{"title":"(重新)调解的博物馆","authors":"Artur Jorge De Matos Alves","doi":"10.31211/interacoes.n42.2022.a3","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo analisa o caso do Museu Nacional do Rio de Janeiro, destruído por um incêndio em 2018, para o qual um projeto de parceria com a Google possibilitou a criação de uma visita virtual online na plataforma Google Arts and Culture. Em primeiro lugar, o artigo propõe pensar a digitalização do museu como media situado enquanto processo de remediação. Em segundo lugar, este texto questiona criticamente a viabilidade de plataformas digitais privadas como a Google Arts and Culture como sistema de remediação de um património comum. Oferece-se uma crítica à reconstituição virtual, problematizando o solucionismo tecnológico e a economia política das plataformas digitais, em particular quando aplicadas à resolução dos problemas de preservação e divulgação do património cultural. Conclui-se que esta adaptação constitui uma remediação limitada, porquanto acentua a centralidade da plataforma em detrimento da experiência do museu, e se circunscreve à apresentação da imagem do museu, sem permitir a leitura creativa e reinterpretativa que carateriza o media-museu.","PeriodicalId":222431,"journal":{"name":"Interações: Sociedade e as novas modernidades","volume":"43 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Um Museu (Re)Mediado\",\"authors\":\"Artur Jorge De Matos Alves\",\"doi\":\"10.31211/interacoes.n42.2022.a3\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo analisa o caso do Museu Nacional do Rio de Janeiro, destruído por um incêndio em 2018, para o qual um projeto de parceria com a Google possibilitou a criação de uma visita virtual online na plataforma Google Arts and Culture. Em primeiro lugar, o artigo propõe pensar a digitalização do museu como media situado enquanto processo de remediação. Em segundo lugar, este texto questiona criticamente a viabilidade de plataformas digitais privadas como a Google Arts and Culture como sistema de remediação de um património comum. Oferece-se uma crítica à reconstituição virtual, problematizando o solucionismo tecnológico e a economia política das plataformas digitais, em particular quando aplicadas à resolução dos problemas de preservação e divulgação do património cultural. Conclui-se que esta adaptação constitui uma remediação limitada, porquanto acentua a centralidade da plataforma em detrimento da experiência do museu, e se circunscreve à apresentação da imagem do museu, sem permitir a leitura creativa e reinterpretativa que carateriza o media-museu.\",\"PeriodicalId\":222431,\"journal\":{\"name\":\"Interações: Sociedade e as novas modernidades\",\"volume\":\"43 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-06-30\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Interações: Sociedade e as novas modernidades\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.31211/interacoes.n42.2022.a3\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Interações: Sociedade e as novas modernidades","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.31211/interacoes.n42.2022.a3","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Este artigo analisa o caso do Museu Nacional do Rio de Janeiro, destruído por um incêndio em 2018, para o qual um projeto de parceria com a Google possibilitou a criação de uma visita virtual online na plataforma Google Arts and Culture. Em primeiro lugar, o artigo propõe pensar a digitalização do museu como media situado enquanto processo de remediação. Em segundo lugar, este texto questiona criticamente a viabilidade de plataformas digitais privadas como a Google Arts and Culture como sistema de remediação de um património comum. Oferece-se uma crítica à reconstituição virtual, problematizando o solucionismo tecnológico e a economia política das plataformas digitais, em particular quando aplicadas à resolução dos problemas de preservação e divulgação do património cultural. Conclui-se que esta adaptação constitui uma remediação limitada, porquanto acentua a centralidade da plataforma em detrimento da experiência do museu, e se circunscreve à apresentação da imagem do museu, sem permitir a leitura creativa e reinterpretativa que carateriza o media-museu.