C. Nicolaides, Junia De Carvalho Braga, Bruna Quartarolo Vargas
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Quanto à concepção de autonomia, as reflexões dos participantes demonstram uma tendência de se perceber a autonomia no sentido individual, embora, no sentido coletivo, o conceito de autonomia sociocultural possa ser novo para esses professores. As reflexões sobre tecnologias digitais, por sua vez, apontam que, ainda que as tecnologias possam ampliar as oportunidades de aprendizagem, o acesso a elas somente por uma camada social privilegiada tende a aumentar a desigualdade social. Como consequência, apenas um grupo restrito tem sua voz ouvida, o que acaba coibindo possíveis processos emancipatórios de classes menos privilegiadas, dificultando a transformação social da sociedade. Concluímos, assim, que há um desejo por parte de professores de línguas em formação que a educação linguística tome rumos que levem à formação de cidadãos(ãs) críticos(as), empenhados em construir uma sociedade com menos desigualdades sociais e mais oportunidades para todas, todos e todes. \nPalavras-chave: formação de professores de línguas; letramento crítico; transformação social. ","PeriodicalId":39076,"journal":{"name":"Calidoscopio","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"O uso de um instrumento de autorreflexão em um contexto de formação inicial de professores de línguas com vistas ao desenvolvimento do letramento crítico e à transformação social – a autonomia sociocultural, as tecnologias e suas inter-relações\",\"authors\":\"C. 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O uso de um instrumento de autorreflexão em um contexto de formação inicial de professores de línguas com vistas ao desenvolvimento do letramento crítico e à transformação social – a autonomia sociocultural, as tecnologias e suas inter-relações
Neste estudo, utilizamos um instrumento de autorreflexão para a implementação de uma prática pedagógica direcionada à reflexão crítica. Com isso, buscamos compreender o desenvolvimento do letramento crítico na formação inicial de estudantes de Letras a fim de fomentar reflexões sobre a educação linguística relacionadas à autonomia sociocultural e ao uso da tecnologia e suas interrelações. Para isso, construímos e aplicamos um instrumento autorreflexivo para 30 alunos de Letras. Utilizamos o software Atlas.ti para atribuir categorias de análise. Os resultados, obtidos a partir das discussões sobre letramento crítico, apontam que instrumentos autorreflexivos podem fomentar a reflexão crítica e promover oportunidades para a problematização de conceitos e concepções. Quanto à concepção de autonomia, as reflexões dos participantes demonstram uma tendência de se perceber a autonomia no sentido individual, embora, no sentido coletivo, o conceito de autonomia sociocultural possa ser novo para esses professores. As reflexões sobre tecnologias digitais, por sua vez, apontam que, ainda que as tecnologias possam ampliar as oportunidades de aprendizagem, o acesso a elas somente por uma camada social privilegiada tende a aumentar a desigualdade social. Como consequência, apenas um grupo restrito tem sua voz ouvida, o que acaba coibindo possíveis processos emancipatórios de classes menos privilegiadas, dificultando a transformação social da sociedade. Concluímos, assim, que há um desejo por parte de professores de línguas em formação que a educação linguística tome rumos que levem à formação de cidadãos(ãs) críticos(as), empenhados em construir uma sociedade com menos desigualdades sociais e mais oportunidades para todas, todos e todes.
Palavras-chave: formação de professores de línguas; letramento crítico; transformação social.