Brenda Ramos Silva, Fernanda Rodrigues de Oliveira Penaforte, Flávia Gonçalves Micali, Marina Rodrigues Barbosa
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Resultados: As entrevistas permitiram a identificação de três eixos temáticos: (1) “Manejos da comida e do corpo: prazer, culpa e medo do ganho de peso”, explorando os embates que se intensificaram no que tange ao corpo e às escolhas alimentares; (2) “Re-arranjos sociais, comensalidade e práticas alimentares”; e (3) “O exercício do cozinhar no confinamento: polissemias, temporalidades e gênero”, discorrendo sobre o dinamismo da alimentação ao vivenciar alterações na composição domiciliar, rotina e obrigações de trabalho. Discussão: Foi possível identificar relações entre o distanciamento social, o confinamento domiciliar e as práticas alimentares individuais e coletivas. Em razão dos diferentes rearranjos sociais, estruturados pelos participantes para lidar com as restrições impostas pela pandemia, comportamentos dicotômicos emergiram, refletindo conflitos frente aos ajustes nas práticas alimentares. A relação nutriente-alimento (nutricionismo) esteve muito presente nas narrativas, influenciando pensamentos e comportamentos sobre o corpo e o bem-estar. 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O comer e as práticas alimentares de profissionais da educação superior na primeira onda da pandemia pela Covid-19: rearranjos e ressignificados
Introdução: O período pandêmico provocou inúmeras alterações, sendo a alimentação um dos contextos afetados. Objetivo: Compreender os novos arranjos e significados das práticas alimentares vivenciados durante a primeira onda da pandemia pela Covid-19 por profissionais da educação superior. Métodos: Trata-se de uma pesquisa qualitativa e de caráter exploratório. Foram entrevistados, individualmente e de forma remota, dez profissionais do setor da educação superior de duas universidades federais do interior de Minas Gerais. As entrevistas foram analisadas por meio da Análise Temática de Bardin em conjunto com a Análise de Similitude via IRAMUTEQ. Resultados: As entrevistas permitiram a identificação de três eixos temáticos: (1) “Manejos da comida e do corpo: prazer, culpa e medo do ganho de peso”, explorando os embates que se intensificaram no que tange ao corpo e às escolhas alimentares; (2) “Re-arranjos sociais, comensalidade e práticas alimentares”; e (3) “O exercício do cozinhar no confinamento: polissemias, temporalidades e gênero”, discorrendo sobre o dinamismo da alimentação ao vivenciar alterações na composição domiciliar, rotina e obrigações de trabalho. Discussão: Foi possível identificar relações entre o distanciamento social, o confinamento domiciliar e as práticas alimentares individuais e coletivas. Em razão dos diferentes rearranjos sociais, estruturados pelos participantes para lidar com as restrições impostas pela pandemia, comportamentos dicotômicos emergiram, refletindo conflitos frente aos ajustes nas práticas alimentares. A relação nutriente-alimento (nutricionismo) esteve muito presente nas narrativas, influenciando pensamentos e comportamentos sobre o corpo e o bem-estar. Conclusão: Conclui-se que o contexto pandêmico gerou alterações em relação aos arranjos, representações e significados do comer e da alimentação.