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A branquitude na práxis clínica de um homem branco
INTRODUÇÃO Dedico-me neste texto a uma problematização básica sobre a influência da branquitude [do analista] na práxis clínica psicanalítica. Ou seja: o impacto que o fato de eu ser branco tem no exercício de meu ofício de analista. Tenho por evidente que esse impacto existe, e consigo discriminar algumas vertentes para sua incidência, que elenco e comento adiante no texto. Já adianto, de qualquer forma, que minha pretensão aqui é apenas apresentar a pertinência do tema em minha experiência e o interesse de que mantenhamos essa questão em vista – não pretendo fazer uma análise exaustiva do assunto nem apresentar um argumento acabado em relação ao tema (para os quais, inclusive, me faltaria preparo técnico). Acho que a publicação mantém sua pertinência nestes termos porque, para ser honesto, sinto que o tema tende a ser um tanto negligenciado em nossa tão branca comunidade, e acho urgente que pensemos juntos sobre isso (sobre o problema, suas implicações e nossas responsabilidades perante ele – tanto no sentido de nossa responsabilidade diante do panorama atual quanto diante do imperativo de transformar a situação).