Michelle Christini Araújo Vieira, Maria da Glória Lima Cruz Teixeira, Kamyla Vieira Ribeiro, Kalliny Mirella Gonçalves Barbosa, Thaysa Maria Vieira Justino, Bruna Vidal, Emily Fernandes Pereira
{"title":"我的颜色不像这样,这是药物的颜色:在Petrolina, PE和Juazeiro, BA的15岁以下麻风病患者的身体形象","authors":"Michelle Christini Araújo Vieira, Maria da Glória Lima Cruz Teixeira, Kamyla Vieira Ribeiro, Kalliny Mirella Gonçalves Barbosa, Thaysa Maria Vieira Justino, Bruna Vidal, Emily Fernandes Pereira","doi":"10.15343/0104-7809.202347e14102022i","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo teve por objetivo compreender as repercussões da hanseníase na imagem corporal em menores de 15 anos afetados pela hanseníase. Participaram do estudo quatorze crianças e adolescentes menores de 15 anos que estavam cadastrados no programa de controle da Hanseníase de Petrolina-PE e Juazeiro-BA e que tiveram alta por cura. Utilizou-se a técnica de entrevista semiestruturada, que abrangeu questões norteadoras sobre a vivência da criança e do adolescente com a doença, abordando aspectos familiares, sociais e percepções advindas da experiência. Os dados obtidos foram analisados a partir do interacionismo simbólico e da sociologia de Erving Goffman, levando-se também em consideração leituras mais contemporâneas sobre performatividade. A partir das narrativas produzidas, buscou-se destacar os aspectos da imagem corporal da criança e do adolescente que tiveram hanseníase, organizados em eixos temáticos: imagem corporal, efeitos da hanseníase, racialização da doença e seus desdobramentos. Verifica-se que o elemento predominante da pesquisa ancora-se no corpo adoecido e marcado, imagens presentes em todas as entrevistas. Desse modo, para os participantes adoecidos pela hanseníase, o corpo é tido como “feio”, “doente” e “rejeitado”, sendo tal imagem corporal associada a repercussão negativa na sua autoimagem.","PeriodicalId":43983,"journal":{"name":"Mundo da Saude","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"My Color Is Not Like This, This Is the Color of the Medicine: Body Image of Individuals Under 15 Years Old Who Had Leprosy in Petrolina, PE and Juazeiro, BA\",\"authors\":\"Michelle Christini Araújo Vieira, Maria da Glória Lima Cruz Teixeira, Kamyla Vieira Ribeiro, Kalliny Mirella Gonçalves Barbosa, Thaysa Maria Vieira Justino, Bruna Vidal, Emily Fernandes Pereira\",\"doi\":\"10.15343/0104-7809.202347e14102022i\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo teve por objetivo compreender as repercussões da hanseníase na imagem corporal em menores de 15 anos afetados pela hanseníase. Participaram do estudo quatorze crianças e adolescentes menores de 15 anos que estavam cadastrados no programa de controle da Hanseníase de Petrolina-PE e Juazeiro-BA e que tiveram alta por cura. Utilizou-se a técnica de entrevista semiestruturada, que abrangeu questões norteadoras sobre a vivência da criança e do adolescente com a doença, abordando aspectos familiares, sociais e percepções advindas da experiência. Os dados obtidos foram analisados a partir do interacionismo simbólico e da sociologia de Erving Goffman, levando-se também em consideração leituras mais contemporâneas sobre performatividade. A partir das narrativas produzidas, buscou-se destacar os aspectos da imagem corporal da criança e do adolescente que tiveram hanseníase, organizados em eixos temáticos: imagem corporal, efeitos da hanseníase, racialização da doença e seus desdobramentos. Verifica-se que o elemento predominante da pesquisa ancora-se no corpo adoecido e marcado, imagens presentes em todas as entrevistas. Desse modo, para os participantes adoecidos pela hanseníase, o corpo é tido como “feio”, “doente” e “rejeitado”, sendo tal imagem corporal associada a repercussão negativa na sua autoimagem.\",\"PeriodicalId\":43983,\"journal\":{\"name\":\"Mundo da Saude\",\"volume\":\"26 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.1000,\"publicationDate\":\"2023-01-01\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Mundo da Saude\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.15343/0104-7809.202347e14102022i\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"Q4\",\"JCRName\":\"Medicine\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Mundo da Saude","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15343/0104-7809.202347e14102022i","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"Medicine","Score":null,"Total":0}
My Color Is Not Like This, This Is the Color of the Medicine: Body Image of Individuals Under 15 Years Old Who Had Leprosy in Petrolina, PE and Juazeiro, BA
Este artigo teve por objetivo compreender as repercussões da hanseníase na imagem corporal em menores de 15 anos afetados pela hanseníase. Participaram do estudo quatorze crianças e adolescentes menores de 15 anos que estavam cadastrados no programa de controle da Hanseníase de Petrolina-PE e Juazeiro-BA e que tiveram alta por cura. Utilizou-se a técnica de entrevista semiestruturada, que abrangeu questões norteadoras sobre a vivência da criança e do adolescente com a doença, abordando aspectos familiares, sociais e percepções advindas da experiência. Os dados obtidos foram analisados a partir do interacionismo simbólico e da sociologia de Erving Goffman, levando-se também em consideração leituras mais contemporâneas sobre performatividade. A partir das narrativas produzidas, buscou-se destacar os aspectos da imagem corporal da criança e do adolescente que tiveram hanseníase, organizados em eixos temáticos: imagem corporal, efeitos da hanseníase, racialização da doença e seus desdobramentos. Verifica-se que o elemento predominante da pesquisa ancora-se no corpo adoecido e marcado, imagens presentes em todas as entrevistas. Desse modo, para os participantes adoecidos pela hanseníase, o corpo é tido como “feio”, “doente” e “rejeitado”, sendo tal imagem corporal associada a repercussão negativa na sua autoimagem.