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O diálogo com o discurso citado e a construção da posição autoral na produção do gênero resenha acadêmica
Se se admite que a escrita é tessitura tramada num espaço de heterogeneidades, como assumir o estatuto de autor (exigência da escrita acadêmica) quando se é um principiante, estudante universitário, que recorre a outras vozes/teóricos e que é convocado a agenciar alteridades para se constituir singularmente como uma voz autoral? Neste trabalho, busco responder a esta pergunta, apoiando-me nas contribuições dos estudos do discurso e da perspectiva dialógica da linguagem, bem como nos estudos que concebem a escrita como processo e trabalho. Ancorado na metodologia de abordagem qualitativa, o método de pesquisa adotado é o da pesquisa-ação. De um modo geral, os resultados da pesquisa apontam para a necessidade de que as ações de formação para a escrita na universidade privilegiem alguns dos princípios que envolvem a escrita acadêmica e a construção de uma posição autoral, numa perspectiva dialógico-discursiva, que transcenda a perspectiva comumente referendada nos manuais de escrita acadêmica. Além disso, em linhas gerais, os resultados apontam que os percursos de escrita dos alunos são marcados por um processo de (re)construção do posicionamento autoral marcadamente não linear, no qual a voz autoral vai se (re)modelando ao compasso que os sujeitos apreendem determinados valores inerentes à escrita acadêmica, retroagem sobre o processo de produção de sentidos dos textos e, consequentemente, ressignificam suas escolhas (posicionamentos, citações pinçadas dos textos resenhados, interatuam sobre os seus saberes, estabelecendo novas filiações de sentido com e a partir deles)