Ana Clara Gomes Silvestre Barreto, Ingryd Francine Laurindo Novais, Danilo Batista Oliveira, J. Torres, Matheus dos Santos Borges, Suzana Papile Maciel
{"title":"巴西塞吉佩州COVID-19大流行期间针对妇女的家庭暴力研究","authors":"Ana Clara Gomes Silvestre Barreto, Ingryd Francine Laurindo Novais, Danilo Batista Oliveira, J. Torres, Matheus dos Santos Borges, Suzana Papile Maciel","doi":"10.21117/rbol-v9n32022-455","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A violência contra a mulher corresponde a qualquer ação ou omissão, baseada em gênero, causando morte, lesão, sofrimento físico, sexual, entre outros, contrariando as leis de proteção à vítima, como a Lei Maria da Penha. Devido à alta exposição das estruturas anatômicas da face, é comum a presença de lesões nesta região. A análise pericial dessas áreas carece de conhecimento especializado acerca da anatomia bucomaxilofacial, portanto o cirurgião dentista é essencial no exame pericial, objetivando auxiliar na produção de provas e, consequentemente, na materialização da justiça. A COVID-19 trouxe como consequências o aumento da carga doméstica, estresse, limitações e tensões dentro dos lares. O objetivo do presente trabalho é explorar a violência doméstica contra a mulher durante a pandemia em Sergipe. Foram analisados 304 laudos no período de 2020-2021, no Instituto Médico Legal de Sergipe (IML-SE), exibindo a faixa etária mais acometida de 17 a 39 anos, agredidas pelo companheiro atual (35,86%). As agressões se iniciam verbalmente, evoluindo para violência física, com instrumentos contundentes (82,46%), produzindo lesões contusas (84,64%), na face (10,81%). Conclui-se que a violência doméstica persistiu como um problema de saúde pública, crescente, durante a pandemia, no estado de Sergipe. Sendo assim, sugere-se a discussão sobre formas de aplicação mais eficientes das medidas legais existentes, no sentido de controlar e prevenir tal situação.","PeriodicalId":187893,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Odontologia Legal","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-03-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"ESTUDO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 NO ESTADO DE SERGIPE, BRASIL\",\"authors\":\"Ana Clara Gomes Silvestre Barreto, Ingryd Francine Laurindo Novais, Danilo Batista Oliveira, J. Torres, Matheus dos Santos Borges, Suzana Papile Maciel\",\"doi\":\"10.21117/rbol-v9n32022-455\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A violência contra a mulher corresponde a qualquer ação ou omissão, baseada em gênero, causando morte, lesão, sofrimento físico, sexual, entre outros, contrariando as leis de proteção à vítima, como a Lei Maria da Penha. Devido à alta exposição das estruturas anatômicas da face, é comum a presença de lesões nesta região. A análise pericial dessas áreas carece de conhecimento especializado acerca da anatomia bucomaxilofacial, portanto o cirurgião dentista é essencial no exame pericial, objetivando auxiliar na produção de provas e, consequentemente, na materialização da justiça. A COVID-19 trouxe como consequências o aumento da carga doméstica, estresse, limitações e tensões dentro dos lares. O objetivo do presente trabalho é explorar a violência doméstica contra a mulher durante a pandemia em Sergipe. Foram analisados 304 laudos no período de 2020-2021, no Instituto Médico Legal de Sergipe (IML-SE), exibindo a faixa etária mais acometida de 17 a 39 anos, agredidas pelo companheiro atual (35,86%). As agressões se iniciam verbalmente, evoluindo para violência física, com instrumentos contundentes (82,46%), produzindo lesões contusas (84,64%), na face (10,81%). Conclui-se que a violência doméstica persistiu como um problema de saúde pública, crescente, durante a pandemia, no estado de Sergipe. Sendo assim, sugere-se a discussão sobre formas de aplicação mais eficientes das medidas legais existentes, no sentido de controlar e prevenir tal situação.\",\"PeriodicalId\":187893,\"journal\":{\"name\":\"Revista Brasileira de Odontologia Legal\",\"volume\":\"1 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-03-04\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Brasileira de Odontologia Legal\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.21117/rbol-v9n32022-455\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Odontologia Legal","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21117/rbol-v9n32022-455","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
ESTUDO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 NO ESTADO DE SERGIPE, BRASIL
A violência contra a mulher corresponde a qualquer ação ou omissão, baseada em gênero, causando morte, lesão, sofrimento físico, sexual, entre outros, contrariando as leis de proteção à vítima, como a Lei Maria da Penha. Devido à alta exposição das estruturas anatômicas da face, é comum a presença de lesões nesta região. A análise pericial dessas áreas carece de conhecimento especializado acerca da anatomia bucomaxilofacial, portanto o cirurgião dentista é essencial no exame pericial, objetivando auxiliar na produção de provas e, consequentemente, na materialização da justiça. A COVID-19 trouxe como consequências o aumento da carga doméstica, estresse, limitações e tensões dentro dos lares. O objetivo do presente trabalho é explorar a violência doméstica contra a mulher durante a pandemia em Sergipe. Foram analisados 304 laudos no período de 2020-2021, no Instituto Médico Legal de Sergipe (IML-SE), exibindo a faixa etária mais acometida de 17 a 39 anos, agredidas pelo companheiro atual (35,86%). As agressões se iniciam verbalmente, evoluindo para violência física, com instrumentos contundentes (82,46%), produzindo lesões contusas (84,64%), na face (10,81%). Conclui-se que a violência doméstica persistiu como um problema de saúde pública, crescente, durante a pandemia, no estado de Sergipe. Sendo assim, sugere-se a discussão sobre formas de aplicação mais eficientes das medidas legais existentes, no sentido de controlar e prevenir tal situação.