{"title":"尼采的记忆:","authors":"W. M. Silva, João Diogenes Ferreira Dos Santos","doi":"10.5335/srph.v21i2.13746","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo tem por objetivo trazer a dança sagrada na memória e história de Nietzsche através das comunidades de terreiros, compreendida como expressões corporais representadas através da memória no que diz respeito à dança, o corpo e os toques da Orixá Oxum, bem como, a ação de lembrar trazendo o pressuposto de que a memória também é uma instância de criação e existência. Além disso, apontar como é possível pensar a dança e o corpo como elementos constitutivos da dança e filosofia de Nietzsche. Embalados pela problemática: como a dança sagrada nos terreiros de candomblé da nação ketu/Nagô reflete a memória em movimento trazida por Nietzsche? Com isso propomos uma discussão das teorias embasada de Nietzsche que nos contribui a situar a memória em movimento através dos acontecimentos que resulta nas relações sociais de grupos contribuídas através da história, contatos, lembranças, expressões e recordações. Como metodologia de pesquisa, faremos uma busca no acervo utilizando o referencial teórico de Nietzsche e suas concepções de dionisíatico, apolíneo presentes na obra de Nietzshe: Assim falou Zaratustra, para pensarmos nas relações do corpo e dança na construção de uma vida de arte e da superação do homem e da relação destruição-criação entre o apolíneo e o dionisíaco, discutindo a imagem do corpo e da dança como movimento de superação, abrindo perspectiva acerca da vida e da mais profunda necessidade de afirmação que o candomblé congrega valores das diversas etnias africanas, como forma de resitência, imbuído na vontade de ensinar o ser humano o sentido de ser. Dessa forma, as memórias contidas na dança em seus corpos incorporados pelos/as Orixás, transmitem as suas narrativas míticas, podendo ser aplicada na força espiritual que contribui para a resitência e sobrevivência nos terreiros de candomblé, para sua (re)significação religiosa e comunitária. mesmo diante dos sofrimentos ocorridos relacionados ao racismo e preconceito religioso.","PeriodicalId":445484,"journal":{"name":"Semina - Revista dos Pós-Graduandos em História da UPF","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Memória em Nietzshe:\",\"authors\":\"W. M. Silva, João Diogenes Ferreira Dos Santos\",\"doi\":\"10.5335/srph.v21i2.13746\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo tem por objetivo trazer a dança sagrada na memória e história de Nietzsche através das comunidades de terreiros, compreendida como expressões corporais representadas através da memória no que diz respeito à dança, o corpo e os toques da Orixá Oxum, bem como, a ação de lembrar trazendo o pressuposto de que a memória também é uma instância de criação e existência. Além disso, apontar como é possível pensar a dança e o corpo como elementos constitutivos da dança e filosofia de Nietzsche. Embalados pela problemática: como a dança sagrada nos terreiros de candomblé da nação ketu/Nagô reflete a memória em movimento trazida por Nietzsche? Com isso propomos uma discussão das teorias embasada de Nietzsche que nos contribui a situar a memória em movimento através dos acontecimentos que resulta nas relações sociais de grupos contribuídas através da história, contatos, lembranças, expressões e recordações. Como metodologia de pesquisa, faremos uma busca no acervo utilizando o referencial teórico de Nietzsche e suas concepções de dionisíatico, apolíneo presentes na obra de Nietzshe: Assim falou Zaratustra, para pensarmos nas relações do corpo e dança na construção de uma vida de arte e da superação do homem e da relação destruição-criação entre o apolíneo e o dionisíaco, discutindo a imagem do corpo e da dança como movimento de superação, abrindo perspectiva acerca da vida e da mais profunda necessidade de afirmação que o candomblé congrega valores das diversas etnias africanas, como forma de resitência, imbuído na vontade de ensinar o ser humano o sentido de ser. Dessa forma, as memórias contidas na dança em seus corpos incorporados pelos/as Orixás, transmitem as suas narrativas míticas, podendo ser aplicada na força espiritual que contribui para a resitência e sobrevivência nos terreiros de candomblé, para sua (re)significação religiosa e comunitária. mesmo diante dos sofrimentos ocorridos relacionados ao racismo e preconceito religioso.\",\"PeriodicalId\":445484,\"journal\":{\"name\":\"Semina - Revista dos Pós-Graduandos em História da UPF\",\"volume\":\"1 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-09-15\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Semina - Revista dos Pós-Graduandos em História da UPF\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.5335/srph.v21i2.13746\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Semina - Revista dos Pós-Graduandos em História da UPF","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5335/srph.v21i2.13746","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Este artigo tem por objetivo trazer a dança sagrada na memória e história de Nietzsche através das comunidades de terreiros, compreendida como expressões corporais representadas através da memória no que diz respeito à dança, o corpo e os toques da Orixá Oxum, bem como, a ação de lembrar trazendo o pressuposto de que a memória também é uma instância de criação e existência. Além disso, apontar como é possível pensar a dança e o corpo como elementos constitutivos da dança e filosofia de Nietzsche. Embalados pela problemática: como a dança sagrada nos terreiros de candomblé da nação ketu/Nagô reflete a memória em movimento trazida por Nietzsche? Com isso propomos uma discussão das teorias embasada de Nietzsche que nos contribui a situar a memória em movimento através dos acontecimentos que resulta nas relações sociais de grupos contribuídas através da história, contatos, lembranças, expressões e recordações. Como metodologia de pesquisa, faremos uma busca no acervo utilizando o referencial teórico de Nietzsche e suas concepções de dionisíatico, apolíneo presentes na obra de Nietzshe: Assim falou Zaratustra, para pensarmos nas relações do corpo e dança na construção de uma vida de arte e da superação do homem e da relação destruição-criação entre o apolíneo e o dionisíaco, discutindo a imagem do corpo e da dança como movimento de superação, abrindo perspectiva acerca da vida e da mais profunda necessidade de afirmação que o candomblé congrega valores das diversas etnias africanas, como forma de resitência, imbuído na vontade de ensinar o ser humano o sentido de ser. Dessa forma, as memórias contidas na dança em seus corpos incorporados pelos/as Orixás, transmitem as suas narrativas míticas, podendo ser aplicada na força espiritual que contribui para a resitência e sobrevivência nos terreiros de candomblé, para sua (re)significação religiosa e comunitária. mesmo diante dos sofrimentos ocorridos relacionados ao racismo e preconceito religioso.