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CIDADE SIMULADA: DAS RUAS COMERCIAIS AOS CORREDORES DOS SHOPPINGS
Praças, passeios, ruas, monumentos, poderíamos assim descrever a morfologia de uma cidade, sobretudo seus espaços públicos. Os mesmos termos poderiam aludir às formas da estrutura interna de um shopping, já que a cidade é a referência de seu projeto. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo discutir a relação do shopping com a cidade, interpretando-o como simulação racionalizada do espaço urbano. A discussão é realizada a partir de uma revisão bibliográfica que permite compreender este fenômeno de forma geral, mas também a partir da conjuntura que é particular à cidade de Fortaleza. Revela-se, então, que o shopping induz e é indício de importantes transformações na ordem urbana, promovendo um outro relacionamento com a cidade, porque elabora e satisfaz novas demandas de urbanidade atendidas agora em seus corredores e cada vez menos na rua. Conclui-se que, se a princípio os shoppings têm o espaço urbano como referência, extraindo daí suas formas e símbolos para construção de uma cidade ideal, logo se tornaram modelos para a cidade real.