Ludmylla Maria Souza Botêlho de Menezes, Anne Carolinne Marie Dos Santos Gomes, Cláudia Germana Virgínio de Souto, Vagna Cristina Leite da Silva Pereira, Inês Fernanda Batista do Nascimento, Adriana Lira Rufino de lucena
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Como resultados, verificou-se que: 40% têm idade entre 50 a 60 anos; 20% com ensino médio; 80% têm parceiro; 60% são professoras, com renda mensal de um salário mínimo. Os dados ginecológicos revelam que: 90% teve sua menarca entre 10-15 anos; 60% a primeira relação sexual entre 15-20 anos e apresenta ciclo menstrual com variação de 21 dias e duração de 04 dias; 80% sentem cólicas no período menstrual e 90% apresentaram parto normal. Com relação aos discursos frente à vivência climatérica, foram elaboradas três categorias temáticas: o climatério sob a ótica feminina: considerações limitadas; influência do climatério na qualidade de vida feminina e cuidados terapêuticos na fase climatérica. Diante dos resultados, este estudo propõe que os serviços que formam a Atenção Primária de Saúde promovam um cuidado baseado nas ideias freireanas, que se baseiam no diálogo para conscientização a autonomia do outro, permitindo visibilidade à mulher climatérica, de forma que se sintam responsáveis pelo autocuidado. Ao mesmo tempo, os profissionais devem se colocar disponíveis para o trabalho de educação e promoção à saúde, pautado na possibilidade de intervenção da realidade, refletindo criticamente, intervindo e agindo, escolhendo e decidindo de forma compartilhada.\n ","PeriodicalId":508666,"journal":{"name":"Revista de Ciências da Saúde Nova Esperança","volume":"54 8","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-01-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"EXPERIÊNCIAS CLIMATÉRICAS SOB A ÓTICA DE MULHERES DE UM CENTRO EDUCACIONAL\",\"authors\":\"Ludmylla Maria Souza Botêlho de Menezes, Anne Carolinne Marie Dos Santos Gomes, Cláudia Germana Virgínio de Souto, Vagna Cristina Leite da Silva Pereira, Inês Fernanda Batista do Nascimento, Adriana Lira Rufino de lucena\",\"doi\":\"10.17695/rcsne.vol21.nesp1.p428-440\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O climatério é uma fase da vida que historicamente foi e, ainda, é negligenciada no âmbito da saúde. 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EXPERIÊNCIAS CLIMATÉRICAS SOB A ÓTICA DE MULHERES DE UM CENTRO EDUCACIONAL
O climatério é uma fase da vida que historicamente foi e, ainda, é negligenciada no âmbito da saúde. Assim, objetivou-se desvelar a vivência de mulheres climatéricas. Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem qualitativa, realizado em um centro municipal de educação, com dez mulheres nos meses de agosto e setembro do corrente ano, por meio de entrevistas gravadas e guiada por um roteiro semiestruturado. Utilizou-se a saturação teórica das fontes primárias e a análise de conteúdo. O presente estudo respeitou os aspectos éticos contidos na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Como resultados, verificou-se que: 40% têm idade entre 50 a 60 anos; 20% com ensino médio; 80% têm parceiro; 60% são professoras, com renda mensal de um salário mínimo. Os dados ginecológicos revelam que: 90% teve sua menarca entre 10-15 anos; 60% a primeira relação sexual entre 15-20 anos e apresenta ciclo menstrual com variação de 21 dias e duração de 04 dias; 80% sentem cólicas no período menstrual e 90% apresentaram parto normal. Com relação aos discursos frente à vivência climatérica, foram elaboradas três categorias temáticas: o climatério sob a ótica feminina: considerações limitadas; influência do climatério na qualidade de vida feminina e cuidados terapêuticos na fase climatérica. Diante dos resultados, este estudo propõe que os serviços que formam a Atenção Primária de Saúde promovam um cuidado baseado nas ideias freireanas, que se baseiam no diálogo para conscientização a autonomia do outro, permitindo visibilidade à mulher climatérica, de forma que se sintam responsáveis pelo autocuidado. Ao mesmo tempo, os profissionais devem se colocar disponíveis para o trabalho de educação e promoção à saúde, pautado na possibilidade de intervenção da realidade, refletindo criticamente, intervindo e agindo, escolhendo e decidindo de forma compartilhada.