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No início da década de 1870, parte das ações desenvolvidas no âmbito da Secretaria de Polícia de Sergipe mirou, mais especialmente, a comunidade quilombola comandada por João Mulungu. Este artigo, ao se debruçar sobre os documentos produzidos no curso dessas atividades repressoras, procura mapear a trajetória desse quilombola pelas matas do Vale do Cotinguiba. Não se pretende aqui, no entanto, particularizar a sua luta, mas sim indicar o quanto as suas estratégias de sobrevivência e de manutenção da liberdade estavam conectadas aos anseios e às experiências vivenciadas por outros indivíduos, estivessem eles na condição de quilombola ou não. Isso, ao contrário do que se possa pensar, não retira o protagonismo de João Mulungu, ainda mais quando se percebe que a sua participação seria decisiva para que algumas redes de apoio e cumplicidade que pairavam as comunidades quilombolas se mantivessem ativas.