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Entre o acolhimento e o preconceito: Experiências de universitários gays, lésbicas e bissexuais numa universidade comunitária
A universidade, especialmente a comunitária, possui o dever de contribuir para o desenvolvimento sustentável e a formação humana. Tornar-se mais inclusiva é um caminho para isso. A pesquisa objetiva compreender de que modo o espaço da universidade comunitária se constitui (ou não) em lugar de acolhimento de estudantes LGBT+ e, também, de que forma ela poderia se consolidar nesse sentido. A investigação, desenvolvida junto a graduandos gays, lésbicas e bissexuais de uma universidade comunitária do sul do Brasil, é de abordagem mista, realizada através de survey e entrevistas. Os dados foram interpretados por meio da análise de práticas discursivas. Os resultados evidenciam a importância das relações apoiadoras existentes e os efeitos positivos do sentimento de pertencimento ao grupo de colegas. Todavia, a universidade nem sempre se constitui como lugar de apoio. Olhares desconfiados e tratamentos hostis configuram preconceitos e microagressões vivenciadas no ambiente acadêmico. Para que a universidade se torne mais acolhedora, são necessários: a criação de espaços coletivos em que os estudantes se sintam seguros e fortalecidos; uma comunicação institucional inclusiva; a formação da comunidade acadêmica para o desenvolvimento da competência cultural; a crítica à neutralidade e o empenho para maior porosidade com a realidade sociocultural dos estudantes.