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Ao longo do histórico de práticas relevantes de Planejamento Urbano e Regional em nível nacional e internacional, observa-se que muitas vezes a paisagem foi tomada como elemento fundamental para se pensar o ordenamento do território. Desde as primeiras propostas de inserção do verde na cidade, com o nascente Urbanismo no século XIX, até o desenvolvimento de alternativas de planejamento para a região, distintas abordagens que tomavam a paisagem e suas questões se consolidaram enquanto modelo de intervenção territorial. O que esse artigo se propõe a desvendar é justamente esse contato e a interação entre paisagem e planejamento, em um recorte que percorre as práticas ocorridas nos Estados Unidos e na Europa desde o final do século XIX até o século XX. Nessa trajetória, revela-se uma perspectiva metodológica histórica desse campo de conhecimento ligado à paisagem: uma estratégia que se alicerça no necessário trânsito entre escalas, da regional à local, para o conhecimento e intervenção em um território. Essa perspectiva que promove a chamada multiescale nos países de língua inglesa em muito contribui para a compreensão da complexidade do território, bem como para a qualificação do processo de planejamento e projeto das intervenções sobre o fenômeno na contemporaneidade.