Adesivos dentinários conseguem prevenir a descoloração causada por pastas antibióticas usadas em procedimentos de regeneração pulpar? Uma análise espectrofotométrica

Objetivos: Avaliar a eficácia preventiva do adesivo dentinário (AD) contra descoloração causada por diferentes pastas antibióticas. Metodologia: Cento e quarenta dentes bovinos foram acessados e seus tecidos pulpares foram removidos. Após a medição inicial do espectrofotômetro de cor, 60 dentes foram submetidos ao AD antes da inserção das pastas antibióticas. Em seguida, os dentes foram alocados aleatoriamente em seis grupos (n = 20): PTA (Metronidazol, Ciprofloxacina e Minociclina), PTAM (Metronidazol, Ciprofloxacina e Amoxicilina), PDA (Metronidazol e Ciprofloxacina), AD + PTA, AD + PTAM e AD + PDA. Vinte dentes compuseram os dois grupos controle: um sem procedimentos e outro com aplicação de AD. As amostras foram descoloridas com pastas antibióticas durante um período de quatro semanas. As leituras espectrofotométricas foram obtidas nas superfícies vestibulares da coroa no dia 1 até 4 semanas após o preenchimento, e o valor de E foi calculado. Os dados foram analisados com os testes ANOVA de duas vias, Tukey post-hoc e teste t para amostras independentes (p = 0,05). Resultados: O grupo PTA induziu mais descoloração coronária quando comparado aos outros grupos testados (p < 0,05). A aplicação do AD diminuiu os valores de E apenas no grupo PTA, após a primeira semana (p < 0,05); no entanto, o escurecimento ainda foi clinicamente perceptível. Nos demais grupos, a aplicação do AD não interferiu na variação da cor nos diferentes momentos avaliados (p > 0,05). Conclusões: A pasta antibiótica contendo minociclina causou a maior descoloração coronária. A aplicação prévia do AD não contribuiu para prevenir a descoloração.