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'Será a guerra feita com toda a fealdade, a ferro e fogo: do direito de resistência na América Portuguesa.
Este artigo analisa, através de pesquisa bibliográfica e documental, a influência e difusão do pensamento humanista ibérico, representado pela Escola de Salamanca, na formação de uma cultura política republicana na América portuguesa baseada nas ideias de liberdade Política e de direito do povo à resistência. A circulação das Ideias humanistas latentes na Europa moderna atravessa o Atlântico e projeta-se em solo mineiro no século XVIII, através da ação de padres que, ao incentivarem e orientarem os potentados locais nas suas atividades de resistência contra os governadores coloniais, criaram um comportamento participativo para os envolvidos e uma consciência política baseada no direito do povo de impor as suas próprias leis. Essa ideia republicana foi consumada em plena guerra com a eleição popular do governador de Minas, em 1709, quando os vassalos rebeldes deram origem à república dos emboabas, configurada pelo poder civil, e impondo sucessivas rebeliões ao governo local da capitania em meados do século XVIII. Os resultados demonstraram serem os emboabas sujeitos atuantes no espaço colonial, não meros subprodutos de uma relação de poder colonialista.