Catharina Mello Barreto, Giovana Meriguete Brambati, D. S. D. P. Silva, Brittany Campanhole Carrancho
{"title":"体育活动对免疫衰老的影响","authors":"Catharina Mello Barreto, Giovana Meriguete Brambati, D. S. D. P. Silva, Brittany Campanhole Carrancho","doi":"10.51161/rems/3330","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: O acúmulo de danos oxidativos gera uma instabilidade genômica, culminando com a imunossenescência, que é caracterizada por um aumento de citocinas pró-inflamatórias e desregulação dos linfócitos T. Clinicamente, isso provoca uma maior suscetibilidade a infecções, reativação mais frequente de vírus latentes, diminuição da eficácia de vacinas e aumento da prevalência de autoimunidade e câncer. Nesse contexto, a atividade física atua como modulador do processo de envelhecimento. Objetivos: O presente estudo visa sintetizar os mecanismos da atividade física na prevenção da imunossenescência e suas complicações. Material e métodos: Realizou-se uma revisão bibliográfica integrativa, baseada na plataforma PubMed. Utilizou-se os descritores “Exercise”, “Immunosenescence” e “Inflammation” e foram selecionados textos completos, em português e inglês, publicados nos últimos 5 anos. Os artigos foram analisados e os que não trataram diretamente do tema ou não abordaram o contexto, foram descartados, sendo selecionados 11 artigos no total. Resultados: Com a senescência, há um aumento de células TCD8+ em relação às TCD4+. Este fenômeno predispõe uma imunossupressão e maior risco imunológico. Ademais, o encurtamento dos telômeros com a idade causa disfunção, principalmente de células T. Esses fatores constituem um perfil pró-inflamatório no idoso. A contração muscular e o aumento do metabolismo estimulam a produção de miocinas, principalmente IL-6, que tem potencial anti-inflamatório, bloqueando, assim, vias pró-inflamatórias. Além de propiciar um ambiente menos inflamatório, a atividade física também minimiza o acúmulo de lesões celulares por aumentar o reparo do DNA e aumentar os telômeros, que protegem o DNA na divisão celular, reduzindo a mutação e disfunção celular relacionada à idade. O exercício físico ainda previne a perda de massa e força muscular, promovendo maior longevidade e melhor qualidade de vida. Em geral, a atividade física promove a recirculação das principais células imunes, favorecendo um estado anti-inflamatório e antioxidante através de múltiplos mecanismos. Nesse âmbito, o exercício contraria os elementos dos processos das doenças crônicas, caracterizadas em parte por alta inflamação, estresse oxidativo e disfunção imunológica. Conclusão: O exercício atua através de diversos mecanismos, diminuindo a inflamação crônica. Conclui-se, portanto, que a atividade física é uma grande aliada na redução da senilidade, contribuindo para o envelhecimento saudável.","PeriodicalId":247685,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Saúde Pública On-line: Uma abordagem Multiprofissional","volume":"104 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-03-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"IMPACTO DA ATIVIDADE FÍSICA NA IMUNOSSENESCÊNCIA\",\"authors\":\"Catharina Mello Barreto, Giovana Meriguete Brambati, D. S. D. P. Silva, Brittany Campanhole Carrancho\",\"doi\":\"10.51161/rems/3330\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: O acúmulo de danos oxidativos gera uma instabilidade genômica, culminando com a imunossenescência, que é caracterizada por um aumento de citocinas pró-inflamatórias e desregulação dos linfócitos T. Clinicamente, isso provoca uma maior suscetibilidade a infecções, reativação mais frequente de vírus latentes, diminuição da eficácia de vacinas e aumento da prevalência de autoimunidade e câncer. Nesse contexto, a atividade física atua como modulador do processo de envelhecimento. Objetivos: O presente estudo visa sintetizar os mecanismos da atividade física na prevenção da imunossenescência e suas complicações. Material e métodos: Realizou-se uma revisão bibliográfica integrativa, baseada na plataforma PubMed. Utilizou-se os descritores “Exercise”, “Immunosenescence” e “Inflammation” e foram selecionados textos completos, em português e inglês, publicados nos últimos 5 anos. Os artigos foram analisados e os que não trataram diretamente do tema ou não abordaram o contexto, foram descartados, sendo selecionados 11 artigos no total. Resultados: Com a senescência, há um aumento de células TCD8+ em relação às TCD4+. Este fenômeno predispõe uma imunossupressão e maior risco imunológico. Ademais, o encurtamento dos telômeros com a idade causa disfunção, principalmente de células T. Esses fatores constituem um perfil pró-inflamatório no idoso. A contração muscular e o aumento do metabolismo estimulam a produção de miocinas, principalmente IL-6, que tem potencial anti-inflamatório, bloqueando, assim, vias pró-inflamatórias. Além de propiciar um ambiente menos inflamatório, a atividade física também minimiza o acúmulo de lesões celulares por aumentar o reparo do DNA e aumentar os telômeros, que protegem o DNA na divisão celular, reduzindo a mutação e disfunção celular relacionada à idade. O exercício físico ainda previne a perda de massa e força muscular, promovendo maior longevidade e melhor qualidade de vida. Em geral, a atividade física promove a recirculação das principais células imunes, favorecendo um estado anti-inflamatório e antioxidante através de múltiplos mecanismos. Nesse âmbito, o exercício contraria os elementos dos processos das doenças crônicas, caracterizadas em parte por alta inflamação, estresse oxidativo e disfunção imunológica. Conclusão: O exercício atua através de diversos mecanismos, diminuindo a inflamação crônica. Conclui-se, portanto, que a atividade física é uma grande aliada na redução da senilidade, contribuindo para o envelhecimento saudável.\",\"PeriodicalId\":247685,\"journal\":{\"name\":\"Anais do I Congresso Brasileiro de Saúde Pública On-line: Uma abordagem Multiprofissional\",\"volume\":\"104 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-03-17\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Anais do I Congresso Brasileiro de Saúde Pública On-line: Uma abordagem Multiprofissional\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.51161/rems/3330\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do I Congresso Brasileiro de Saúde Pública On-line: Uma abordagem Multiprofissional","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/rems/3330","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Introdução: O acúmulo de danos oxidativos gera uma instabilidade genômica, culminando com a imunossenescência, que é caracterizada por um aumento de citocinas pró-inflamatórias e desregulação dos linfócitos T. Clinicamente, isso provoca uma maior suscetibilidade a infecções, reativação mais frequente de vírus latentes, diminuição da eficácia de vacinas e aumento da prevalência de autoimunidade e câncer. Nesse contexto, a atividade física atua como modulador do processo de envelhecimento. Objetivos: O presente estudo visa sintetizar os mecanismos da atividade física na prevenção da imunossenescência e suas complicações. Material e métodos: Realizou-se uma revisão bibliográfica integrativa, baseada na plataforma PubMed. Utilizou-se os descritores “Exercise”, “Immunosenescence” e “Inflammation” e foram selecionados textos completos, em português e inglês, publicados nos últimos 5 anos. Os artigos foram analisados e os que não trataram diretamente do tema ou não abordaram o contexto, foram descartados, sendo selecionados 11 artigos no total. Resultados: Com a senescência, há um aumento de células TCD8+ em relação às TCD4+. Este fenômeno predispõe uma imunossupressão e maior risco imunológico. Ademais, o encurtamento dos telômeros com a idade causa disfunção, principalmente de células T. Esses fatores constituem um perfil pró-inflamatório no idoso. A contração muscular e o aumento do metabolismo estimulam a produção de miocinas, principalmente IL-6, que tem potencial anti-inflamatório, bloqueando, assim, vias pró-inflamatórias. Além de propiciar um ambiente menos inflamatório, a atividade física também minimiza o acúmulo de lesões celulares por aumentar o reparo do DNA e aumentar os telômeros, que protegem o DNA na divisão celular, reduzindo a mutação e disfunção celular relacionada à idade. O exercício físico ainda previne a perda de massa e força muscular, promovendo maior longevidade e melhor qualidade de vida. Em geral, a atividade física promove a recirculação das principais células imunes, favorecendo um estado anti-inflamatório e antioxidante através de múltiplos mecanismos. Nesse âmbito, o exercício contraria os elementos dos processos das doenças crônicas, caracterizadas em parte por alta inflamação, estresse oxidativo e disfunção imunológica. Conclusão: O exercício atua através de diversos mecanismos, diminuindo a inflamação crônica. Conclui-se, portanto, que a atividade física é uma grande aliada na redução da senilidade, contribuindo para o envelhecimento saudável.