{"title":"tsorempre村的Xavante土著社区:资源管理和生态系统服务的利用","authors":"João Gomes Júnior, Odorico Ferreira Cardoso Neto","doi":"10.46551/issn2179-6807v29n1p154-173","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo aborda a gestão de recursos naturais e produzidos na aldeia Tsorempré, terra indígena Sangradouro-Volta Grande, nos municípios de General Carneiro, Novo São Joaquim e Poxoréu, estado de Mato Grosso. Para coletar e compreender os dados relacionados aos serviços ecossistêmicos realizados pelos indígenas e garantir a assertividade das observações realizadas durante as vivências na aldeia, foram elaborados e aplicados questionários temáticos, divididos por categorias. Esta pesquisa tem caráter etnográfico e qualitativo, sem o propósito de quantificar os aspectos investigados. De acordo com as observações feitas em campo, foi possível verificar que a população da aldeia Tsorempré utiliza os serviços ecossistêmicos (recursos naturais), principalmente para alimentação e para manutenção da cultura. Boa parte dos alimentos consumidos na aldeia são oriundos dos serviços ecossistêmicos. O povo Xavante é coletor e caçador; a coleta é uma atividade de responsabilidade das mulheres e a caça compete aos homens. Na relação entre produção, compra e venda existe uma prática complexa onde o que é produzido envolve condições climáticas e, especialmente, a cultura Xavante. O que é vendido considera, principalmente, as necessidades dos indígenas, ficando, os preços, estabelecidos em segundo plano, sem considerar o mercado. Percebe-se, assim, modos outros de os seres humanos se relacionarem uns com os outros, com a natureza, e com o consumo.","PeriodicalId":33948,"journal":{"name":"Revista Desenvolvimento Social","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-09-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Comunidade indígena Xavante da aldeia Tsorempré: Gestão de recursos e aproveitamento de serviços ecossistêmicos\",\"authors\":\"João Gomes Júnior, Odorico Ferreira Cardoso Neto\",\"doi\":\"10.46551/issn2179-6807v29n1p154-173\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo aborda a gestão de recursos naturais e produzidos na aldeia Tsorempré, terra indígena Sangradouro-Volta Grande, nos municípios de General Carneiro, Novo São Joaquim e Poxoréu, estado de Mato Grosso. Para coletar e compreender os dados relacionados aos serviços ecossistêmicos realizados pelos indígenas e garantir a assertividade das observações realizadas durante as vivências na aldeia, foram elaborados e aplicados questionários temáticos, divididos por categorias. Esta pesquisa tem caráter etnográfico e qualitativo, sem o propósito de quantificar os aspectos investigados. De acordo com as observações feitas em campo, foi possível verificar que a população da aldeia Tsorempré utiliza os serviços ecossistêmicos (recursos naturais), principalmente para alimentação e para manutenção da cultura. Boa parte dos alimentos consumidos na aldeia são oriundos dos serviços ecossistêmicos. O povo Xavante é coletor e caçador; a coleta é uma atividade de responsabilidade das mulheres e a caça compete aos homens. Na relação entre produção, compra e venda existe uma prática complexa onde o que é produzido envolve condições climáticas e, especialmente, a cultura Xavante. O que é vendido considera, principalmente, as necessidades dos indígenas, ficando, os preços, estabelecidos em segundo plano, sem considerar o mercado. Percebe-se, assim, modos outros de os seres humanos se relacionarem uns com os outros, com a natureza, e com o consumo.\",\"PeriodicalId\":33948,\"journal\":{\"name\":\"Revista Desenvolvimento Social\",\"volume\":\"6 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-09-25\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Desenvolvimento Social\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.46551/issn2179-6807v29n1p154-173\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Desenvolvimento Social","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.46551/issn2179-6807v29n1p154-173","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Comunidade indígena Xavante da aldeia Tsorempré: Gestão de recursos e aproveitamento de serviços ecossistêmicos
Este artigo aborda a gestão de recursos naturais e produzidos na aldeia Tsorempré, terra indígena Sangradouro-Volta Grande, nos municípios de General Carneiro, Novo São Joaquim e Poxoréu, estado de Mato Grosso. Para coletar e compreender os dados relacionados aos serviços ecossistêmicos realizados pelos indígenas e garantir a assertividade das observações realizadas durante as vivências na aldeia, foram elaborados e aplicados questionários temáticos, divididos por categorias. Esta pesquisa tem caráter etnográfico e qualitativo, sem o propósito de quantificar os aspectos investigados. De acordo com as observações feitas em campo, foi possível verificar que a população da aldeia Tsorempré utiliza os serviços ecossistêmicos (recursos naturais), principalmente para alimentação e para manutenção da cultura. Boa parte dos alimentos consumidos na aldeia são oriundos dos serviços ecossistêmicos. O povo Xavante é coletor e caçador; a coleta é uma atividade de responsabilidade das mulheres e a caça compete aos homens. Na relação entre produção, compra e venda existe uma prática complexa onde o que é produzido envolve condições climáticas e, especialmente, a cultura Xavante. O que é vendido considera, principalmente, as necessidades dos indígenas, ficando, os preços, estabelecidos em segundo plano, sem considerar o mercado. Percebe-se, assim, modos outros de os seres humanos se relacionarem uns com os outros, com a natureza, e com o consumo.