{"title":"Feminismos e literatura:","authors":"Érica Estefany Borges De Aguiar","doi":"10.5335/srph.v22i1.13656","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo pretende analisar de que modo as feministas do jornal Mulherio retrataram as transformações culturais da década de 1980, sobretudo, em relação às práticas sexuais femininas. Naquele momento, as mulheres passavam a retratar as experiências com o próprio corpo e sexualidade nas produções literárias, que eram impulsionadas nas páginas do periódico paulistano Mulherio como indicação às leitoras. Paralelamente, elas precisavam lidar com o conservadorismo presente no discurso religioso, a censura proveniente do regime civil-militar, e com a violência e as inseguranças masculinas que se apresentam como reação à nova identidade feminina, por sua vez, sexualmente ativa e descentrada da maternidade. Argumenta-se que as páginas do Mulherio trabalharam para a divulgação do movimento de liberação sexual feminina e na construção de uma rede de apoio entre as leitoras com o intuito de promover a crítica feminista aos papéis sexuais.","PeriodicalId":445484,"journal":{"name":"Semina - Revista dos Pós-Graduandos em História da UPF","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Semina - Revista dos Pós-Graduandos em História da UPF","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5335/srph.v22i1.13656","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Este artigo pretende analisar de que modo as feministas do jornal Mulherio retrataram as transformações culturais da década de 1980, sobretudo, em relação às práticas sexuais femininas. Naquele momento, as mulheres passavam a retratar as experiências com o próprio corpo e sexualidade nas produções literárias, que eram impulsionadas nas páginas do periódico paulistano Mulherio como indicação às leitoras. Paralelamente, elas precisavam lidar com o conservadorismo presente no discurso religioso, a censura proveniente do regime civil-militar, e com a violência e as inseguranças masculinas que se apresentam como reação à nova identidade feminina, por sua vez, sexualmente ativa e descentrada da maternidade. Argumenta-se que as páginas do Mulherio trabalharam para a divulgação do movimento de liberação sexual feminina e na construção de uma rede de apoio entre as leitoras com o intuito de promover a crítica feminista aos papéis sexuais.