{"title":"Pelourinho de Mariana,野蛮的纪念碑","authors":"Roberto Conduru","doi":"10.54575/cbha.40.12","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O texto trata do Pelourinho de Mariana, em Minas Gerais, no sudeste do Brasil, que foi construído por José Moreira de Mattos a partir de 1750, destruído em 1871 e reconstruído em 1981, segundo um projeto elaborado em 1938 por José Wasth Rodrigues a partir do auto de arrematação da obra, com algumas de suas partes remanescentes e novos elementos. É possível supor que a reconstrução do monumento resultou da tentativa de restaurar a configuração original de uma das principais praças construídas pelos portugueses na América do Sul, atuando contra as práticas de ocultação de certos aspectos da história no Brasil. Entretanto, a obra também pode ser lida como um índice peculiar de outros períodos antidemocráticos da história do país: o Estado Novo, entre 1937 e 1945, e a ditadura militar-civil vigente entre 1964 e 1985. E vista ainda como estímulo ao racismo vigente na sociedade brasileira.","PeriodicalId":338705,"journal":{"name":"Anais do 40º Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte: Pesquisas em diálogo (evento online), 7-11 nov. 2020","volume":"54 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Pelourinho de Mariana, monumento à barbárie\",\"authors\":\"Roberto Conduru\",\"doi\":\"10.54575/cbha.40.12\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O texto trata do Pelourinho de Mariana, em Minas Gerais, no sudeste do Brasil, que foi construído por José Moreira de Mattos a partir de 1750, destruído em 1871 e reconstruído em 1981, segundo um projeto elaborado em 1938 por José Wasth Rodrigues a partir do auto de arrematação da obra, com algumas de suas partes remanescentes e novos elementos. É possível supor que a reconstrução do monumento resultou da tentativa de restaurar a configuração original de uma das principais praças construídas pelos portugueses na América do Sul, atuando contra as práticas de ocultação de certos aspectos da história no Brasil. Entretanto, a obra também pode ser lida como um índice peculiar de outros períodos antidemocráticos da história do país: o Estado Novo, entre 1937 e 1945, e a ditadura militar-civil vigente entre 1964 e 1985. E vista ainda como estímulo ao racismo vigente na sociedade brasileira.\",\"PeriodicalId\":338705,\"journal\":{\"name\":\"Anais do 40º Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte: Pesquisas em diálogo (evento online), 7-11 nov. 2020\",\"volume\":\"54 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"1900-01-01\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Anais do 40º Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte: Pesquisas em diálogo (evento online), 7-11 nov. 2020\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.54575/cbha.40.12\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do 40º Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte: Pesquisas em diálogo (evento online), 7-11 nov. 2020","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.54575/cbha.40.12","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
O texto trata do Pelourinho de Mariana, em Minas Gerais, no sudeste do Brasil, que foi construído por José Moreira de Mattos a partir de 1750, destruído em 1871 e reconstruído em 1981, segundo um projeto elaborado em 1938 por José Wasth Rodrigues a partir do auto de arrematação da obra, com algumas de suas partes remanescentes e novos elementos. É possível supor que a reconstrução do monumento resultou da tentativa de restaurar a configuração original de uma das principais praças construídas pelos portugueses na América do Sul, atuando contra as práticas de ocultação de certos aspectos da história no Brasil. Entretanto, a obra também pode ser lida como um índice peculiar de outros períodos antidemocráticos da história do país: o Estado Novo, entre 1937 e 1945, e a ditadura militar-civil vigente entre 1964 e 1985. E vista ainda como estímulo ao racismo vigente na sociedade brasileira.