R. G. Benevides, L. Brandão, Matheus Batista dos Santos
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Enriquecimento proteico de resíduos agroindustriais por fermentação semissólida a partir de Lentinus tigrinus
Seleção de diferentes microrganismos e substratos são importantes desafios para viabilizar potenciais resíduos para alimentação animal. Diante disso, objetivou-se avaliar os efeitos da fermentação semissólida (FSS) com o fungo Lentinus tigrinus no enriquecimento proteico e degradação das frações fibrosas de diferentes resíduos agroindustriais para alimentação animal. As cepas foram repicadas por 7 dias até crescimento visível do micélio e posteriormente inoculadas nos substratos. Cinco tipos de resíduos agroindustriais foram usados como substrato: Bagaço de cana (BC), coproduto do desfibramento do sisal (CDS), feno do CDS, resíduo seco de cervejaria (RCS) e resíduo úmido de cervejaria (RUC). Amostras do substrato sem inócuo e após a FSS foram coletadas para análise bromatológica em triplicata. Os teores de MS não apresentaram grandes índices de perdas durante o período de 24 horas, mantendo um valor muito próximo ao inicial em todos os resíduos. Foi observado um enriquecimento proteico nos cinco tipos de resíduos agroindustriais estudados usando FSS por L. tigrinus com destaque para o resíduo úmido de cervejaria, 50%. Foi também neste substrato que houve significativa redução de lignina (17%) sob as condições estabelecidas. Todos os resíduos deste estudo podem ser usados como substrato para o enriquecimento protéico e destinados como alimentos para animais. Todavia, o resíduo de cervejaria e o coproduto do desfibramento do sisal, nas diferentes formas avaliadas, se destacaram.