提交

S. Cário, Alcides Goulart Filho
{"title":"提交","authors":"S. Cário, Alcides Goulart Filho","doi":"10.54805/rce.2527-1180.v3.n2.74","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Com imenso prazer que a Associação dos Pesquisadores em Economia Catarinense (APEC) faz homenagem aos 100 anos de Celso Furtado, considerado um dos maiores pensadores das economias latino-americana e brasileira. Sua vasta obra, expressa em mais de três dezenas de livros, sendo alguns traduzidos em diversos idiomas, influenciou e continua a influenciar gerações de economistas e estudiosos das áreas de ciências sociais e políticas. Nessa homenagem, os diretores da APEC demonstram através da elaboração de oito artigos a riqueza de sua contribuição acadêmica, que permanece ativa e presente e serve de base para as pessoas buscarem explicações, para as razões do atraso do desenvolvimento que cerca a economia brasileira. \nO primeiro artigo, “Celso Furtado e a formação de economistas”, de autoria de Dimas de Oliveira Estevam tem como objetivo, demonstrar a preocupação de Furtado com a formação dessa profissão. Recorre, em termos metodológicos, a suas obras bem como de outros autores que tratam dessa temática. Dentre os principais resultados ressalta que a formação do economista não deve ser padronizada para todos os países e válidas para todos os tempos. Demonstra que a estrutura de ensino deve formar economistas comprometidos com os problemas nacionais e adequado e adaptado à realidade brasileira. Assim como, diante das transformações econômicas, sociais, ambientais que se processam na sociedade, a formação do economista deve relacionar com outras áreas de conhecimento, no propósito de contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade menos desigual, mais justa e sustentável. \nO segundo artigo, “Celso Furtado e a integração econômica: uma nota”, de responsabilidade de Hoyedo Nunes Lins apresenta como proposta, discutir a percepção de Furtado sobre a integração econômica supranacional e explorar seus aspectos contemporâneos no tocante ao Cone Sul. Utiliza-se, portanto, referências bibliográficas de autoria de Furtado, de relatórios da CEPAL e de outros pesquisadores ligados a esse tema. Os resultados apontam a preocupação furtadiana com a desigualdade na distribuição dos efeitos da integração. Diante desse quadro, defende a criação de um sistema econômico regional no propósito fortalecer as atividades produtivas, além da liberalização das trocas. Assim como, chama atenção para ações planejadas do Estado na formulação e execução de políticas no tratamento da integração econômica. \nO terceiro artigo “Subsídios para aquilatar a contribuição de Celso Furtado para o campo do desenvolvimento regional” de autoria de Luis Cláudio Krajevski, Tatiane Thaís Lasta, Daniel Rodrigo Strelow, Diego Boehlke Vargas e Ivo Marcos Theis tem como propósito, discutir a contribuição de Celso Furtado no desenvolvimento econômico regional. Em termos metodológicos, os autores recorrem a suas obras representativas e de estudos de outros autores que tratam dessa temática. Os resultados demonstram a preocupação de Furtado com os desequilíbrios regionais em um país periférico, como o Brasil, que tende a se agravar com o desenvolvimento das forças produtivas. Aponta os problemas regionais, em destaque à região nordeste do país e as possibilidades de superação. E, ressalta a importância do planejamento público, ancorado em ações voltadas para a redução da desigualdade socioeconômica regional. \nO quarto artigo “Formação Econômica do Brasil e sua contribuição aos estudos de história econômica comparada” de autoria de Fábio Farias de Moraes e Alcides Goularti Filho tem como propósito principal, apresentar os estudos econômicos comparativos realizados por Furtado sobre os Estados Unidos e Brasil e de formações econômicas regionais brasileiras. Como procedimento metodológico, os autores recorrem a obra Formação Econômica do Brasil, cuja primeira edição fora em 1949, estendida com a utilização de outras obras mais contemporâneas. Os resultados apontam a importância do método de Furtado recorrer à história, para explicar os fenômenos econômicos. Nessa perspectiva, destacam as razões da decadência e ascensão de atividades econômicas internas, o surgimento de economias concorrentes no mercado internacional, a formação de classes dirigentes nas atividades econômicas, o processo de industrialização entre os pontos destacadas. \nO quinto artigo “A teoria da dependência nas perspectivas de Celso Furtado, Fernando Henrique Cardoso e Ruy Mauro Marini” de autoria de Silvio A. F. Cario, Marcio G. Gomes e Eduardo S. Sigaúque tem como objetivo discutir o tratamento dado por esses autores brasileiros visando auxiliar, na compreensão do processo de desenvolvimento da economia brasileira. Para tanto, são pesquisadas as principais obras dos autores em referência que tratam dessa temática. Os resultados apontam que para Furtado, a dependência é cultural derivada de imitação de valores e ideologias dos países centrais; enquanto, para Cardoso a dependência assume natureza política em decorrente de vínculos estabelecidos entre as elites política e econômica nacional com a estrangeira; e para Marini, a dependência decorre da forma com que os países capitalistas imperialistas exploram e apropriam economicamente, da riqueza gerada no país periférico. \nO sexto artigo “Subdesenvolvimento e dependência tecnológica: atualidade em Celso Furtado” de autoria de Tatiane Ap. Viega Vargas e Anielle Gonçalves de Oliveira tem o propósito de fazer uma releitura de duas obras de Furtado: Teoria Política do Desenvolvimento Econômico e O Capitalismo Global. A partir dessas obras, as autoras dedicam atenção aos aspectos que marcam o subdesenvolvimento e a dependência tecnológica e recorrem a dados da balança comercial brasileira. Os resultados apontam a preocupação de Furtado em demonstrar, através de processo histórico, como o subdesenvolvimento se manifesta no capitalismo. Assim como, evidencia a dependência tecnológica, demonstrada pelas aquisições externas de máquinas e equipamentos e ganhos obtidos com exportação de produtos de baixo valor agregado. \nO sétimo artigo “Internacionalização, desindustrialização precoce e subdesenvolvimento recente sob a ótica de Furtado” de Rossandra Oliveira Maciel de Bitencourt e Pollyana Rodrigues Gondin apresenta, como propósito, compreender se o subdesenvolvimento recente no Brasil está associado ao processo de desindustrialização precoce. Para tanto, utiliza como procedimento metodológico avaliar o comportamento das variáveis importação, exportação, investimento direto externo e formação bruta de capital fixo, a partir de dados secundários obtidos juntos a instituições públicas e privadas.  Os resultados apontam que o Brasil se encontra distante da autonomia tecnológica diante da forte dependência de produtos importados de média e alta tecnologia importados e depara-se com processo intenso de desindustrialização. Portanto, distante de superar as condições de subdesenvolvimento ressaltadas por Furtado no conjunto de sua vasta obra. \nE, por fim o oitavo artigo “Celso Furtado na busca da melhor “estrutura” para compreender e propor o desenvolvimento latino-americano” de autoria de Adriano de Amarante busca apresentar as principais ideias de Furtado sobre desenvolvimento econômico e social. Para tanto, faz resgate bibliográfico de seus textos expondo as definições e ideias presentes sobre desenvolvimento. Dentre as principais conclusões, destaque para a heterogeneidade estrutural. Depara-se com a formação de uma estrutura econômica e social desigual, em que o setor moderno, produtor de bens de luxo, emprego formal e salários elevados, convive com setor atrasado, marcado por atividades marginais, informais, subempregos e de baixa remuneração. Conclui, ainda, que diante dessa economia dual, boa parte da população não desfruta dos benefícios do progresso, conferido a uma minoria social. \nDesejamos boa leitura a todos.","PeriodicalId":309308,"journal":{"name":"Revista Catarinense de Economia","volume":"34 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Apresentação\",\"authors\":\"S. Cário, Alcides Goulart Filho\",\"doi\":\"10.54805/rce.2527-1180.v3.n2.74\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Com imenso prazer que a Associação dos Pesquisadores em Economia Catarinense (APEC) faz homenagem aos 100 anos de Celso Furtado, considerado um dos maiores pensadores das economias latino-americana e brasileira. Sua vasta obra, expressa em mais de três dezenas de livros, sendo alguns traduzidos em diversos idiomas, influenciou e continua a influenciar gerações de economistas e estudiosos das áreas de ciências sociais e políticas. Nessa homenagem, os diretores da APEC demonstram através da elaboração de oito artigos a riqueza de sua contribuição acadêmica, que permanece ativa e presente e serve de base para as pessoas buscarem explicações, para as razões do atraso do desenvolvimento que cerca a economia brasileira. \\nO primeiro artigo, “Celso Furtado e a formação de economistas”, de autoria de Dimas de Oliveira Estevam tem como objetivo, demonstrar a preocupação de Furtado com a formação dessa profissão. Recorre, em termos metodológicos, a suas obras bem como de outros autores que tratam dessa temática. Dentre os principais resultados ressalta que a formação do economista não deve ser padronizada para todos os países e válidas para todos os tempos. Demonstra que a estrutura de ensino deve formar economistas comprometidos com os problemas nacionais e adequado e adaptado à realidade brasileira. Assim como, diante das transformações econômicas, sociais, ambientais que se processam na sociedade, a formação do economista deve relacionar com outras áreas de conhecimento, no propósito de contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade menos desigual, mais justa e sustentável. \\nO segundo artigo, “Celso Furtado e a integração econômica: uma nota”, de responsabilidade de Hoyedo Nunes Lins apresenta como proposta, discutir a percepção de Furtado sobre a integração econômica supranacional e explorar seus aspectos contemporâneos no tocante ao Cone Sul. Utiliza-se, portanto, referências bibliográficas de autoria de Furtado, de relatórios da CEPAL e de outros pesquisadores ligados a esse tema. Os resultados apontam a preocupação furtadiana com a desigualdade na distribuição dos efeitos da integração. Diante desse quadro, defende a criação de um sistema econômico regional no propósito fortalecer as atividades produtivas, além da liberalização das trocas. Assim como, chama atenção para ações planejadas do Estado na formulação e execução de políticas no tratamento da integração econômica. \\nO terceiro artigo “Subsídios para aquilatar a contribuição de Celso Furtado para o campo do desenvolvimento regional” de autoria de Luis Cláudio Krajevski, Tatiane Thaís Lasta, Daniel Rodrigo Strelow, Diego Boehlke Vargas e Ivo Marcos Theis tem como propósito, discutir a contribuição de Celso Furtado no desenvolvimento econômico regional. Em termos metodológicos, os autores recorrem a suas obras representativas e de estudos de outros autores que tratam dessa temática. Os resultados demonstram a preocupação de Furtado com os desequilíbrios regionais em um país periférico, como o Brasil, que tende a se agravar com o desenvolvimento das forças produtivas. Aponta os problemas regionais, em destaque à região nordeste do país e as possibilidades de superação. E, ressalta a importância do planejamento público, ancorado em ações voltadas para a redução da desigualdade socioeconômica regional. \\nO quarto artigo “Formação Econômica do Brasil e sua contribuição aos estudos de história econômica comparada” de autoria de Fábio Farias de Moraes e Alcides Goularti Filho tem como propósito principal, apresentar os estudos econômicos comparativos realizados por Furtado sobre os Estados Unidos e Brasil e de formações econômicas regionais brasileiras. Como procedimento metodológico, os autores recorrem a obra Formação Econômica do Brasil, cuja primeira edição fora em 1949, estendida com a utilização de outras obras mais contemporâneas. Os resultados apontam a importância do método de Furtado recorrer à história, para explicar os fenômenos econômicos. Nessa perspectiva, destacam as razões da decadência e ascensão de atividades econômicas internas, o surgimento de economias concorrentes no mercado internacional, a formação de classes dirigentes nas atividades econômicas, o processo de industrialização entre os pontos destacadas. \\nO quinto artigo “A teoria da dependência nas perspectivas de Celso Furtado, Fernando Henrique Cardoso e Ruy Mauro Marini” de autoria de Silvio A. F. Cario, Marcio G. Gomes e Eduardo S. Sigaúque tem como objetivo discutir o tratamento dado por esses autores brasileiros visando auxiliar, na compreensão do processo de desenvolvimento da economia brasileira. Para tanto, são pesquisadas as principais obras dos autores em referência que tratam dessa temática. Os resultados apontam que para Furtado, a dependência é cultural derivada de imitação de valores e ideologias dos países centrais; enquanto, para Cardoso a dependência assume natureza política em decorrente de vínculos estabelecidos entre as elites política e econômica nacional com a estrangeira; e para Marini, a dependência decorre da forma com que os países capitalistas imperialistas exploram e apropriam economicamente, da riqueza gerada no país periférico. \\nO sexto artigo “Subdesenvolvimento e dependência tecnológica: atualidade em Celso Furtado” de autoria de Tatiane Ap. Viega Vargas e Anielle Gonçalves de Oliveira tem o propósito de fazer uma releitura de duas obras de Furtado: Teoria Política do Desenvolvimento Econômico e O Capitalismo Global. A partir dessas obras, as autoras dedicam atenção aos aspectos que marcam o subdesenvolvimento e a dependência tecnológica e recorrem a dados da balança comercial brasileira. Os resultados apontam a preocupação de Furtado em demonstrar, através de processo histórico, como o subdesenvolvimento se manifesta no capitalismo. Assim como, evidencia a dependência tecnológica, demonstrada pelas aquisições externas de máquinas e equipamentos e ganhos obtidos com exportação de produtos de baixo valor agregado. \\nO sétimo artigo “Internacionalização, desindustrialização precoce e subdesenvolvimento recente sob a ótica de Furtado” de Rossandra Oliveira Maciel de Bitencourt e Pollyana Rodrigues Gondin apresenta, como propósito, compreender se o subdesenvolvimento recente no Brasil está associado ao processo de desindustrialização precoce. Para tanto, utiliza como procedimento metodológico avaliar o comportamento das variáveis importação, exportação, investimento direto externo e formação bruta de capital fixo, a partir de dados secundários obtidos juntos a instituições públicas e privadas.  Os resultados apontam que o Brasil se encontra distante da autonomia tecnológica diante da forte dependência de produtos importados de média e alta tecnologia importados e depara-se com processo intenso de desindustrialização. Portanto, distante de superar as condições de subdesenvolvimento ressaltadas por Furtado no conjunto de sua vasta obra. \\nE, por fim o oitavo artigo “Celso Furtado na busca da melhor “estrutura” para compreender e propor o desenvolvimento latino-americano” de autoria de Adriano de Amarante busca apresentar as principais ideias de Furtado sobre desenvolvimento econômico e social. Para tanto, faz resgate bibliográfico de seus textos expondo as definições e ideias presentes sobre desenvolvimento. Dentre as principais conclusões, destaque para a heterogeneidade estrutural. Depara-se com a formação de uma estrutura econômica e social desigual, em que o setor moderno, produtor de bens de luxo, emprego formal e salários elevados, convive com setor atrasado, marcado por atividades marginais, informais, subempregos e de baixa remuneração. Conclui, ainda, que diante dessa economia dual, boa parte da população não desfruta dos benefícios do progresso, conferido a uma minoria social. \\nDesejamos boa leitura a todos.\",\"PeriodicalId\":309308,\"journal\":{\"name\":\"Revista Catarinense de Economia\",\"volume\":\"34 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2020-12-14\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Catarinense de Economia\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.54805/rce.2527-1180.v3.n2.74\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Catarinense de Economia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.54805/rce.2527-1180.v3.n2.74","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0

摘要

结果表明,费塔朵的依赖是文化上的,源于对中心国家价值观和意识形态的模仿;而对卡多索来说,由于国家政治和经济精英与外国之间建立的联系,依赖具有政治性质;对马里尼来说,依赖源于帝国主义资本主义国家在经济上剥削和挪用外围国家创造的财富的方式。第六篇文章“欠发达和技术依赖:塞尔索·费塔多的现状”,作者是Tatiane Ap. Viega Vargas和Anielle goncalves de Oliveira,旨在重新阅读费塔多的两部作品:经济发展的政治理论和全球资本主义。从这些作品中,作者关注了标志着欠发达和技术依赖的方面,并使用了巴西贸易平衡的数据。研究结果表明,费塔多通过历史进程来论证资本主义中欠发达是如何表现出来的。此外,它还显示了技术依赖,通过外部购买机器和设备以及通过出口低附加值产品获得的收益来证明。七分之一的文章“国际化,非工业化早期的最新发展同步的朵”的Rossandra·马舍尔里斯Gondin Bitencourt和盲目乐观的前景,目的就是发展速度,能否你最近在巴西与早期非工业化的过程。因此,它使用从公共和私人机构获得的二手数据作为评估变量进口、出口、外国直接投资和固定资本形成总额行为的方法程序。结果表明,巴西对进口中高技术产品的强烈依赖远未实现技术自主,面临着激烈的去工业化进程。因此,它远没有克服费塔多在其大量作品中所强调的欠发达状况。最后,阿德里亚诺·德·阿玛兰特的第八篇文章《塞尔索·费塔多在寻找理解和提出拉丁美洲发展的最佳“结构”》试图提出费塔多关于经济和社会发展的主要观点。因此,它对他们的文本进行了书目救援,揭示了发展的定义和当前的想法。在主要结论中,强调了结构异质性。它面临着一种不平等的经济和社会结构的形成,在这种结构中,生产奢侈品、正式就业和高工资的现代部门与以边缘、非正式活动、就业不足和低工资为特征的落后部门共存。它还得出结论,面对这种双重经济,很大一部分人口没有享受到社会少数人所享有的进步的好处。我们祝大家阅读愉快。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
查看原文
分享 分享
微信好友 朋友圈 QQ好友 复制链接
本刊更多论文
Apresentação
Com imenso prazer que a Associação dos Pesquisadores em Economia Catarinense (APEC) faz homenagem aos 100 anos de Celso Furtado, considerado um dos maiores pensadores das economias latino-americana e brasileira. Sua vasta obra, expressa em mais de três dezenas de livros, sendo alguns traduzidos em diversos idiomas, influenciou e continua a influenciar gerações de economistas e estudiosos das áreas de ciências sociais e políticas. Nessa homenagem, os diretores da APEC demonstram através da elaboração de oito artigos a riqueza de sua contribuição acadêmica, que permanece ativa e presente e serve de base para as pessoas buscarem explicações, para as razões do atraso do desenvolvimento que cerca a economia brasileira. O primeiro artigo, “Celso Furtado e a formação de economistas”, de autoria de Dimas de Oliveira Estevam tem como objetivo, demonstrar a preocupação de Furtado com a formação dessa profissão. Recorre, em termos metodológicos, a suas obras bem como de outros autores que tratam dessa temática. Dentre os principais resultados ressalta que a formação do economista não deve ser padronizada para todos os países e válidas para todos os tempos. Demonstra que a estrutura de ensino deve formar economistas comprometidos com os problemas nacionais e adequado e adaptado à realidade brasileira. Assim como, diante das transformações econômicas, sociais, ambientais que se processam na sociedade, a formação do economista deve relacionar com outras áreas de conhecimento, no propósito de contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade menos desigual, mais justa e sustentável. O segundo artigo, “Celso Furtado e a integração econômica: uma nota”, de responsabilidade de Hoyedo Nunes Lins apresenta como proposta, discutir a percepção de Furtado sobre a integração econômica supranacional e explorar seus aspectos contemporâneos no tocante ao Cone Sul. Utiliza-se, portanto, referências bibliográficas de autoria de Furtado, de relatórios da CEPAL e de outros pesquisadores ligados a esse tema. Os resultados apontam a preocupação furtadiana com a desigualdade na distribuição dos efeitos da integração. Diante desse quadro, defende a criação de um sistema econômico regional no propósito fortalecer as atividades produtivas, além da liberalização das trocas. Assim como, chama atenção para ações planejadas do Estado na formulação e execução de políticas no tratamento da integração econômica. O terceiro artigo “Subsídios para aquilatar a contribuição de Celso Furtado para o campo do desenvolvimento regional” de autoria de Luis Cláudio Krajevski, Tatiane Thaís Lasta, Daniel Rodrigo Strelow, Diego Boehlke Vargas e Ivo Marcos Theis tem como propósito, discutir a contribuição de Celso Furtado no desenvolvimento econômico regional. Em termos metodológicos, os autores recorrem a suas obras representativas e de estudos de outros autores que tratam dessa temática. Os resultados demonstram a preocupação de Furtado com os desequilíbrios regionais em um país periférico, como o Brasil, que tende a se agravar com o desenvolvimento das forças produtivas. Aponta os problemas regionais, em destaque à região nordeste do país e as possibilidades de superação. E, ressalta a importância do planejamento público, ancorado em ações voltadas para a redução da desigualdade socioeconômica regional. O quarto artigo “Formação Econômica do Brasil e sua contribuição aos estudos de história econômica comparada” de autoria de Fábio Farias de Moraes e Alcides Goularti Filho tem como propósito principal, apresentar os estudos econômicos comparativos realizados por Furtado sobre os Estados Unidos e Brasil e de formações econômicas regionais brasileiras. Como procedimento metodológico, os autores recorrem a obra Formação Econômica do Brasil, cuja primeira edição fora em 1949, estendida com a utilização de outras obras mais contemporâneas. Os resultados apontam a importância do método de Furtado recorrer à história, para explicar os fenômenos econômicos. Nessa perspectiva, destacam as razões da decadência e ascensão de atividades econômicas internas, o surgimento de economias concorrentes no mercado internacional, a formação de classes dirigentes nas atividades econômicas, o processo de industrialização entre os pontos destacadas. O quinto artigo “A teoria da dependência nas perspectivas de Celso Furtado, Fernando Henrique Cardoso e Ruy Mauro Marini” de autoria de Silvio A. F. Cario, Marcio G. Gomes e Eduardo S. Sigaúque tem como objetivo discutir o tratamento dado por esses autores brasileiros visando auxiliar, na compreensão do processo de desenvolvimento da economia brasileira. Para tanto, são pesquisadas as principais obras dos autores em referência que tratam dessa temática. Os resultados apontam que para Furtado, a dependência é cultural derivada de imitação de valores e ideologias dos países centrais; enquanto, para Cardoso a dependência assume natureza política em decorrente de vínculos estabelecidos entre as elites política e econômica nacional com a estrangeira; e para Marini, a dependência decorre da forma com que os países capitalistas imperialistas exploram e apropriam economicamente, da riqueza gerada no país periférico. O sexto artigo “Subdesenvolvimento e dependência tecnológica: atualidade em Celso Furtado” de autoria de Tatiane Ap. Viega Vargas e Anielle Gonçalves de Oliveira tem o propósito de fazer uma releitura de duas obras de Furtado: Teoria Política do Desenvolvimento Econômico e O Capitalismo Global. A partir dessas obras, as autoras dedicam atenção aos aspectos que marcam o subdesenvolvimento e a dependência tecnológica e recorrem a dados da balança comercial brasileira. Os resultados apontam a preocupação de Furtado em demonstrar, através de processo histórico, como o subdesenvolvimento se manifesta no capitalismo. Assim como, evidencia a dependência tecnológica, demonstrada pelas aquisições externas de máquinas e equipamentos e ganhos obtidos com exportação de produtos de baixo valor agregado. O sétimo artigo “Internacionalização, desindustrialização precoce e subdesenvolvimento recente sob a ótica de Furtado” de Rossandra Oliveira Maciel de Bitencourt e Pollyana Rodrigues Gondin apresenta, como propósito, compreender se o subdesenvolvimento recente no Brasil está associado ao processo de desindustrialização precoce. Para tanto, utiliza como procedimento metodológico avaliar o comportamento das variáveis importação, exportação, investimento direto externo e formação bruta de capital fixo, a partir de dados secundários obtidos juntos a instituições públicas e privadas.  Os resultados apontam que o Brasil se encontra distante da autonomia tecnológica diante da forte dependência de produtos importados de média e alta tecnologia importados e depara-se com processo intenso de desindustrialização. Portanto, distante de superar as condições de subdesenvolvimento ressaltadas por Furtado no conjunto de sua vasta obra. E, por fim o oitavo artigo “Celso Furtado na busca da melhor “estrutura” para compreender e propor o desenvolvimento latino-americano” de autoria de Adriano de Amarante busca apresentar as principais ideias de Furtado sobre desenvolvimento econômico e social. Para tanto, faz resgate bibliográfico de seus textos expondo as definições e ideias presentes sobre desenvolvimento. Dentre as principais conclusões, destaque para a heterogeneidade estrutural. Depara-se com a formação de uma estrutura econômica e social desigual, em que o setor moderno, produtor de bens de luxo, emprego formal e salários elevados, convive com setor atrasado, marcado por atividades marginais, informais, subempregos e de baixa remuneração. Conclui, ainda, que diante dessa economia dual, boa parte da população não desfruta dos benefícios do progresso, conferido a uma minoria social. Desejamos boa leitura a todos.
求助全文
通过发布文献求助,成功后即可免费获取论文全文。 去求助
来源期刊
自引率
0.00%
发文量
0
期刊最新文献
ANÁLISE DOS PREÇOS DE MADEIRA DE EUCALYPTUS PARA CELULOSE NO ESTADO DE SANTA CATARINA Apresentação RCE Volume 7, número 1/2023 O ACORDO DE PLAZA E A DINÂMICA DAS ECONOMIAS ASIÁTICAS ENTRE 1980-1990: UMA COMPARAÇÃO COM A AMÉRICA LATINA PELA PERSPECTIVA JAPONESA PRODUÇÃO TÊXTIL E DE VESTUÁRIO NO MÉDIO VALE DO ITAJAÍ (SC) PERANTE OS DESAFIOS DA COVID-19 DESMATAMENTO NA AMÉRICA DO SUL: UMA ANÁLISE ECONOMÉTRICA DA RELAÇÃO ENTRE PRODUÇÃO DE ALIMENTOS, URBANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO
×
引用
GB/T 7714-2015
复制
MLA
复制
APA
复制
导出至
BibTeX EndNote RefMan NoteFirst NoteExpress
×
×
提示
您的信息不完整,为了账户安全,请先补充。
现在去补充
×
提示
您因"违规操作"
具体请查看互助需知
我知道了
×
提示
现在去查看 取消
×
提示
确定
0
微信
客服QQ
Book学术公众号 扫码关注我们
反馈
×
意见反馈
请填写您的意见或建议
请填写您的手机或邮箱
已复制链接
已复制链接
快去分享给好友吧!
我知道了
×
扫码分享
扫码分享
Book学术官方微信
Book学术文献互助
Book学术文献互助群
群 号:481959085
Book学术
文献互助 智能选刊 最新文献 互助须知 联系我们:info@booksci.cn
Book学术提供免费学术资源搜索服务,方便国内外学者检索中英文文献。致力于提供最便捷和优质的服务体验。
Copyright © 2023 Book学术 All rights reserved.
ghs 京公网安备 11010802042870号 京ICP备2023020795号-1