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Partindo das discussões que Gadamer realiza em Verdade e Método sobre a Crítica do Juízo de Kant, e em particular sobre a distinção entre beleza livre e beleza aderente, o objetivo deste texto é mostrar as implicações políticas do projeto de Gadamer. Contra as interpretações niilistas e conservadoras de Verdade e Método, queremos argumentar que o verdadeiro objetivo de Gadamer é conceber uma verdade que seja emancipadora, ou melhor, que, enquanto vivenciada e histórica, ultrapasse as condições de verdade como conformidade a uma dada regra. A verdade extrametódica, de que fala Gadamer, é função de uma “universalidade intensional” que envolve a abertura de um domínio dado, entendido tanto em termos científicos (reino de verdades constituídas) quanto em termos políticos (reino de exercício do poder). Essa é, para Gadamer, a função da experiência da verdade na arte e, em geral, nas ciências do espírito.