{"title":"自由的小实验练习:艺术、临床和政治之间的联系","authors":"Alice Vignoli Reis, Mônica Botelho Alvim","doi":"10.5020/23590777.rs.v21iesp1.e9459","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente trabalho apresenta uma articulação teórica, com um referencial interdisciplinar, que põe em diálogo os campos da arte, da clínica e da política. Tal articulação foi desenvolvida ao longo de uma pesquisa-ação com jovens em favelas cariocas que tinha como mote central a indagação sobre as possibilidades de reinvenção de um espaço urbano fortemente fragmentado e estratificado, demarcado pela segregação socioespacial. A constatação de que a fragmentação urbana característica das grandes cidades no contexto do capitalismo produz diferentes modos de vida e formas de subjetivação, estabelecendo fronteiras de convívio e afetando o estabelecimento de relações de alteridade, nos conduziu a pensar as possibilidades de reconfiguração sensível do mundo comum. Nesse sentido, nossas explorações teórico-práticas deram-se nessa articulação interdisciplinar em torno das temáticas do corpo, da experiência sensível e intercorporal, da alteridade e da criação como invenção e reinvenção da vida, apontando para o entrelaçamento de suas dimensões ética, estética e política. O artigo apresenta, em primeiro plano, o recorte teórico da pesquisa, discutindo uma perspectiva fenomenológica da subjetividade como corporeidade, ancorada no pensamento de Merleau-Ponty, assim como o trabalho clínico inspirado nessa perspectiva, em suas interfaces com o campo da arte e seu caráter de ação política. A partir de um breve olhar para a experiência com os jovens nessa pesquisa-ação, conclui-se considerando que o diálogo da psicologia com a arte tem a potência de ativar a dimensão lúdica, propiciar a criação de uma linguagem comum, permitindo a criação de dispositivos clínico-artísticos que possibilitam a recriação de si e das relações de alteridade na vivência do espaço urbano, atualizando possibilidades de reconfiguração sensível. 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Pequenos Exercícios Experimentais da Liberdade: Articulações entre Arte, Clínica e Política
O presente trabalho apresenta uma articulação teórica, com um referencial interdisciplinar, que põe em diálogo os campos da arte, da clínica e da política. Tal articulação foi desenvolvida ao longo de uma pesquisa-ação com jovens em favelas cariocas que tinha como mote central a indagação sobre as possibilidades de reinvenção de um espaço urbano fortemente fragmentado e estratificado, demarcado pela segregação socioespacial. A constatação de que a fragmentação urbana característica das grandes cidades no contexto do capitalismo produz diferentes modos de vida e formas de subjetivação, estabelecendo fronteiras de convívio e afetando o estabelecimento de relações de alteridade, nos conduziu a pensar as possibilidades de reconfiguração sensível do mundo comum. Nesse sentido, nossas explorações teórico-práticas deram-se nessa articulação interdisciplinar em torno das temáticas do corpo, da experiência sensível e intercorporal, da alteridade e da criação como invenção e reinvenção da vida, apontando para o entrelaçamento de suas dimensões ética, estética e política. O artigo apresenta, em primeiro plano, o recorte teórico da pesquisa, discutindo uma perspectiva fenomenológica da subjetividade como corporeidade, ancorada no pensamento de Merleau-Ponty, assim como o trabalho clínico inspirado nessa perspectiva, em suas interfaces com o campo da arte e seu caráter de ação política. A partir de um breve olhar para a experiência com os jovens nessa pesquisa-ação, conclui-se considerando que o diálogo da psicologia com a arte tem a potência de ativar a dimensão lúdica, propiciar a criação de uma linguagem comum, permitindo a criação de dispositivos clínico-artísticos que possibilitam a recriação de si e das relações de alteridade na vivência do espaço urbano, atualizando possibilidades de reconfiguração sensível. O corpo teórico de ideias, inseparável de uma ação prática de pesquisar com os jovens, possibilitou criar uma metodologia lúdica de pesquisa e intervenção no espaço urbano.