Avaliação da função pulmonar e da capacidade funcional em pacientes idosos pós-COVID

Ao fim de 2019, na cidade chinesa de Wuhan, ocorreu uma crescente curva exponencial de casos de pneumonia ocasionada por um novo vírus, nomeado de Síndrome Respiratória Aguda Grave do Coronavírus 2 (SARS-CoV-2). Ao longo desses 4 anos, milhões de pessoas em todo o mundo vieram a óbito em decorrência do quadro clínico ocasionado por essa infecção. A maioria dos casos são leves e assintomáticos, no entanto, devido a algumas comorbidades, como a velhice, alguns indivíduos podem desenvolver uma forma mais severa da doença. Esta pesquisa tem a finalidade de avaliar a função pulmonar em pacientes idosos que foram acometidos pela COVID-19. Para isso, foram recrutados por conveniência, 30 pacientes atendidos em um serviço de fisioterapia de uma capital nordestina. Os idosos foram alocados em dois grupos, o grupo estudo (GE) e o grupo controle (GC), formados respectivamente por aqueles que foram infectados previamente pelo Sars-CoV-2 e pelos não acometidos pela doença. A análise dos dados levantados foi feita considerando um valor α de p < 0,05, para significância estatística. A média de idade dos indivíduos com COVID-19 e sem COVID-19 não apresentou diferença significativa, caracterizando uma amostra homogênea. Com relação aos sinais vitais, os pacientes pertencentes ao GE apresentaram uma maior taquicardia. Na espirometria, o Índice de Tiffeneau (FEV1/FVC) apresentou p = 0,020, no qual o GE resultou numa média de 88,94 ± 10,33% e, o GC, 72,67 ± 21,09%, apontando um maior comprometimento do fluxo aéreo do GE.