Geisa Perez Medina Gomide, Maria Bernadete Santos Teixeira, Guilherme Andrade Pereira, Fernanda Carolina Camargo, Beatriz Guerta Pastori, Felipe Ferreira Dias, J. Ferreira, Pedro Teixeira Meireles, Nathan Castro Silva, Otilia Silva de Carvalho Neta, Vanessa Guizolfe Sales de Lima, Rejane Andrea de Paulo Cunha, Douglas Reis Abdalla, Cristina da Cunha Hueb Barata de Oliveira
{"title":"被剥夺自由者丙型肝炎流行病学研究","authors":"Geisa Perez Medina Gomide, Maria Bernadete Santos Teixeira, Guilherme Andrade Pereira, Fernanda Carolina Camargo, Beatriz Guerta Pastori, Felipe Ferreira Dias, J. Ferreira, Pedro Teixeira Meireles, Nathan Castro Silva, Otilia Silva de Carvalho Neta, Vanessa Guizolfe Sales de Lima, Rejane Andrea de Paulo Cunha, Douglas Reis Abdalla, Cristina da Cunha Hueb Barata de Oliveira","doi":"10.7322/abcshs.2022103.1653","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A prevalência da hepatite C (HCV) é elevada entre os prisioneiros. Se não tratada, proporção substancial das infecções progride para cirrose, hepatocarcinoma ou insuficiência hepática. Organização Mundial de Saúde tem a meta de reduzir a incidência da infecção em 90% até 2030. Objetivo: Descrever a prevalência do anti-HCV e os aspectos sociodemográficos e clínicos, relacionados à presença do anticorpo, na população privada de liberdade. Métodos: Estudo transversal por inquérito epidemiológico, com componente exploratório, observacional, quantitativo-analítico. Foi calculada amostra aleatória simples de 233 pessoas, Intervalo de Confiança (IC) 95%, margem de erro 4% para população de 1564 prisioneiros. Foi avaliada a relação entre os aspectos sociodemográficos e clínicos com o desfecho obtido pelo teste rápido para anti-HCV por meio da medida associativa Razão de Prevalência (RP) e IC de 95% para essa estimativa. Resultados: Participaram 240 pessoas. A prevalência do anti-HCV foi de 2%, sendo que o uso de drogas injetáveis (RP 14,75; RPIC95% 2,09-104,28), ter nascido nas décadas de 1951 a 1980 (RP 9,28; RPIC95% 1,06-81,57) e ser coinfectado com o vírus da hepatite B (RP 10,75; RPIC95% 1,66-69,65) foram os aspectos que apresentaram razão de prevalência para a presença do vírus, passível de generalização para a população. Conclusão: Trata-se de população de difícil acesso, o estudo é relevante por contribuir para medidas preventivas de saúde pública no sistema prisional. Outrossim, mostra a necessidade de se implementar medidas para evitar e conter a disseminação de HCV, visando a microeliminação da hepatite C na população carcerária.","PeriodicalId":30632,"journal":{"name":"ABCS Health Sciences","volume":"43 16","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-07-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Estudo epidemiológico da Hepatite C em pessoas privadas de liberdade\",\"authors\":\"Geisa Perez Medina Gomide, Maria Bernadete Santos Teixeira, Guilherme Andrade Pereira, Fernanda Carolina Camargo, Beatriz Guerta Pastori, Felipe Ferreira Dias, J. Ferreira, Pedro Teixeira Meireles, Nathan Castro Silva, Otilia Silva de Carvalho Neta, Vanessa Guizolfe Sales de Lima, Rejane Andrea de Paulo Cunha, Douglas Reis Abdalla, Cristina da Cunha Hueb Barata de Oliveira\",\"doi\":\"10.7322/abcshs.2022103.1653\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: A prevalência da hepatite C (HCV) é elevada entre os prisioneiros. Se não tratada, proporção substancial das infecções progride para cirrose, hepatocarcinoma ou insuficiência hepática. Organização Mundial de Saúde tem a meta de reduzir a incidência da infecção em 90% até 2030. Objetivo: Descrever a prevalência do anti-HCV e os aspectos sociodemográficos e clínicos, relacionados à presença do anticorpo, na população privada de liberdade. Métodos: Estudo transversal por inquérito epidemiológico, com componente exploratório, observacional, quantitativo-analítico. Foi calculada amostra aleatória simples de 233 pessoas, Intervalo de Confiança (IC) 95%, margem de erro 4% para população de 1564 prisioneiros. Foi avaliada a relação entre os aspectos sociodemográficos e clínicos com o desfecho obtido pelo teste rápido para anti-HCV por meio da medida associativa Razão de Prevalência (RP) e IC de 95% para essa estimativa. Resultados: Participaram 240 pessoas. A prevalência do anti-HCV foi de 2%, sendo que o uso de drogas injetáveis (RP 14,75; RPIC95% 2,09-104,28), ter nascido nas décadas de 1951 a 1980 (RP 9,28; RPIC95% 1,06-81,57) e ser coinfectado com o vírus da hepatite B (RP 10,75; RPIC95% 1,66-69,65) foram os aspectos que apresentaram razão de prevalência para a presença do vírus, passível de generalização para a população. Conclusão: Trata-se de população de difícil acesso, o estudo é relevante por contribuir para medidas preventivas de saúde pública no sistema prisional. Outrossim, mostra a necessidade de se implementar medidas para evitar e conter a disseminação de HCV, visando a microeliminação da hepatite C na população carcerária.\",\"PeriodicalId\":30632,\"journal\":{\"name\":\"ABCS Health Sciences\",\"volume\":\"43 16\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2024-07-10\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"ABCS Health Sciences\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.7322/abcshs.2022103.1653\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"ABCS Health Sciences","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.7322/abcshs.2022103.1653","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Estudo epidemiológico da Hepatite C em pessoas privadas de liberdade
Introdução: A prevalência da hepatite C (HCV) é elevada entre os prisioneiros. Se não tratada, proporção substancial das infecções progride para cirrose, hepatocarcinoma ou insuficiência hepática. Organização Mundial de Saúde tem a meta de reduzir a incidência da infecção em 90% até 2030. Objetivo: Descrever a prevalência do anti-HCV e os aspectos sociodemográficos e clínicos, relacionados à presença do anticorpo, na população privada de liberdade. Métodos: Estudo transversal por inquérito epidemiológico, com componente exploratório, observacional, quantitativo-analítico. Foi calculada amostra aleatória simples de 233 pessoas, Intervalo de Confiança (IC) 95%, margem de erro 4% para população de 1564 prisioneiros. Foi avaliada a relação entre os aspectos sociodemográficos e clínicos com o desfecho obtido pelo teste rápido para anti-HCV por meio da medida associativa Razão de Prevalência (RP) e IC de 95% para essa estimativa. Resultados: Participaram 240 pessoas. A prevalência do anti-HCV foi de 2%, sendo que o uso de drogas injetáveis (RP 14,75; RPIC95% 2,09-104,28), ter nascido nas décadas de 1951 a 1980 (RP 9,28; RPIC95% 1,06-81,57) e ser coinfectado com o vírus da hepatite B (RP 10,75; RPIC95% 1,66-69,65) foram os aspectos que apresentaram razão de prevalência para a presença do vírus, passível de generalização para a população. Conclusão: Trata-se de população de difícil acesso, o estudo é relevante por contribuir para medidas preventivas de saúde pública no sistema prisional. Outrossim, mostra a necessidade de se implementar medidas para evitar e conter a disseminação de HCV, visando a microeliminação da hepatite C na população carcerária.