Ana Carolina Torelli Marquezini Faccin, Meiry Almeida
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Neste artigo apontamos fatores espaciais da disseminação e analisamos os diferentes impactos da pandemia no Brasil levando em consideração a realidade étnico racial de sua população. Desse modo, defendemos que a pandemia não foi a mesma para todos, pois na ausência de um lockdown para todos garantido pelo Estado, houve o fato de a parcela mais empobrecida ter que se expor ao vírus para garantir sua sobrevivência. Assim, defendemos que a pandemia no Brasil assume um caráter de sindemia, pois há o entendimento de que a pobreza e fatores sociais estruturais agravam o quadro epidemiológico, pois quem mais sofre são os negros e pobres e entendemos, de maneira propositiva, a disseminação global do vírus SARS-COV2 como uma verticalidade, ou seja, uma força vertical externa que se realizou no território brasileiro de maneiras distintas, principalmente se considerarmos questões étnico-raciais e de poder aquisitivo da população.