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O currículo no ciclo básico de alfabetização: (Re)apropriações da cultura escolar
O artigo é parte da pesquisa de doutorado que analisa a implantação do CBA – Ciclo Básico de Alfabetização (1980 e 1990). Apresenta a trajetória e a análise das reações e (re)apropriações da cultura escolar, diante da proposta curricular adotada. A metodologia foi a da pesquisa qualitativa, com levantamento de dados por meio de entrevistas orais semiestruturadas e análise documental. Na fase de tratamento e análise, utilizamos os recursos operacionais do software Atlas.ti 9 – Qualitative Data Analysis (2021), orientado e associado pela Análise de Conteúdo categorial temática, proposta por Bardin (1977). A sistematização dos dados em categorias possibilitou a análise do CBA nas práticas pedagógicas e na organização do currículo. As conclusões consideram que as reformas educacionais que propuseram mudanças curriculares são submetidas à cultura escolar, com suas formas específicas, e são dependentes das reações dos sujeitos dessa cultura. As concepções docentes impactaram a organização curricular, mantendo o distanciamento entre o plano de reforma e a sua implementação. Sob tensões e conflitos, as alfabetizadoras se utilizaram de táticas e de bricolagem, (re)apropriaram-se das normas curriculares e as organizaram, na prática, com relativa autonomia e amparo na tradição existente.