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Sob o título acima, empenha-se por refletir a convergência entre a poesia de Hölderlin e o pensamento de Heidegger. De modo algum, é uma reflexão afanada por inovação. Antes, é uma antiga via, de longo percurso já trilhado pelo pensador a partir de um encontro com a poesia do poeta suábio. Ao mesmo tempo, é via ainda aberta, com longo trecho ainda por se fazer. Se fosse uma trilha definitivamente finalizada, se não mais incitasse a colocar as mesmas questões filosóficas que ela reúne, porém, na tentativa de recolocá-las de modo cada vez mais originário, certamente, não seria aquilo que é: caminho em todo o tempo incitado por aquilo que se dá pensar, pelas questões mesmas. Em razão de permanecer estrada aberta, o título A poesia como experiência da (ausência) do divino é pretexto para o esforço de refazer, no pensamento, algumas pequenas trilhas e veredas da via na qual se convergem o pensar do pensador e o poetar do poeta. Quiçá, repercorrendo tais trilhas e veredas, já tão pisadas pelo pensador e inauguradas de modo único pelo poeta, conseguiremos, com muita modéstia, conduzi-las para novas paisagens.