amazônica, Bolívia, Paraguai, leste do Brasil até o norte da Argentina (Greenhall & Schutt-Jr 1996; Kwon & Gardner 2007). No Brasil, até o presente momento, existiam registros somente para os estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo (Aguiar et al. 2006; Falcão 2007; Kwon & Gardner 2007; Pedroso et al. 2018; Hoppe et al. 2019). Mapas da distribuição da espécie elaborados por Kwon & Gardner (2007) e Barquez et al. (2015) já indicavam que a espécie poderia apresentar maior área de distribuição geográfica, apontando como ponto mais austral na América do Sul um registro do norte da Argentina (localidade de Bonpland, Misiones), distante 346 km (SE) do local observado neste estudo. Este estudo contribui para a ampliação da distribuição geográfica conhecida para espécie no sul do Brasil, dado que Restinga Seca se encontra a 477 km (NO) de distância do registro mais austral para este pais, no Paraná (Fig. 2), muito próximo do limite do bioma Pampa. Por outra parte contribui para o conhecimento da diversidade de morcegos no Rio Grande do Sul, elevando o número a 41 espécies existentes. Assim sendo, sugere-se que outros estudos sejam realizados no Rio Grande do Sul, que permitam refinar o conhecimento respeito à distribuição e densidade das populações desta espécie, bem como avaliar o estado de conservação da mesma na