当代儿童与关怀的概念:解释学现象学的反思

Maira Prieto Bento Dourado
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A condução da criança ao psicoterapeuta envolve dificuldades denominadas cientificamente de “distúrbios”, que se referem ao não ajustamento a modelos normativos constituídos na sociedade e na cultura. São determinações históricas acerca do sentido da experiência infantil e constituem o espaço em que o ser do homem se constitui, mas é preciso pensar de que modo esse homem está em jogo em sua constituição. Em Heidegger, o cuidado se encontra na ontologia dos fenômenos e precede qualquer “atitude” ou “situação” vivida, é estar em jogo na sua existência. O filósofo defende que a criança pertence a uma fase cronológica do ser-aí, não há diferenciação entre ser-aí criança ou ser-aí adulto, e aponta a inclinação atual por diagnósticos, que fecham o homem como substância que possa ser examinada, medida e tratada como objeto. “Verdade”, “diagnóstico” e “cura” são palavras que se encaixam no pensamento calculante da ciência moderna, da técnica, e se revelam no discurso dos pais. 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摘要

从海德格尔关于存在的观点出发,我提出了对当代儿童的理解,以关怀的概念为指导,以理解人在生命最初周期中的存在方式。我使用现象学作为定性的方法论,将理论与作者在儿童心理治疗中的临床实践相结合。首先,我提出了一个基于海德格尔哲学的护理理论讨论,并与相关作者进行了对话。随后,深入研究了与儿童互动的历史路径,以及如何积累新的概念和模式。最后,我提出了海德格尔对儿童存在的看法。引导孩子去看心理治疗师涉及到科学上称为“障碍”的困难,这是指不适应社会和文化中形成的规范模式。它们是关于儿童经验意义的历史决定,构成了人的存在构成的空间,但有必要思考这个人在他的构成中是如何处于危险之中的。在海德格尔看来,关怀存在于现象的本体论中,先于任何“态度”或“情况”,是在其存在中处于危险之中。哲学家认为,儿童属于存在的时间阶段,儿童和成人之间没有区别,并指出目前的诊断倾向,将人封闭为可以检查、测量和作为对象对待的物质。“真理”、“诊断”和“治疗”这些词符合现代科学技术的计算思维,并在父母的话语中显露出来。护理的治疗空间允许对孩子的理解,不是从先验的决定,而是从出现的东西:然后孩子将从他自己的意义被理解。
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A Criança Contemporânea e a Noção de Cuidado: Uma Reflexão a partir da Fenomenologia Hermenêutica
Partindo da perspectiva heideggeriana sobre o ser-aí, apresento uma compreensão da criança na contemporaneidade tendo como fio condutor a noção de cuidado para compreender os modos de ser do homem no ciclo inicial da vida. Utilizei a fenomenologia como metodologia qualitativa, articulando a teoria à prática clínica da autora em psicoterapia infantil. Primeiramente, apresento uma discussão teórica sobre cuidado embasada na filosofia de Heidegger, dialogando com autores afins. Posteriormente, um aprofundamento bibliográfico sobre o percurso histórico das formas de se relacionar com a criança e como acumulam novos conceitos e padrões. Por fim, apresento uma perspectiva heideggeriana do ser-aí da criança. A condução da criança ao psicoterapeuta envolve dificuldades denominadas cientificamente de “distúrbios”, que se referem ao não ajustamento a modelos normativos constituídos na sociedade e na cultura. São determinações históricas acerca do sentido da experiência infantil e constituem o espaço em que o ser do homem se constitui, mas é preciso pensar de que modo esse homem está em jogo em sua constituição. Em Heidegger, o cuidado se encontra na ontologia dos fenômenos e precede qualquer “atitude” ou “situação” vivida, é estar em jogo na sua existência. O filósofo defende que a criança pertence a uma fase cronológica do ser-aí, não há diferenciação entre ser-aí criança ou ser-aí adulto, e aponta a inclinação atual por diagnósticos, que fecham o homem como substância que possa ser examinada, medida e tratada como objeto. “Verdade”, “diagnóstico” e “cura” são palavras que se encaixam no pensamento calculante da ciência moderna, da técnica, e se revelam no discurso dos pais. O espaço terapêutico de cuidado permite a compreensão da criança não a partir de determinações a priori, mas sim naquilo que aparece: a criança será, então, compreendida a partir das suas próprias significações.
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