Ana Karla Almeida Gomes, Samille Vitória Siqueira Aguiar, Bruno Cavalcante Linhares, S. E. D. Silva
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Resultados: Os países desenvolvidos, como os Estados Unidos, são os maiores consumidores de AUPs, onde 59% das calorias diárias dos americanos são oriundas desses produtos. No Brasil esse percentual é de 20%. Em 2019, 9% da população brasileira consumia esses alimentos, mas em 2020, com a pandemia, o consumo saltou para 16%. Esses dados merecem um olhar da saúde pública, pois sabe-se que a alta ingestão de AUPs está diretamente relacionado ao risco de desenvolver obesidade e doenças cardiovasculares. Um estudo realizado na França com adultos durante 10 anos mostrou elevação de 10% na ingestão de AUPs e os autores associaram essa elevação com sobrepeso (11%) e risco de desenvolver obesidade (9%). Um outro estudo, onde os participantes alimentaram-se livremente com AUPs ou minimamente processadas por 14 dias revelou que, nas dietas com AUPs, foi consumido 500 calorias/dia a mais e os participantes ganharam 900g de massa gorda. Sabe-se que os refrigerantes também são produtos ultraprocessados e o seu alto consumo está associado com alta prevalência de obesidade e outras doenças crônicas, como a diabetes. Além disso, a elevada ingestão de AUPs, ricos em gorduras, pode alterar o perfil lipídico de jovens, com LDL e colesterol total altos, aumentando o risco cardiovascular e metabólico na vida adulta. Conclusão: O alto consumo de AUPs traz vários riscos à saúde e está fortemente associado com o desenvolvimento de obesidade. 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A RELAÇÃO DO CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS COM O DESENVOLVIMENTO DA OBESIDADE.
Introdução: Os alimentos ultraprocessados (AUPs) são derivados de alimentos in natura que passam por várias etapas e técnicas de processamento, com adição de ingredientes que aumentam seu sabor e durabilidade, tais como açúcar, óleos, gorduras, sódio. Esses alimentos são danosos a saúde e estão influenciando o padrão alimentar da população por serem pré-prontos, hiperpalatáveis e de baixo custo. Objetivo: Avaliar a relação do consumo de alimentos AUPs com o desenvolvimento de obesidade. Método: Revisão de literatura que incluiu estudos publicados nos últimos dois anos, no Pubmed, sobre alimentos ultraprocessados, acarretando a obesidade e interferindo na saúde. Foram incluídos quatro artigos para a presente revisão. Resultados: Os países desenvolvidos, como os Estados Unidos, são os maiores consumidores de AUPs, onde 59% das calorias diárias dos americanos são oriundas desses produtos. No Brasil esse percentual é de 20%. Em 2019, 9% da população brasileira consumia esses alimentos, mas em 2020, com a pandemia, o consumo saltou para 16%. Esses dados merecem um olhar da saúde pública, pois sabe-se que a alta ingestão de AUPs está diretamente relacionado ao risco de desenvolver obesidade e doenças cardiovasculares. Um estudo realizado na França com adultos durante 10 anos mostrou elevação de 10% na ingestão de AUPs e os autores associaram essa elevação com sobrepeso (11%) e risco de desenvolver obesidade (9%). Um outro estudo, onde os participantes alimentaram-se livremente com AUPs ou minimamente processadas por 14 dias revelou que, nas dietas com AUPs, foi consumido 500 calorias/dia a mais e os participantes ganharam 900g de massa gorda. Sabe-se que os refrigerantes também são produtos ultraprocessados e o seu alto consumo está associado com alta prevalência de obesidade e outras doenças crônicas, como a diabetes. Além disso, a elevada ingestão de AUPs, ricos em gorduras, pode alterar o perfil lipídico de jovens, com LDL e colesterol total altos, aumentando o risco cardiovascular e metabólico na vida adulta. Conclusão: O alto consumo de AUPs traz vários riscos à saúde e está fortemente associado com o desenvolvimento de obesidade. É imperativo que a população reduza o consumo desses alimentos em prol de uma alimentação saudável.