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Este estudo visa a provocar reflexões em torno da LGBTfobia enquanto conceito, associado socialmente ao estigma de pessoas LGBT, por se encontrarem fora dos contornos institucionais sacralizados historicamente pelo cissexismo, referente ao gênero e à orientação sexual. Nesta reflexão, a LGBTfobia é conceitualmente entendida como dispositivo dentro do mesmo prisma de Michel Foucault, dada a existência intencional de ações e mecanismos de dominação pelo aparato das instituições, mesmo que de forma velada. Tais práticas intencionais culminam na produção de múltiplas formas de violência, desumanização e morte — de quem não adere ao sistema sexo-gênero vigente. Sendo assim, ao se tratar de um dispositivo, conclui-se que as vulnerabilidades decorrentes da LGBTfobia não devem ser encaradas como uma questão individual e nem análogas ao racismo, pois isso reforça o apagamento de particularidades estruturais, bem como as gradações de enfrentamentos cotidianos da população LGBT.