Natália Claret Torres Praça, Gabriela Kei Ramalho Yoshimoto, João De Sousa Pinheiro Barbosa
{"title":"根据 COVID-19 大流行之前和期间的死亡率,患有抑郁症的老年人口的流行病学概况","authors":"Natália Claret Torres Praça, Gabriela Kei Ramalho Yoshimoto, João De Sousa Pinheiro Barbosa","doi":"10.5102/pic.n0.2022.9597","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O transtorno depressivo é uma patologia de alta prevalência na população idosa. O processode adoecimento é multifatorial, sendo necessário analisar fatores biopsicossociais de cadaperíodo, como a pandemia de COVID-19 em 2020, que alterou o curso de diversas patologiasdevido às medidas sanitárias adotadas e o medo do adoecimento. Assim, analisa-se o perfilepidemiológico da população idosa com transtorno depressivo maior e recorrente (CID F32 eF33) por meio da taxa de mortalidade e do número de óbitos de idosos nos anos de 2019 e2020, em âmbito nacional e nas regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, porfaixa etária (60-69 anos, 70-79 anos e 80 ou mais), sexo, cor/raça, escolaridade, estado civil elocal de ocorrência. Esta pesquisa caracteriza-se como um estudo epidemiológicoretrospectivo ecológico, com dados coletados no Sistema de Informações sobre Mortalidadeda Saúde (SIM) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil(DATASUS). Os resultados mostram um aumento da taxa de mortalidade em idosos pordepressão, de 1,93 por 1000 habitantes em 2019 para 2,46 por 1000 habitantes em 2020,com aumento da taxa de mortalidade também em todas as regiões brasileiras, excetuando aRegião Sul. No ano de 2019, a Região Sudeste apresentou o maior número de óbitos, seguidapelas regiões Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Norte. Porém, em 2020, ocorreu um aumentosignificativo de óbitos nas regiões Centro-Oeste e Norte, ultrapassando a Região Sul. Emrelação a idade, a faixa etária mais acometida nos dois anos analisados foi a de 80 anos oumais. Em relação ao sexo, houve um aumento do número de casos tanto em homens quantoem mulheres, porém as mulheres foram mais afetadas. Em relação à cor/raça, a populaçãobranca foi a mais afetada, seguida por pardos, pretos, ignorados e amarelos. Vale ressaltarque inexistem dados acerca de óbitos na população indígena nos anos analisados. Emrelação à escolaridade, idosos com 1-3 anos de escolaridade foram os mais acometidos,seguidos por nenhuma escolaridade, 4-7 anos, ignorados, 8-11 anos e 12 anos e mais. Emrelação ao estado civil, os viúvos representaram o maior número de óbitos, seguidos porcasados, solteiros, ignorados, separados judicialmente e outros. Em relação ao local deocorrência, observou-se um aumento dos casos de óbitos em domicílio e uma redução dosóbitos hospitalares entre o ano de 2019 e 2020. Assim, o perfil epidemiológico da populaçãoidosa com transtorno depressivo, com base na taxa de mortalidade, pré e durante apandemia de COVID-19 foi: idoso com 80 anos ou mais, brancos, com menor nível deescolaridade, viúvos e com óbito domiciliar. Dessa forma, baseado nesse perfil obtido,busca-se uma melhoria do serviço de saúde mental prestado à população idosa que sejaconsoante com o envelhecimento ativo e saudável proposto pela Organização Mundial daSaúde e com o princípio de equidade do Sistema Único de Saúde, por meio de políticaspúblicas direcionadas para aqueles mais afetados.","PeriodicalId":413672,"journal":{"name":"Programa de Iniciação Científica - PIC/UniCEUB - Relatórios de Pesquisa","volume":"21 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Perfil epidemiológico da população idosa com transtorno depressivo, com base na taxa de mortalidade, pré e durante a pandemia de COVID-19\",\"authors\":\"Natália Claret Torres Praça, Gabriela Kei Ramalho Yoshimoto, João De Sousa Pinheiro Barbosa\",\"doi\":\"10.5102/pic.n0.2022.9597\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O transtorno depressivo é uma patologia de alta prevalência na população idosa. 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Perfil epidemiológico da população idosa com transtorno depressivo, com base na taxa de mortalidade, pré e durante a pandemia de COVID-19
O transtorno depressivo é uma patologia de alta prevalência na população idosa. O processode adoecimento é multifatorial, sendo necessário analisar fatores biopsicossociais de cadaperíodo, como a pandemia de COVID-19 em 2020, que alterou o curso de diversas patologiasdevido às medidas sanitárias adotadas e o medo do adoecimento. Assim, analisa-se o perfilepidemiológico da população idosa com transtorno depressivo maior e recorrente (CID F32 eF33) por meio da taxa de mortalidade e do número de óbitos de idosos nos anos de 2019 e2020, em âmbito nacional e nas regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, porfaixa etária (60-69 anos, 70-79 anos e 80 ou mais), sexo, cor/raça, escolaridade, estado civil elocal de ocorrência. Esta pesquisa caracteriza-se como um estudo epidemiológicoretrospectivo ecológico, com dados coletados no Sistema de Informações sobre Mortalidadeda Saúde (SIM) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil(DATASUS). Os resultados mostram um aumento da taxa de mortalidade em idosos pordepressão, de 1,93 por 1000 habitantes em 2019 para 2,46 por 1000 habitantes em 2020,com aumento da taxa de mortalidade também em todas as regiões brasileiras, excetuando aRegião Sul. No ano de 2019, a Região Sudeste apresentou o maior número de óbitos, seguidapelas regiões Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Norte. Porém, em 2020, ocorreu um aumentosignificativo de óbitos nas regiões Centro-Oeste e Norte, ultrapassando a Região Sul. Emrelação a idade, a faixa etária mais acometida nos dois anos analisados foi a de 80 anos oumais. Em relação ao sexo, houve um aumento do número de casos tanto em homens quantoem mulheres, porém as mulheres foram mais afetadas. Em relação à cor/raça, a populaçãobranca foi a mais afetada, seguida por pardos, pretos, ignorados e amarelos. Vale ressaltarque inexistem dados acerca de óbitos na população indígena nos anos analisados. Emrelação à escolaridade, idosos com 1-3 anos de escolaridade foram os mais acometidos,seguidos por nenhuma escolaridade, 4-7 anos, ignorados, 8-11 anos e 12 anos e mais. Emrelação ao estado civil, os viúvos representaram o maior número de óbitos, seguidos porcasados, solteiros, ignorados, separados judicialmente e outros. Em relação ao local deocorrência, observou-se um aumento dos casos de óbitos em domicílio e uma redução dosóbitos hospitalares entre o ano de 2019 e 2020. Assim, o perfil epidemiológico da populaçãoidosa com transtorno depressivo, com base na taxa de mortalidade, pré e durante apandemia de COVID-19 foi: idoso com 80 anos ou mais, brancos, com menor nível deescolaridade, viúvos e com óbito domiciliar. Dessa forma, baseado nesse perfil obtido,busca-se uma melhoria do serviço de saúde mental prestado à população idosa que sejaconsoante com o envelhecimento ativo e saudável proposto pela Organização Mundial daSaúde e com o princípio de equidade do Sistema Único de Saúde, por meio de políticaspúblicas direcionadas para aqueles mais afetados.