Caryocar brasiliense: prospecção fitoquímica e atividade antibacteriana

O pequi (Caryocar brasiliense Camb.) fruto do Cerrado brasileiro, destacando-se por sua polpa com alto teor de fibras, lipídios, carotenoides e compostos fenólicos. Considerado uma planta medicinal com ação antimicrobiana. Os objetivos foram identificar os metabólitos secundários da espécie Caryocar brasiliensis, avaliar a atividade antibacteriana e analisar a toxicidade frente à Artemia salina Lesh. Na metodologia empregada, as folhas foram coletadas, preparadas como exsicatas e catalogadas. Os extratos foram feitos com etanol a 70%. A análise química detectou-se taninos, flavonoides, alcaloides e compostos fenólicos. Na análise microbiológica, foram testados com cepas padrões de Streptococcus mutans e Klebsiella pneumoniae, O ensaio antimicrobiano foi realizado buscando encontrar a concentração inibitória mínima (CIM) através do teste de macrodiluição. Após incubação a 37°C, a resazurina foi usada, com leitura após 2 horas. Os controles positivos (Ciprofloxacino 2mg/mL) e negativos foram utilizados. Na avaliação da toxicidade foi submetido ao teste com Artemia salina, a letalidade foi avaliada após 24 horas, contando o número de larvas vivas. O controle negativo foi salina sintética e DMSO, enquanto o controle positivo foi dicromato de potássio. Como resultados para os testes realizados o Caryocar brasiliense demonstrou um notável potencial na prospecção de bioprodutos, revelando a presença de diversos metabólitos secundários, como Flavonas, Xantonas e Taninos hidrolisáveis além de apresentar valores significativos de polifenóis, corroborando a relevância dessa espécie vegetal como fontes de substâncias antioxidantes. Os testes realizados com Artemia salina evidenciaram a baixa toxicidade do extrato, no entanto os testes microbiológicos indicaram um baixo potencial antibacteriano.