从混合教育到在线教育:巴西研究生院循证监督学科教学经验报告

Janaína Bianca Barletta, Fabiana Maris Versuti, C. B. Neufeld
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Since changing didactic models and proposals is not a simplified process, it is considered that this discipline has achieved its objectives. This work implicates theoretically by expanding the knowledge in the field of supervision studies in stricto sensu Brazilian postgraduate courses under a constructivist lens. Its practical contributions are grounded on fostering the debate over the adoption of active methodologies mediated by digital technologies in the training of psychologists and psychology researchers. HEADINGS: Education, Graduate; Information Technology; Information Technology. Relato de expeRiência | expeRience RepoRt DOI: 10.5935/1808-5687.20210020 Revista Brasileira de Terapias Cognitivas 2021•17(2)•pp.79-86 Revista Brasileira de Terapias Cognitivas 2021•17(2)•pp.79-86 80 A supervisão é uma atividade inerente à psicologia, reconhecida como elemento essencial para a formação do psicólogo (Barletta et al., 2011). Ainda assim, não há uma definição única do termo, uma vez que a supervisão não é exclusiva do campo de estudo da psicologia. A depender do que está sendo supervisionado (Stilita, 2021), esta atividade ganha contornos mais hierárquicos e autoritários, de gerenciamento de tarefas e de cumprimento de ordens. No contexto da psicologia, ainda com algumas diferenças conceituais, tem-se o foco no desenvolvimento de competências profissionais a fim de fomentar a qualidade do serviço psicológico prestado e favorecer a melhora do desempenho laboral, incluindo o cuidado ético (American Psychological Association [APA], 2014; Barletta & Neufeld, 2020). Assim, esperase que supervisão favoreça resultados eficazes e positivos, bem como promova a segurança e bem-estar de quem a recebe e de quem fornece a prática psicológica. A partir desse raciocínio, a prática baseada em evidências (PBE) é um pilar para a supervisão e, portanto, sustentada por três aspectos indissociáveis (Leonardi, 2016): a) as melhores evidências científicas disponíveis, b) a perícia do profissional e c) as características do indivíduo e do contexto. Logo, ao vislumbrar a supervisão pelas lentes da PBE, as autoras deste relato assumem que esta prática deve apoiar-se: a) em pesquisas referentes à supervisão, à atividade interventiva e à educação, b) em todos os elementos que favorecem a expertise do profissional, como experiência prática, treinamento e formação, metassupervisão, manejo e habilidades de supervisão, entre outros e c) na participação ativa do psicólogo em supervisão no próprio processo de formação. Esse último aspecto abrange a sensibilidade e abertura do supervisor em incorporar os valores, as necessidades, as diferenças culturais e as especificidades de quem receberá a supervisão, do contexto em que se está inserido, da atividade interventiva e de quem receberá o atendimento. Dessa forma, a supervisão não deveria ser baseada apenas na experiência profissional prática, pautada exclusivamente em saberes do cotidiano, e sim, em dados empíricos e aspectos idiossincráticos da demanda que sustentassem as propostas educativas e decisões de trabalho mais efetivas e adequadas, embasadas também em estratégias de ensino-aprendizagem (Barletta & Neufeld, 2020). Milne (2018), um dos pesquisadores mais importantes da área, elaborou um modelo de supervisão clínica baseada em evidências em que destaca a aprendizagem experiencial como fundamental para o desenvolvimento do supervisor. Falender (2018) complementa esta perspectiva, sustentando a necessidade de treinamento do profissional para exercer a prática supervisionada, bem como direcionando a importância da supervisão baseada em competências. De acordo com essa autora, a supervisão baseada em competências é considerada metateórica, ou seja, aplica-se a uma gama diversificada de modelos e teorias. Dessa forma, entende-se que é fundamental conhecer aspectos essenciais do processo supervisionado, bem como reconhecer quais elementos podem interferir no desenvolvimento de competências. Entre os fatores que ancoram esta proposta estão as consequências negativas, danosas e iatrogênicas que a supervisão pode causar, seja a quem recebe a supervisão diretamente, seja a quem recebe a prática do profissional que foi mal supervisionada (Ellis, 2017; Reiser & Milne, 2017). Porém, na contramão deste raciocínio, Barletta et al. (no prelo) destacaram a lacuna que existe na prática cotidiana, especialmente no Brasil, onde ainda não há uma cultura estabelecida de treinamento de supervisores. O estabelecimento desta cultura perpassa pelo campo da educação e apresenta a necessidade de propostas formativas desses profissionais. Educação E TEcnologia A educação vem sendo transformada ao longo dos anos, especialmente quando se enfatiza que o ensino e a aprendizagem não correspondem a um processo linear de causa e efeito. Atualmente, entende-se que esse processo envolve mais do que o conteúdo, mas também as metodologias e procedimentos de ensino, que podem aumentar a autonomia do estudante, desenvolver pensamento crítico, formar uma cosmovisão e ampliar valores contidos na construção do saber (Paiva et al., 2016). Para que essa transformação possa acontecer, esses autores apontam que se deve mudar a concepção de educação imposta para uma postura problematizadora, rompendo com a ideia de um conhecimento posto e absoluto. Portanto, docente e estudante devem manter uma atitude aberta, comportamentos menos passivos, permitindo-se questionar e serem questionados, e se implicarem na aquisição do conhecimento como um processo colaborativo, construído e contínuo. As metodologias ativas têm sido apontadas como um caminho didático viável que possibilita a educação significativa, uma vez que o aluno é colocado como protagonista diante dos desafios, evocando a implicação no próprio desenvolvimento de soluções e consolidação de saberes. Assim, as metodologias ativas aparecem como uma formal alternativa ao ensino tradicional, cujo método utilizado é pouco interativo e centrado no professor (Antunes, 2013; Mota & Rosa, 2018; Neufeld et al., 2020). Não obstante, não há um consenso nos procedimentos de ensino que são abarcados pelas metodologias ativas, na sua operacionalização, ou mesmo em sua finalidade (Mota & Rosa, 2018). O consenso, segundo estas autoras, permeia os elementos centrais que são o desenvolvimento da autonomia do estudante, a autorregulação e a aprendizagem significativa. Para alcançá-los, é necessário fomentar a criatividade, a reflexão e a ação, opondo-se a estratégias de transmissão de conhecimento e recepção passiva (Paiva et al., 2016). Ou seja, busca-se transpor o ensino centrado no professor para o ensino centrado no estudante (Antunes, 2013). De acordo com Neufeld et al. (2020), o ensino superior em psicologia no nosso país ainda se apoia primordialmente no ensino tradicional, cujo método utilizado é pouco interativo e centrado na sapiência do docente. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas 2021•17(2)•pp.79-86 81 Essas autoras, com objetivo de identificar a percepção dos alunos sobre as metodologias ativas, fizeram uso da Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL) em duas disciplinas no curso de graduação de psicologia. Em ambas as disciplinas, os alunos receberam previamente um roteiro de leituras como material de base a ser usado ao longo do curso e o processo de aprendizagem estava calcado na discussão e resolução de estudos de casos baseados nas leituras. Os cursos foram divididos em sequências de módulos de três aulas, totalizando sete ou nove módulos em cada uma das disciplinas. A composição dos módulos se dava da seguinte forma: a) na primeira aula os alunos recebiam o caso para ser debatido em pequenos grupos e perguntas norteadoras, b) na segunda aula, ainda em pequenos grupos, os alunos recebiam novas perguntas e materiais adicionais para fomentar a reflexão de conceitos e hipóteses diagnósticas e c) na terceira aula, havia uma discussão no grande grupo para compartilhar principais pontos e possíveis encaminhamentos. Ao final das duas disciplinas os alunos responderam a um questionário sobre à autopercepção sobre a aprendizagem e sobre o desenvolvimento de competências e habilidades como autores do seu processo de aprendizagem. Os dados da autopercepção indicaram a adequabilidade da metodologia pedagógica utilizada, promovendo a participação ativa dos alunos na própria aprendizagem. Uma ferramenta que pode facilitar as estratégias didático-pedagógicas, fortalecendo a proposta das metodologias ativas e a perspectiva construtivista do aprendizado, são as chamadas Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Ainda que de forma parcimoniosa, foi visto um aumento no uso das TICs nos últimos dez anos, em especial com o avanço da internet (Versuti et al., 2016), mas com a pandemia por coronavírus e as medidas protetivas de distanciamento social, seu uso instantaneamente passou a ser a principal forma de contato e comunicação. No entanto, Versuti et al. (2016) apontam que a inserção das TICs na universidade não transformou o ensino tradicional em uma conduta mais ativa e centrada no aluno, sendo utilizada como mais uma estratégia expositiva. 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Its practical contributions are grounded on fostering the debate over the adoption of active methodologies mediated by digital technologies in the training of psychologists and psychology researchers. HEADINGS: Education, Graduate; Information Technology; Information Technology. Relato de expeRiência | expeRience RepoRt DOI: 10.5935/1808-5687.20210020 Revista Brasileira de Terapias Cognitivas 2021•17(2)•pp.79-86 Revista Brasileira de Terapias Cognitivas 2021•17(2)•pp.79-86 80 A supervisão é uma atividade inerente à psicologia, reconhecida como elemento essencial para a formação do psicólogo (Barletta et al., 2011). Ainda assim, não há uma definição única do termo, uma vez que a supervisão não é exclusiva do campo de estudo da psicologia. A depender do que está sendo supervisionado (Stilita, 2021), esta atividade ganha contornos mais hierárquicos e autoritários, de gerenciamento de tarefas e de cumprimento de ordens. No contexto da psicologia, ainda com algumas diferenças conceituais, tem-se o foco no desenvolvimento de competências profissionais a fim de fomentar a qualidade do serviço psicológico prestado e favorecer a melhora do desempenho laboral, incluindo o cuidado ético (American Psychological Association [APA], 2014; Barletta & Neufeld, 2020). Assim, esperase que supervisão favoreça resultados eficazes e positivos, bem como promova a segurança e bem-estar de quem a recebe e de quem fornece a prática psicológica. A partir desse raciocínio, a prática baseada em evidências (PBE) é um pilar para a supervisão e, portanto, sustentada por três aspectos indissociáveis (Leonardi, 2016): a) as melhores evidências científicas disponíveis, b) a perícia do profissional e c) as características do indivíduo e do contexto. Logo, ao vislumbrar a supervisão pelas lentes da PBE, as autoras deste relato assumem que esta prática deve apoiar-se: a) em pesquisas referentes à supervisão, à atividade interventiva e à educação, b) em todos os elementos que favorecem a expertise do profissional, como experiência prática, treinamento e formação, metassupervisão, manejo e habilidades de supervisão, entre outros e c) na participação ativa do psicólogo em supervisão no próprio processo de formação. Esse último aspecto abrange a sensibilidade e abertura do supervisor em incorporar os valores, as necessidades, as diferenças culturais e as especificidades de quem receberá a supervisão, do contexto em que se está inserido, da atividade interventiva e de quem receberá o atendimento. Dessa forma, a supervisão não deveria ser baseada apenas na experiência profissional prática, pautada exclusivamente em saberes do cotidiano, e sim, em dados empíricos e aspectos idiossincráticos da demanda que sustentassem as propostas educativas e decisões de trabalho mais efetivas e adequadas, embasadas também em estratégias de ensino-aprendizagem (Barletta & Neufeld, 2020). Milne (2018), um dos pesquisadores mais importantes da área, elaborou um modelo de supervisão clínica baseada em evidências em que destaca a aprendizagem experiencial como fundamental para o desenvolvimento do supervisor. Falender (2018) complementa esta perspectiva, sustentando a necessidade de treinamento do profissional para exercer a prática supervisionada, bem como direcionando a importância da supervisão baseada em competências. De acordo com essa autora, a supervisão baseada em competências é considerada metateórica, ou seja, aplica-se a uma gama diversificada de modelos e teorias. Dessa forma, entende-se que é fundamental conhecer aspectos essenciais do processo supervisionado, bem como reconhecer quais elementos podem interferir no desenvolvimento de competências. Entre os fatores que ancoram esta proposta estão as consequências negativas, danosas e iatrogênicas que a supervisão pode causar, seja a quem recebe a supervisão diretamente, seja a quem recebe a prática do profissional que foi mal supervisionada (Ellis, 2017; Reiser & Milne, 2017). Porém, na contramão deste raciocínio, Barletta et al. (no prelo) destacaram a lacuna que existe na prática cotidiana, especialmente no Brasil, onde ainda não há uma cultura estabelecida de treinamento de supervisores. O estabelecimento desta cultura perpassa pelo campo da educação e apresenta a necessidade de propostas formativas desses profissionais. Educação E TEcnologia A educação vem sendo transformada ao longo dos anos, especialmente quando se enfatiza que o ensino e a aprendizagem não correspondem a um processo linear de causa e efeito. Atualmente, entende-se que esse processo envolve mais do que o conteúdo, mas também as metodologias e procedimentos de ensino, que podem aumentar a autonomia do estudante, desenvolver pensamento crítico, formar uma cosmovisão e ampliar valores contidos na construção do saber (Paiva et al., 2016). Para que essa transformação possa acontecer, esses autores apontam que se deve mudar a concepção de educação imposta para uma postura problematizadora, rompendo com a ideia de um conhecimento posto e absoluto. Portanto, docente e estudante devem manter uma atitude aberta, comportamentos menos passivos, permitindo-se questionar e serem questionados, e se implicarem na aquisição do conhecimento como um processo colaborativo, construído e contínuo. As metodologias ativas têm sido apontadas como um caminho didático viável que possibilita a educação significativa, uma vez que o aluno é colocado como protagonista diante dos desafios, evocando a implicação no próprio desenvolvimento de soluções e consolidação de saberes. Assim, as metodologias ativas aparecem como uma formal alternativa ao ensino tradicional, cujo método utilizado é pouco interativo e centrado no professor (Antunes, 2013; Mota & Rosa, 2018; Neufeld et al., 2020). Não obstante, não há um consenso nos procedimentos de ensino que são abarcados pelas metodologias ativas, na sua operacionalização, ou mesmo em sua finalidade (Mota & Rosa, 2018). O consenso, segundo estas autoras, permeia os elementos centrais que são o desenvolvimento da autonomia do estudante, a autorregulação e a aprendizagem significativa. Para alcançá-los, é necessário fomentar a criatividade, a reflexão e a ação, opondo-se a estratégias de transmissão de conhecimento e recepção passiva (Paiva et al., 2016). Ou seja, busca-se transpor o ensino centrado no professor para o ensino centrado no estudante (Antunes, 2013). De acordo com Neufeld et al. (2020), o ensino superior em psicologia no nosso país ainda se apoia primordialmente no ensino tradicional, cujo método utilizado é pouco interativo e centrado na sapiência do docente. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas 2021•17(2)•pp.79-86 81 Essas autoras, com objetivo de identificar a percepção dos alunos sobre as metodologias ativas, fizeram uso da Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL) em duas disciplinas no curso de graduação de psicologia. Em ambas as disciplinas, os alunos receberam previamente um roteiro de leituras como material de base a ser usado ao longo do curso e o processo de aprendizagem estava calcado na discussão e resolução de estudos de casos baseados nas leituras. Os cursos foram divididos em sequências de módulos de três aulas, totalizando sete ou nove módulos em cada uma das disciplinas. A composição dos módulos se dava da seguinte forma: a) na primeira aula os alunos recebiam o caso para ser debatido em pequenos grupos e perguntas norteadoras, b) na segunda aula, ainda em pequenos grupos, os alunos recebiam novas perguntas e materiais adicionais para fomentar a reflexão de conceitos e hipóteses diagnósticas e c) na terceira aula, havia uma discussão no grande grupo para compartilhar principais pontos e possíveis encaminhamentos. Ao final das duas disciplinas os alunos responderam a um questionário sobre à autopercepção sobre a aprendizagem e sobre o desenvolvimento de competências e habilidades como autores do seu processo de aprendizagem. Os dados da autopercepção indicaram a adequabilidade da metodologia pedagógica utilizada, promovendo a participação ativa dos alunos na própria aprendizagem. Uma ferramenta que pode facilitar as estratégias didático-pedagógicas, fortalecendo a proposta das metodologias ativas e a perspectiva construtivista do aprendizado, são as chamadas Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Ainda que de forma parcimoniosa, foi visto um aumento no uso das TICs nos últimos dez anos, em especial com o avanço da internet (Versuti et al., 2016), mas com a pandemia por coronavírus e as medidas protetivas de distanciamento social, seu uso instantaneamente passou a ser a principal forma de contato e comunicação. No entanto, Versuti et al. (2016) apontam que a inserção das TICs na universidade não transformou o ensino tradicional em uma conduta mais ativa e centrada no aluno, sendo utilizada como mais uma estratégia expositiva. 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摘要

本教学经验报告旨在介绍循证监督课程的结构建议、开展的活动以及两个版本的变化。我们在两个严格意义上的研究生项目中提供了这门学科,以提高对循证监督实践重要性的认识、读写能力、技能和批判性思维。最初设计为混合形式,由于新冠肺炎带来的社交距离措施,我们将课程重新设计为全在线模式。在两个版本的SBE课程中,教学支持都保持在建构主义学习视角下获取,使用积极的方法和问题,并以信息和通信技术(ict)为媒介。由于改变教学模式和建议不是一个简化的过程,我们认为这门学科已经达到了它的目标。这项工作的理论意义在于扩大在严格意义上的监督研究领域的知识,在建构主义的镜头下,巴西研究生课程。它的实际贡献是基于促进关于在心理学家和心理学研究人员的培训中采用数字技术介导的主动方法的辩论。标题:教育,研究生;信息技术;信息技术。Relato de expeRiência |经验报告DOI: 10.5935/1808-5687.20210020 Revista Brasileira de Terapias Cognitivas 2021•17(2)•pp。[79-86]《巴西精神病学研究》2021•17(2)•pp。79-86 . [A]监督<s:1> <s:1>人的行为干预<e:1>心理学,重新确认<s:1>行为干预<s:1>行为干预的基本要素](Barletta et al., 2011)。Ainda assim, n<e:1> o huma definition o única do termo, uma vez que a supervision o n<e:1> o exclusiva do campo de estudo da sicologia。A dependder do que estestsendo superionado (Stilita, 2021), esta atividade ganha conconnos mais hierárquicos e autoritários, de gerenciamento de tareas和de cummento de ordens。无情境数据心理学,无情境数据计算不同的<s:1>环境概念,术语-se - foco No desenvolvimento de competências professional is a filementar a qualidede do servirado psicológico prestado e e melhora do desempenho实验室,包括<s:1> <s:1> <s:1> <s:1> <s:1> <s:1> <s:1> <s:1> <s:1>) (American Psychological Association [APA], 2014;Barletta & Neufeld, 2020)。同时,对有利的选举结果进行监督,使积极的选举结果更加有效,同时也促进独立的选举结果,使选举结果更加有效,使选举结果更加有效,使选举结果更加有效。从desse raciocinio, pratica baseada em evidencias (PBE) e嗯皮拉尔帕拉supervisao e, portanto, sustentada几率非常aspectos indissociaveis (Leonardi, 2016): A)作为melhores evidencias cientificas disponiveis, b) pericia做profissional e c) caracteristicas individuo e contexto做。Logo, ao vislumbrar a supervision o pelas lentes da PBE, as autotoras desdesre re assusuque esta prática devapoiere -se: a) em pesquisas referentes <s:1> supervision o, <s:1>积极干预<s:1>教育<e:1> <e:1> o, b) em todos os elementas que favreces a expertise do professional, como experiência prática, ininamento e forma<e:1> o, metassupervision <e:1> o, manejo e habilidades de supervision o, entre outros ec) na participapao积极参与psicólogo em supervision <e:1> o no próprio processo de forma<e:1> o。存在上月的aspecto abrange sensibilidade e abertura做主管em incorporar os英勇,necessidades,作为高差文化e作为supervisao especificidades de recebera起点与终点,做contexto em, se esta inserido da atividade interventiva e de recebera o atendimento起点与终点。Dessa forma,一个监管机构<s:1> o o deveria ser baseada apenas na experiência professional prática, paautada exclusiveente em saberes do cotidiano, e sim, em daddos empíricos e aspectos idiossincráticos, da demanda que sustentassem as propostas educativas decisões de trabalho mais eentitivas e indeadas, emadas tambsamm em estratsamgias de enenacenendizagem (Barletta & Neufeld, 2020)。Milne (2018), um dos pesquisadores mais importantes data área,详细阐述了监管的基本模型<e:1> (clínica baseada em evidências emque destaca a aprendizagem experience como desenvolvimto do supervisor)。Falender(2018)从互补的视角出发,认为支撑性训练是做专业运动员prática监督工作的必要条件,同时支撑性训练也是做<s:1> ncia数据监督<e:1>工作的重要基础competências。De acordo com essa autora,一个监管机构,一个基础数据中心competências <s:1>考虑数据中心metateórica,你的seja,应用数据中心和uma数据中心模型的多样性。desa forma, entende- seque que,基本的一致性方面,本质上是过程监督,而como - reconheer - ques要素,则是干涉,没有desenvolvimento de competências。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
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Do ensino híbrido ao on-line: relato de experiência docente na disciplina de Supervisão Baseada em Evidências na Pós-Graduação stricto sensu brasileira
This teaching experience report aims to present the Evidence-Based Supervision (SBE) course, from its structural proposal, the activities carried out and the changes in the two versions offered. We offered the discipline in two stricto sensu graduate programs to promote awareness, literacy, skills, and critical thinking on the importance of evidence-based supervised practice. Originally designed with a blended format, we rewired the course to make it a full-online mode due to social distancing measures decurrent from the Covid-19. In both versions of the SBE course, the pedagogical support was kept in a constructivist learning perspective acquiring, using active methodologies, questions, and mediated by Information and Communication Technologies (ICTs). Since changing didactic models and proposals is not a simplified process, it is considered that this discipline has achieved its objectives. This work implicates theoretically by expanding the knowledge in the field of supervision studies in stricto sensu Brazilian postgraduate courses under a constructivist lens. Its practical contributions are grounded on fostering the debate over the adoption of active methodologies mediated by digital technologies in the training of psychologists and psychology researchers. HEADINGS: Education, Graduate; Information Technology; Information Technology. Relato de expeRiência | expeRience RepoRt DOI: 10.5935/1808-5687.20210020 Revista Brasileira de Terapias Cognitivas 2021•17(2)•pp.79-86 Revista Brasileira de Terapias Cognitivas 2021•17(2)•pp.79-86 80 A supervisão é uma atividade inerente à psicologia, reconhecida como elemento essencial para a formação do psicólogo (Barletta et al., 2011). Ainda assim, não há uma definição única do termo, uma vez que a supervisão não é exclusiva do campo de estudo da psicologia. A depender do que está sendo supervisionado (Stilita, 2021), esta atividade ganha contornos mais hierárquicos e autoritários, de gerenciamento de tarefas e de cumprimento de ordens. No contexto da psicologia, ainda com algumas diferenças conceituais, tem-se o foco no desenvolvimento de competências profissionais a fim de fomentar a qualidade do serviço psicológico prestado e favorecer a melhora do desempenho laboral, incluindo o cuidado ético (American Psychological Association [APA], 2014; Barletta & Neufeld, 2020). Assim, esperase que supervisão favoreça resultados eficazes e positivos, bem como promova a segurança e bem-estar de quem a recebe e de quem fornece a prática psicológica. A partir desse raciocínio, a prática baseada em evidências (PBE) é um pilar para a supervisão e, portanto, sustentada por três aspectos indissociáveis (Leonardi, 2016): a) as melhores evidências científicas disponíveis, b) a perícia do profissional e c) as características do indivíduo e do contexto. Logo, ao vislumbrar a supervisão pelas lentes da PBE, as autoras deste relato assumem que esta prática deve apoiar-se: a) em pesquisas referentes à supervisão, à atividade interventiva e à educação, b) em todos os elementos que favorecem a expertise do profissional, como experiência prática, treinamento e formação, metassupervisão, manejo e habilidades de supervisão, entre outros e c) na participação ativa do psicólogo em supervisão no próprio processo de formação. Esse último aspecto abrange a sensibilidade e abertura do supervisor em incorporar os valores, as necessidades, as diferenças culturais e as especificidades de quem receberá a supervisão, do contexto em que se está inserido, da atividade interventiva e de quem receberá o atendimento. Dessa forma, a supervisão não deveria ser baseada apenas na experiência profissional prática, pautada exclusivamente em saberes do cotidiano, e sim, em dados empíricos e aspectos idiossincráticos da demanda que sustentassem as propostas educativas e decisões de trabalho mais efetivas e adequadas, embasadas também em estratégias de ensino-aprendizagem (Barletta & Neufeld, 2020). Milne (2018), um dos pesquisadores mais importantes da área, elaborou um modelo de supervisão clínica baseada em evidências em que destaca a aprendizagem experiencial como fundamental para o desenvolvimento do supervisor. Falender (2018) complementa esta perspectiva, sustentando a necessidade de treinamento do profissional para exercer a prática supervisionada, bem como direcionando a importância da supervisão baseada em competências. De acordo com essa autora, a supervisão baseada em competências é considerada metateórica, ou seja, aplica-se a uma gama diversificada de modelos e teorias. Dessa forma, entende-se que é fundamental conhecer aspectos essenciais do processo supervisionado, bem como reconhecer quais elementos podem interferir no desenvolvimento de competências. Entre os fatores que ancoram esta proposta estão as consequências negativas, danosas e iatrogênicas que a supervisão pode causar, seja a quem recebe a supervisão diretamente, seja a quem recebe a prática do profissional que foi mal supervisionada (Ellis, 2017; Reiser & Milne, 2017). Porém, na contramão deste raciocínio, Barletta et al. (no prelo) destacaram a lacuna que existe na prática cotidiana, especialmente no Brasil, onde ainda não há uma cultura estabelecida de treinamento de supervisores. O estabelecimento desta cultura perpassa pelo campo da educação e apresenta a necessidade de propostas formativas desses profissionais. Educação E TEcnologia A educação vem sendo transformada ao longo dos anos, especialmente quando se enfatiza que o ensino e a aprendizagem não correspondem a um processo linear de causa e efeito. Atualmente, entende-se que esse processo envolve mais do que o conteúdo, mas também as metodologias e procedimentos de ensino, que podem aumentar a autonomia do estudante, desenvolver pensamento crítico, formar uma cosmovisão e ampliar valores contidos na construção do saber (Paiva et al., 2016). Para que essa transformação possa acontecer, esses autores apontam que se deve mudar a concepção de educação imposta para uma postura problematizadora, rompendo com a ideia de um conhecimento posto e absoluto. Portanto, docente e estudante devem manter uma atitude aberta, comportamentos menos passivos, permitindo-se questionar e serem questionados, e se implicarem na aquisição do conhecimento como um processo colaborativo, construído e contínuo. As metodologias ativas têm sido apontadas como um caminho didático viável que possibilita a educação significativa, uma vez que o aluno é colocado como protagonista diante dos desafios, evocando a implicação no próprio desenvolvimento de soluções e consolidação de saberes. Assim, as metodologias ativas aparecem como uma formal alternativa ao ensino tradicional, cujo método utilizado é pouco interativo e centrado no professor (Antunes, 2013; Mota & Rosa, 2018; Neufeld et al., 2020). Não obstante, não há um consenso nos procedimentos de ensino que são abarcados pelas metodologias ativas, na sua operacionalização, ou mesmo em sua finalidade (Mota & Rosa, 2018). O consenso, segundo estas autoras, permeia os elementos centrais que são o desenvolvimento da autonomia do estudante, a autorregulação e a aprendizagem significativa. Para alcançá-los, é necessário fomentar a criatividade, a reflexão e a ação, opondo-se a estratégias de transmissão de conhecimento e recepção passiva (Paiva et al., 2016). Ou seja, busca-se transpor o ensino centrado no professor para o ensino centrado no estudante (Antunes, 2013). De acordo com Neufeld et al. (2020), o ensino superior em psicologia no nosso país ainda se apoia primordialmente no ensino tradicional, cujo método utilizado é pouco interativo e centrado na sapiência do docente. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas 2021•17(2)•pp.79-86 81 Essas autoras, com objetivo de identificar a percepção dos alunos sobre as metodologias ativas, fizeram uso da Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL) em duas disciplinas no curso de graduação de psicologia. Em ambas as disciplinas, os alunos receberam previamente um roteiro de leituras como material de base a ser usado ao longo do curso e o processo de aprendizagem estava calcado na discussão e resolução de estudos de casos baseados nas leituras. Os cursos foram divididos em sequências de módulos de três aulas, totalizando sete ou nove módulos em cada uma das disciplinas. A composição dos módulos se dava da seguinte forma: a) na primeira aula os alunos recebiam o caso para ser debatido em pequenos grupos e perguntas norteadoras, b) na segunda aula, ainda em pequenos grupos, os alunos recebiam novas perguntas e materiais adicionais para fomentar a reflexão de conceitos e hipóteses diagnósticas e c) na terceira aula, havia uma discussão no grande grupo para compartilhar principais pontos e possíveis encaminhamentos. Ao final das duas disciplinas os alunos responderam a um questionário sobre à autopercepção sobre a aprendizagem e sobre o desenvolvimento de competências e habilidades como autores do seu processo de aprendizagem. Os dados da autopercepção indicaram a adequabilidade da metodologia pedagógica utilizada, promovendo a participação ativa dos alunos na própria aprendizagem. Uma ferramenta que pode facilitar as estratégias didático-pedagógicas, fortalecendo a proposta das metodologias ativas e a perspectiva construtivista do aprendizado, são as chamadas Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Ainda que de forma parcimoniosa, foi visto um aumento no uso das TICs nos últimos dez anos, em especial com o avanço da internet (Versuti et al., 2016), mas com a pandemia por coronavírus e as medidas protetivas de distanciamento social, seu uso instantaneamente passou a ser a principal forma de contato e comunicação. No entanto, Versuti et al. (2016) apontam que a inserção das TICs na universidade não transformou o ensino tradicional em uma conduta mais ativa e centrada no aluno, sendo utilizada como mais uma estratégia expositiva. Empregar diferentes estratégias, como as diversas possibilidades apresentadas pelas TICs, para promover o
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