{"title":"2023 年伊塔佩蒂宁阿市基本保健单位随访的 5 岁以下儿童贫血症患病率","authors":"VM Irineu, WMS Junior, RAMN Godoy, NM Vital","doi":"10.1016/j.htct.2024.09.008","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"<div><div>A anemia em crianças menores cinco anos de idade é frequente no Brasil, com uma prevalência estimada em 25 a 68%. Considerada um problema de saúde pública, a negligência dos cuidados da anemia na infância poderá comprometer a saúde física e mental do indivíduo durante toda sua vida. As deficiências nutricionais são a principal causa de anemia nessa faixa etária e medidas simples e orientações nutricionais podem ajudar a diminuir o problema. Neste sentido, a investigação quanto à prevalência de anemia em crianças menores de 5 anos na cidade de Itapetininga, se faz importante para avaliar o diagnóstico situacional local e traçar o perfil epidemiológico da doença possibilitando estruturar medidas de prevenção e promoção de saúde nessa faixa etária.</div></div><div><h3>Objetivo</h3><div>Os objetivos do estudo foram identificar o perfil epidemiológico da anemia entre crianças menores de 5 anos atendidas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Município de Itapetininga no ano de 2023 e entender os fatores de risco associados à presença de anemia nesta população.</div></div><div><h3>Material e método</h3><div>Realizado estudo transversal por meio da coleta de dados dos prontuários das UBS de referência de menores de cinco anos no período de janeiro a dezembro de 2023. Foram coletados dados referentes a identificação (sexo, idade), anamnese (informações sobre aleitamento materno e suplementação de ferro dos seis aos vinte e quatro meses de vida) e exame físico (dados antropométricos). Na consulta de retorno para avaliação dos exames foram coletados dados do hemograma e, exames correlatos quando disponíveis (ferritina, eletroforese de hemoglobina). Foram excluídos do estudo crianças fora da faixa etária de interesse e que não tenham pelo menos um hemograma colhido e avaliado durante o período.</div></div><div><h3>Resultados</h3><div>Um total de 1786 crianças realizaram exame no período, das quais 125 apresentavam anemia (6,99%). Houve maior prevalência de anemia no sexo masculino, (55,2%), com mediana da idade ao diagnóstico de 21,52 meses. As crianças apresentavam peso e altura (Z-score) < -2 em 6,4% e 13,2% da amostra respectivamente. Dos fatores de risco sabidamente associados à anemia nessa faixa etária, que puderam ser acessados nos prontuários, 18,4% da amostra tinha peso ao nascimento menor que 2500 gramas, 44,8% realizou menos que 7 consultas de puericultura no primeiro ano, e em apenas 47,2% foi prescrito a suplementação com sulfato ferroso na idade e 60% na dose preconizada. A dose de tratamento para as crianças com diagnóstico de anemia estava dentro das recomendações somente em 14,4% da amostra.</div></div><div><h3>Conclusão</h3><div>Ao traçar o perfil atual da prevalência da anemia entre menores de cinco anos no município de Itapetininga foi possível entender o diagnóstico atual do problema, o que possibilitará traçar as próximas etapas necessárias à intervenção.</div></div>","PeriodicalId":12958,"journal":{"name":"Hematology, Transfusion and Cell Therapy","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":1.8000,"publicationDate":"2024-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"PREVALÊNCIA DE ANEMIA EM CRIANÇAS MENORES DE 5 ANOS QUE FIZERAM ACOMPANHAMENTO NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE ITAPETININGA EM 2023\",\"authors\":\"VM Irineu, WMS Junior, RAMN Godoy, NM Vital\",\"doi\":\"10.1016/j.htct.2024.09.008\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"<div><div>A anemia em crianças menores cinco anos de idade é frequente no Brasil, com uma prevalência estimada em 25 a 68%. 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PREVALÊNCIA DE ANEMIA EM CRIANÇAS MENORES DE 5 ANOS QUE FIZERAM ACOMPANHAMENTO NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE ITAPETININGA EM 2023
A anemia em crianças menores cinco anos de idade é frequente no Brasil, com uma prevalência estimada em 25 a 68%. Considerada um problema de saúde pública, a negligência dos cuidados da anemia na infância poderá comprometer a saúde física e mental do indivíduo durante toda sua vida. As deficiências nutricionais são a principal causa de anemia nessa faixa etária e medidas simples e orientações nutricionais podem ajudar a diminuir o problema. Neste sentido, a investigação quanto à prevalência de anemia em crianças menores de 5 anos na cidade de Itapetininga, se faz importante para avaliar o diagnóstico situacional local e traçar o perfil epidemiológico da doença possibilitando estruturar medidas de prevenção e promoção de saúde nessa faixa etária.
Objetivo
Os objetivos do estudo foram identificar o perfil epidemiológico da anemia entre crianças menores de 5 anos atendidas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Município de Itapetininga no ano de 2023 e entender os fatores de risco associados à presença de anemia nesta população.
Material e método
Realizado estudo transversal por meio da coleta de dados dos prontuários das UBS de referência de menores de cinco anos no período de janeiro a dezembro de 2023. Foram coletados dados referentes a identificação (sexo, idade), anamnese (informações sobre aleitamento materno e suplementação de ferro dos seis aos vinte e quatro meses de vida) e exame físico (dados antropométricos). Na consulta de retorno para avaliação dos exames foram coletados dados do hemograma e, exames correlatos quando disponíveis (ferritina, eletroforese de hemoglobina). Foram excluídos do estudo crianças fora da faixa etária de interesse e que não tenham pelo menos um hemograma colhido e avaliado durante o período.
Resultados
Um total de 1786 crianças realizaram exame no período, das quais 125 apresentavam anemia (6,99%). Houve maior prevalência de anemia no sexo masculino, (55,2%), com mediana da idade ao diagnóstico de 21,52 meses. As crianças apresentavam peso e altura (Z-score) < -2 em 6,4% e 13,2% da amostra respectivamente. Dos fatores de risco sabidamente associados à anemia nessa faixa etária, que puderam ser acessados nos prontuários, 18,4% da amostra tinha peso ao nascimento menor que 2500 gramas, 44,8% realizou menos que 7 consultas de puericultura no primeiro ano, e em apenas 47,2% foi prescrito a suplementação com sulfato ferroso na idade e 60% na dose preconizada. A dose de tratamento para as crianças com diagnóstico de anemia estava dentro das recomendações somente em 14,4% da amostra.
Conclusão
Ao traçar o perfil atual da prevalência da anemia entre menores de cinco anos no município de Itapetininga foi possível entender o diagnóstico atual do problema, o que possibilitará traçar as próximas etapas necessárias à intervenção.