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Resumo:Maria Lídia Magliani, primeira mulher negra a se formar no Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, concentrou sua produção principalmente em pintura e gravura, mas também atuou como ilustradora e escultora. Produziu incansavelmente por cinco décadas, durante as quais, independentemente da técnica ou da linguagem utilizadas, serviu-se dos seres humanos e de suas problemáticas sociais e individuais como matéria-prima. Em seu trabalho, destacam-se figuras retorcidas, deformadas e aprisionadas. Mesmo a sensualidade, tema também presente em sua obra, é representada por signos de opressão e controle. Magliani foi uma cronista implacável do seu tempo, não fazendo concessões ao status quo. Neste ensaio, a autora aborda como a opressão contra as mulheres, o racismo, a violência da ditadura militar no Brasil, a solidão dos centros urbanos e a degradação dos seres humanos estão presentes em sua produção artística. Este ensaio apresenta uma artista brasileira pouco conhecida pelo grande público, mas com uma obra de grande impacto e compromisso social com temas como o feminismo, a ecologia e as questões de negritude. Conforme demonstra o ensaio, a solidão, tantas vezes presente em sua obra, reflete também o estado da própria artista.