Lucas Vinícius de Lima, Gabriel Pavinati, Elton Carlos de Almeida, Nelly Moraes Gil, Vanessa Denardi Antoniassi Baldissera, Gabriela Tavares Magnabosco
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Calcularam-se os coeficientes anuais de detecção e de mortalidade; realizou-se análise de tendência por modelos de regressão polinomial; construíram-se mapas temáticos para a distribuição espacial; e utilizou-se o coeficiente de correlação de Spearman para a associação com sete indicadores socioeconômicos. Resultados: O Brasil apresentou tendência decrescente da detecção e da mortalidade pelas hepatites. As regiões Sul e Norte apresentaram as maiores taxas de hepatite B, com tendência decrescente e estacionária, respectivamente. As taxas mais altas de hepatite C foram nas regiões Sul e Sudeste, ambas em decréscimo. A detecção da hepatite B foi maior no Acre e em Rondônia e a da hepatite C foi no Rio Grande do Sul e no Acre. Percebeu-se aumento da detecção das infecções e declínio da mortalidade pela hepatite C no Pará e no Acre. A detecção das hepatites se relacionou inversamente com taxa de analfabetismo e diretamente com índice de desenvolvimento humano, esperança de vida e renda per capita. 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Tendência temporal, distribuição espacial e fatores associados à detecção e mortalidade por hepatites virais B e C no Brasil (2010–2019)
Introdução: A eliminação das hepatites virais figura como uma das metas da agenda para 2030, especialmente por representarem graves problemas de saúde pública. Objetivo: Analisar a tendência temporal, a distribuição espacial e os fatores associados à detecção e à mortalidade por hepatites virais B e C no Brasil de 2010 a 2019. Métodos: Estudo ecológico sobre as regiões e as unidades federadas brasileiras. Calcularam-se os coeficientes anuais de detecção e de mortalidade; realizou-se análise de tendência por modelos de regressão polinomial; construíram-se mapas temáticos para a distribuição espacial; e utilizou-se o coeficiente de correlação de Spearman para a associação com sete indicadores socioeconômicos. Resultados: O Brasil apresentou tendência decrescente da detecção e da mortalidade pelas hepatites. As regiões Sul e Norte apresentaram as maiores taxas de hepatite B, com tendência decrescente e estacionária, respectivamente. As taxas mais altas de hepatite C foram nas regiões Sul e Sudeste, ambas em decréscimo. A detecção da hepatite B foi maior no Acre e em Rondônia e a da hepatite C foi no Rio Grande do Sul e no Acre. Percebeu-se aumento da detecção das infecções e declínio da mortalidade pela hepatite C no Pará e no Acre. A detecção das hepatites se relacionou inversamente com taxa de analfabetismo e diretamente com índice de desenvolvimento humano, esperança de vida e renda per capita. Conclusão: Foram evidenciadas disparidades regionais e estaduais quanto ao comportamento das hepatites virais B e C no Brasil, sendo que localidades com melhores índices de desenvolvimento apresentaram maiores taxas de detecção.