André Vicente Oliveira da Silva, Érika de Sousa Mendonça
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A pesquisa parte da constatação de que o Brasil, tendo sido a última nação a abolir oficialmente a escravização de africanos e seus descendentes e, ainda, em decorrência da ausência de políticas públicas para assegurar a inserção da população afrodescendente no processo econômico, político e social do país, guarda numa espécie de memória coletiva social, o racismo como estrutura e manifestação cotidiana. Nesse interim, o estudo tem como finalidade investigar o papel da branquitude na construção e permanência do racismo como prática social. Para tanto, busca a revisão de literatura acerca da colonialidade do poder e do ser, e problematiza as estratégias de branqueamento e branquitude, analisando-as como dispositivos que perpetuam privilégios, impondo-se como paradigma estético, econômico e social. A pesquisa é exploratória e qualitativa, delineando-se em pesquisa bibliográfica. O objeto do estudo revela-se de importância, uma vez que dialoga com aspectos culturais, sociais, históricos, políticos e subjetivos da formação do povo brasileiro, como povo miscigenado, cujas raízes emergem de complexas relações raciais, há tempos consolidadas e não harmonizadas, cujas ressonâncias marcam experiências e vivências das novas gerações.