NEUROTUBERCULOSE EM CRIANÇA DE 3 ANOS E SEUS DESAFIOS DIAGNÓSTICOS: UM RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO: a tuberculose envolve predominantemente os pulmões, entretanto as manifestações extrapulmonares afetam cerca de 15% dos indivíduos infectados. Nesse contexto, a neurotuberculose é considerada a manifestação mais grave, sendo o quinto tipo mais comum e correspondendo a 5 a 10% das formas extrapulmonares. RELATO DE CASO: Trata-se de paciente de 3 anos apresentando febre recorrente, episódios frequentes de convulsões tônico-clônico generalizadas, perda de peso e fraqueza. Durante a investigação o paciente evidenciou IGRA reagente, prova tuberculínica positiva e alterações em tomografias de tórax e abdome além de ressonância magnética de crânio. Paciente foi diagnosticado com neurotuberculose após aplicação de escore diagnóstico. DISCUSSÃO: Em crianças, a incidência de casos de tuberculose varia em torno de 10%, sendo que desses, 80% são menores de 5 anos. Nesse contexto, o diagnóstico na infância se dá por sistema de escore, onde são considerados os seguintes itens: o quadro clínico, o quadro clínico-radiológico, a história epidemiológica de contato com adultos com tuberculose -geralmente bacilíferos-, a interpretação da prova tuberculínica e o estado nutricional do paciente. CONCLUSÃO: O acometimento do sistema nervoso central é a forma mais grave da doença, e é uma importante causa de morbimortalidade, podendo levar a diversas sequelas. O diagnóstico na pediatria torna-se um grande desafio, uma vez que são considerados vários fatores para a determinação do diagnóstico.